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        Acetato de Abiraterona(18)
        Acetato de Atosibana(6)
        Acetato de Betametasona + Fosfato Dissódico de Betametasona(3)
        Acetato de Busserrelina(1)
        Acetato de Caspofungina(12)
        Acetato de Cetrorrelix(1)
        Acetato de Ciproterona(15)
        Acetato de Ciproterona + Etinilestradiol(48)
        Acetato de Clormadinona + Etinilestradiol(61)
        Acetato de Clostebol + Sulfato de Neomicina(10)
        Acetato de Degarelix(2)
        Acetato de Desmopressina(14)
        Acetato de Dexametasona(48)
        Acetato de Dexametasona + Cloridrato de Tiamina + Cloridrato de Piridoxina + Cianocobalamina(2)
        Acetato de Dexametasona + Fosfato Dissódico de Dexametasona(2)
        Acetato de Dexametasona + Sulfato de Neomicina(3)
        Acetato de Fludrocortisona(2)
        Acetato de Fluormetolona(5)
        Acetato de Ganirrelix(2)
        Acetato de Glatirâmer(4)
        Acetato de Gosserrelina(4)
        Acetato de Hidrocortisona(13)
        Acetato de Hidrocortisona + Lidocaína + Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco(23)
        Acetato de Hidrocortisona + Sulfato de Neomicina + Troxerrutina + Ácido Ascórbico + Benzocaína(2)
        Acetato de Icatibanto(5)
        Acetato de Lanreotida(7)
        Acetato de Leuprorrelina(15)
        Acetato de Medroxiprogesterona(24)
        Acetato de Medroxiprogesterona + Cipionato de Estradiol(11)
        Acetato de Megestrol(5)
        Acetato de Metilprednisolona(8)
        Acetato de Nafarelina(2)
        Acetato de Nomegestrol(7)
        Acetato de Nomegestrol + Estradiol(9)
        Acetato de Noretisterona + Estradiol(18)
        Acetato de Prednisolona(19)
        Acetato de Retinol(3)
        Acetato de Retinol + Cloranfenicol + Metionina + Aminoácidos(3)
        Acetato de Retinol + Colecalciferol(12)
        Acetato de Retinol + Metionina + Aminoácidos + Cloranfenicol(1)
        Acetato de Sódio Tri-hidratado(4)
        Acetato de Terlipressina(5)
        Acetato de Triptorrelina(2)
        Acetato de Ulipristal(1)
        Acetazolamida(3)
        Acetil D-L-metionina + Cloreto de Colina + Cloridrato de Tiamina + Cloridrato de Piridoxina + Cloridrato de L-arginina + Riboflavina + Nicotinamida + Pantotenato de Cálcio + Glicose(1)
        Acetilcisteína(173)
        Acetilcisteína + Sulfato de Tuaminoeptano(2)
        Acetilcisteína + Vitamina C(1)
        Acetonido de Fluocinolona + Clorexidina(1)
        Aciclovir(184)
        Acidum phosphoricum D4 + Associação(1)
        Acitretina(8)
        Aconitum napellus + Associações(3)
        Aconitum Napellus + Atropa Belladona + Gelsemium Sempervirens(1)
        Aconitum napellus + Belladonna + Associação(1)
        Acriflavina + Metenamina + Metiltionínio + Belladonna(3)
        Actaea Racemosa(8)
        Adalimumabe(54)
        Adapaleno(22)
        Adapaleno + Fosfato de Clindamicina(4)
        Adapaleno + Peróxido de Benzoíla(4)
        Adefovir Dipivoxil(1)
        Adenosina(16)
        Aesculus hippocastanum + Hamamelis virginiana + Pulsatilla + Acidum fluoricum(2)
        Aesculus hippocastanum + Polygonum punctatum + Capsicum annum + Nux vomica + Ratanhia peruviana(1)
        Aesculus hippocastanum L.(42)
        Aesculus hippocastanum L. + Smilax papyraceae L. + Polygonum acre L. + Rutina(5)
        Aflibercepte(5)
        Afoxolaner(8)
        Afoxolaner + Milbemicina Oxima(5)
        Agnus castus + Conium maculatum + Nuphar luteum + Onosmodium virginicum(7)
        Agomelatina(30)
        Alanilglutamina(10)
        Alantoína + Cepalin(5)
        Alantoína + Triclosana + Óxido de Zinco(2)
        Albendazol(78)
        Albumina Humana(47)
        Alcaftadina 0,25%(2)
        Alcatrão de Pinho + Óleo de Cade + Alcatrão Mineral(5)
        Alendronato de Sódio(51)
        Alendronato de Sódio + Carbonato de Cálcio + Vitamina D(2)
        Alendronato de Sódio + Colecalciferol(2)
        Alentuzumabe(2)
        Alfa Galactosidase(3)
        Alfa-Albutrepenonacogue(4)
        Alfa-asfotase(8)
        Alfa-Avalglicosidase(1)
      Categoria
        Antidepressivos(1)
        Medicamentos(1)

    Cloridrato de Maprotilina

    (1)

    Depressão Endógena e depressão de início tardio (involutiva); Depressão psicogênica, reativa e neurótica, depressão por exaustão; Depressão somatogênica; Depressão mascarada; Depressão na menopausa. Outros transtornos depressivos, caracterizados por: Ansiedade, disforia ou irritabilidade; estados apáticos (especialmente nos idosos); sintomas psicossomáticos e somáticos com depressão e/ou ansiedade subjacentes. O Diagnóstico e Manual Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-IV-TR) e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde Relacionados (CID-10) são classificações padrões de distúrbios mentais utilizadas por profissionais da saúde mental e descreve os distúrbios mencionados acima (incluindo subtipos de depressão e outros transtornos do humor depressivo), como tratamento de episódios depressivos, distúrbio depressivo recorrente ou outras depressões.

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    Bula do Cloridrato de Maprotilina

    Cloridrato de Maprotilina, para o que é indicado e para o que serve?

    Depressão

    • Endógena e depressão de início tardio (involutiva);
    • Depressão psicogênica, reativa e neurótica, depressão por exaustão;
    • Depressão somatogênica;
    • Depressão mascarada;
    • Depressão na menopausa.

    Outros transtornos depressivos, caracterizados por:

    • Ansiedade, disforia ou irritabilidade; estados apáticos (especialmente nos idosos); sintomas psicossomáticos e somáticos com depressão e/ou ansiedade subjacentes.

    O Diagnóstico e Manual Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-IV-TR) e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde Relacionados (CID-10) são classificações padrões de distúrbios mentais utilizadas por profissionais da saúde mental e descreve os distúrbios mencionados acima (incluindo subtipos de depressão e outros transtornos do humor depressivo), como tratamento de episódios depressivos, distúrbio depressivo recorrente ou outras depressões. 

    Quais as contraindicações do Cloridrato de Maprotilina?

    • Hipersensibilidade conhecida à maprotilina ou a qualquer excipiente ou sensibilidade cruzada com antidepressivos tricíclicos;
    • Transtornos convulsivos ou limiar convulsivo diminuído (ex.: danos cerebrais de etiologia variada, alcoolismo);
    • Estágio inicial de infarto do miocárdio;
    • Distúrbios da condução cardíaca, incluindo síndrome do QT longo congênita;
    • Insuficiência hepática grave;
    • Insuficiência renal grave;
    • Glaucoma de ângulo fechado;
    • Retenção urinária (ex.: causada por doença prostática);
    • Tratamento concomitante com inibidor da MAO;
    • Intoxicação aguda com álcool, hipnóticos ou agentes psicotrópicos.

    Tipo de receita

    C1 Branca 2 vias (Venda Sob Prescrição Médica - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica)

    Como usar o Cloridrato de Maprotilina?

    O esquema de dosagem deve ser determinado individualmente e adaptado às condições e à resposta clínica do paciente, por exemplo, pela elevação da dose noturna e ao mesmo tempo, diminuindo-se as doses administradas durante o dia ou, alternativamente, pela administração de apenas uma dose diária. O objetivo é alcançar o efeito terapêutico, utilizando-se as doses mais baixas possíveis, particularmente em pacientes ainda em fase de crescimento ou em pacientes idosos com sistema nervoso autônomo instável, pois esses pacientes geralmente são mais prováveis de ter eventos adversos.

    Dose inicial

    Dose única de 25-75 mg ou dividida dependendo da gravidade da doença.

    Dose máxima

    A dose diária máxima é de 150 mg. As doses de Cloridrato de Maprotilina devem ser gradualmente aumentadas, dependendo da tolerabilidade.

    Dose de manutenção

    A dose de manutenção recomendada é de 75-150 mg por dia.

    Descontinuação do tratamento

    A redução ou interrupção abrupta da dose deve ser evitada por causa de possíveis sintomas de abstinência. Portanto, após o uso regular por tempo prolongado, a dose deve ser reduzida gradualmente e o paciente deve ser cuidadosamente monitorado quando a terapia com Cloridrato de Maprotilina for interrompida.

    Os comprimidos de Cloridrato de Maprotilina devem ser ingeridos inteiros com líquido suficiente.

    Populações Especiais

    Pacientes idosos (com mais de 60 anos de idade)

    Como os pacientes idosos tem maior probabilidade de apresentar reações adversas em geral são recomendadas dosagens mais baixas. Inicialmente 10 mg, 3 vezes ao dia ou 25 mg, 1 vez ao dia. Se necessário, a dose diária pode ser elevada gradualmente, em pequenos incrementos, até 25 mg, 3 vezes ao dia ou 75 mg, 1 vez ao dia, dependendo da tolerabilidade e da resposta clínica.

    Crianças e adolescentes (com menos de 18 anos de idade)

    A segurança e eficácia de Cloridrato de Maprotilina em crianças e adolescentes não foram estabelecidas. Portanto, o uso neste grupo de faixa etária não é recomendado.

    Insuficiência Hepática

    Cloridrato de Maprotilina deve ser administrado com precaução em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Porém, não deve ser administrado em pacientes com insuficiência hepática grave.

    Insuficiência Renal

    Cloridrato de Maprotilina deve ser administrado com precaução em pacientes com insuficiência renal leve a moderada. Porém, não deve ser administrado em pacientes com insuficiência renal grave.

    Diversas interações medicamentosas com Cloridrato de Maprotilina requerem ajustes de dose.

    Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

    Quais cuidados devo ter ao usar o Cloridrato de Maprotilina?

    Antiarrítmicos

    Antiarrítmicos que são potentes inibidores de CYP2D6, tais como quinidina e propafenona, não devem ser administrados em combinação com Cloridrato de Maprotilina. Os efeitos anticolinérgicos da quinidina podem causar sinergismo relacionado à dose de Cloridrato de Maprotilina.

    Risco de suicídio

    O risco de suicídio é inerente à depressão grave e pode persistir até que ocorra remissão significativa. Pacientes com distúrbios depressivos, tanto adultos quanto pediátricos, podem apresentar piora da depressão e/ou comportamento suicida ou outros sintomas psiquiátricos, se estiverem ou não sob medicação antidepressiva. Os antidepressivos aumentaram o risco de pensamento e comportamento suicida em estudos de curta duração em crianças, adolescentes e jovens adultos com menos de 25 anos com distúrbios depressivos e outros distúrbios psiquiátricos. Há também relatos de que os antidepressivos, em raras ocasiões, exacerbam tendências suicidas.

    Um estudo em que Cloridrato de Maprotilina foi administrado como tratamento profilático para depressão unipolar sugeriu um aumento no comportamento suicida do grupo tratado. Relatou-se que Cloridrato de Maprotilina é comparável a outros antidepressivos, em termos de associação à superdose fatal. Todos os pacientes em tratamento com Cloridrato de Maprotilina, em qualquer indicação, devem ser observados com atenção quanto à piora do quadro clínico, comportamento suicida ou outros sintomas psiquiátricos, especialmente durante a fase inicial do tratamento ou na troca de dosagens do medicamento.

    As modificações de esquema terapêutico, incluindo a possível descontinuação do medicamento, devem ser consideradas nesses pacientes, especialmente se forem alterações graves no quadro clínico, de início repentino, ou ainda, se não fizer parte dos sintomas apresentados pelo paciente.

    Familiares e cuidadores de pacientes em tratamento com antidepressivos tanto nas indicações psiquiátricas quanto nas não psiquiátricas, devem estar atentos quanto à necessidade de monitorá-los nas situações de emergência decorrentes do aparecimento de outros sintomas psiquiátricos ou decorrentes do comportamento suicida, e relatar tais sintomas imediatamente ao médico.

    As prescrições de Cloridrato de Maprotilina devem corresponder à menor quantidade de comprimidos consistente com o bom gerenciamento dos sintomas do paciente, para que o risco de superdose seja reduzido.

    Convulsões

    Existem relatos raros sobre a ocorrência de convulsões em pacientes que recebiam doses terapêuticas de Cloridrato de Maprotilina e sem história prévia de convulsão. Em alguns casos, outros fatores complicadores estavam também presentes, tais como medicação concomitante, com conhecido potencial de diminuir o limiar de convulsão. O risco de convulsão pode ser aumentado quando antipsicóticos (ex.: fenotiazinas, risperidona) são administrados concomitantemente, quando se interrompe abruptamente a administração concomitante de benzodiazepínicos, ou quando se excede rapidamente a dosagem recomendada. Enquanto não se tenha estabelecido uma relação causal, o risco de convulsões deve ser reduzido: pelo início da terapia com baixa dosagem; mantendo-se a dosagem inicial por duas semanas, para então elevá-la gradualmente em pequenos incrementos; conservando-se a dosagem de manutenção no nível mínimo efetivo; ajuste cuidadoso ou abstenção de comedicação com fármacos que diminuam o limiar de convulsão (ex.: fenotiazinas, risperidona), ou redução rápida do uso de benzodiazepínicos.

    O tratamento concomitante com terapia eletroconvulsiva deve ser efetuado somente sob supervisão cuidadosa.

    Distúrbios cardíacos e vasculares

    Há relatos de que os antidepressivos tricíclicos e os tetracíclicos produzem arritmias cardíacas, taquicardia sinusal e prolongamento do tempo de condução. Taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e “torsades de pointes” têm sido raramente relatados em pacientes tratados com Cloridrato de Maprotilina; alguns desses casos têm sido fatais. Indica-se cuidado em pacientes idosos e em pacientes com enfermidades cardiovasculares, incluindo-se história de infarto do miocárdio, arritmias e/ou doença isquêmica cardiovascular. A monitorização da função cardíaca, incluindo-se ECG, está indicada em tais pacientes, especialmente em tratamentos de longo prazo. Em pacientes suscetíveis a hipotensão ortostática, são necessárias monitorizações regulares pressão arterial. A combinação com a tirozina, um inibidor da CYP2D6 pode produzir arritmias cardíacas graves. O ajuste da dose pode ser necessário.

    Outros efeitos psiquiátricos

    Em pacientes com esquizofrenia que recebem antidepressivos tricíclicos, tem sido ocasionalmente observada a ativação de psicoses, e isso deve ser considerado um risco com Cloridrato de Maprotilina. Da mesma forma, foram relatados episódios hipomaníacos ou maníacos em pacientes com transtornos bipolares sob tratamento com antidepressivos tricíclicos, durante uma fase depressiva. Em tais casos, pode ser necessário reduzir-se a dose de Cloridrato de Maprotilina ou descontinuá-la e administrar um agente antipsicótico. A comedicação com antipsicóticos (ex.: fenotiazinas, risperidona) pode resultar no aumento do nível plasmático de maprotilina, na diminuição do limiar de convulsão e na crise convulsiva. Os antidepressivos tricíclicos podem causar, especialmente à noite, psicoses (delírios) em pacientes predispostos e em idosos. Após a suspensão do fármaco, o quadro regride em alguns dias, sem tratamento.

    Depressores do sistema nervoso central

    Pacientes que tomam Cloridrato de Maprotilina devem ser advertidos de que a resposta ao álcool, barbitúricos e outros depressores do SNC podem ser intensificados.

    Hipoglicemia

    A possibilidade de hipoglicemia deve ser considerada em pacientes recebendo Cloridrato de Maprotilina concomitantemente com sulfonilureias ou insulina. Pacientes diabéticos devem monitorar atentamente o seu nível de glicose no sangue quando o tratamento com Cloridrato de Maprotilina for iniciado ou descontinuado.

    Contagem de células brancas do sangue

    Embora tenham sido relatados apenas casos isolados de alterações na contagem de leucócitos com Cloridrato de Maprotilina, recomenda-se a contagem periódica das células sanguíneas e a monitorização de sintomas, tais como febre e faringoamigdalites, especialmente nos primeiros meses de tratamento. Isso também é recomendado durante terapia prolongada.

    Anestesia

    Antes de anestesia geral ou local, o anestesista deve ser informado de que o paciente faz uso de Cloridrato de Maprotilina. É mais seguro continuar o tratamento do que se expor aos riscos de uma interrupção do medicamento antes da cirurgia.

    Tratamento de população específica e tratamento a longo prazo

    Durante tratamento prolongado, é recomendável controlar as funções hepática e renal.

    Recomenda-se cautela em pacientes com história de pressão intraocular elevada, constipação crônica grave ou com história de retenção urinária, especialmente na presença de hipertrofia prostática.

    Os antidepressivos tricíclicos podem causar íleo paralítico, particularmente em pacientes idosos e em pacientes hospitalizados. Medidas apropriadas devem, portanto, ser adotadas se ocorrer constipação.

    Recomenda-se cautela em pacientes com hipertireoidismo e em pacientes em tratamento com medicamentos de hormônio tireoidiano (possibilidade de aumento de efeitos cardíacos indesejáveis).

    Em tratamentos de longo prazo com antidepressivos, tem sido relatado aumento de cáries dentais. São, portanto, recomendáveis inspeções dentais regulares, durante tratamentos de longa duração.

    O lacrimejamento reduzido e o relativo acúmulo de secreções mucoides, causados por propriedades anticolinérgicas dos antidepressivos tricíclicos, podem originar danos ao epitélio da córnea em pacientes que utilizam lentes de contato.

    Descontinuação do tratamento

    A retirada abrupta ou a redução de dose abrupta devem ser evitadas, pelas possíveis reações adversas. Caso seja decidido descontinuar o tratamento a retirada da medicação deve ser gradual, o mais rápido dentro do possível, lembrando-se que a descontinuação repentina pode ser associada a determinados sintomas.

    Lactose

    Cloridrato de Maprotilina comprimidos revestidos contém lactose.

    Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência grave à lactase ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar este produto.

    Condução de veículos e utilização de máquinas

    Pacientes em tratamento com Cloridrato de Maprotilina devem ser advertidos que visão turva, tonturas, sonolência e outros sintomas do SNC podem ocorrer, nesse caso eles não devem dirigir, operar máquinas ou se envolver em outras atividades potencialmente perigosas. Os pacientes também devem ser advertidos de que o consumo de álcool ou outros medicamentos podem potencializar esses efeitos.

    Mulheres em idade fértil, gravidez, amamentação e fertilidade

    Nenhuma recomendação especial.

    Gravidez

    Experimentos conduzidos em animais demonstraram não haver potencial teratogênico ou efeitos mutagênicos e nenhuma evidência de prejuízo à fertilidade ou dano ao feto. Entretanto, o uso seguro durante a gravidez não está estabelecido. Foram relatados casos isolados que sugerem a possível associação entre Cloridrato de Maprotilina e reações adversas sobre o feto humano. Cloridrato de Maprotilina não deve ser administrado durante a gravidez, a menos que os benefícios ao feto sejam evidentemente mais importantes do que seus riscos. Não há dados sobre o uso de Cloridrato de Maprotilina em mulheres grávidas. Estudos limitados em animais não indicam quaisquer efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à toxicidade reprodutiva. Cloridrato de Maprotilina deve ser administrado em mulheres grávidas somente se realmente necessário.

    Cloridrato de Maprotilina deve ser descontinuado ao menos sete semanas antes da data prevista para o parto, desde que o estado clínico da paciente assim o permita, para se evitar que o recém-nascido apresente possíveis sintomas, tais como dispneia, letargia, irritabilidade, taquicardia, hipotonia, convulsões, tremor e hipotermia.

    Este medicamento pertence a categoria de risco na gravidez B.

    Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

    Amamentação

    A maprotilina passa para o leite materno. Após a administração diária de 150 mg por 5 dias, as concentrações no leite materno excederam as do sangue por um fator de 1,3-1,5. Embora os relatos não demonstrem efeitos colaterais no recém-nascido, mães que estiverem tomando Cloridrato de Maprotilina não devem amamentar.

    Fertilidade

    Nenhuma recomendação especial.

    Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cloridrato de Maprotilina?

    Os efeitos indesejados são geralmente leves e transitórios, desaparecendo durante o curso do tratamento ou após a diminuição da dose. As reações adversas não estão sempre correlacionadas com os níveis plasmáticos do fármaco ou com a dosagem. Frequentemente é difícil distinguir-se certos efeitos adversos dos sintomas da depressão, tais como fadiga, distúrbios do sono, agitação, ansiedade, constipação ou boca seca.

    Se ocorrerem reações adversas graves, por exemplo, de natureza neurológica ou psiquiátrica, a administração de Cloridrato de Maprotilina deverá ser suspensa.

    Os pacientes idosos são particularmente sensíveis aos efeitos anticolinérgicos, neurológicos, psiquiátricos ou cardiovasculares. A habilidade desses pacientes em metabolizar e eliminar substâncias pode estar diminuída, ocasionando, eventualmente, concentração plasmática elevada com as doses terapêuticas.

    As reações adversas indicadas a seguir foram relatadas tanto com Cloridrato de Maprotilina como com antidepressivos tricíclicos.

    As reações adversas estão classificadas por incidência, com as mais frequentes primeiro, utilizando-se o seguinte critério:

    • Muito comum (≥ 1/10);
    • Comum (≥ 1/100 e < 1/10);
    • Incomum (≥ 1/1.000 e <1/100);
    • Raro (≥ 1/10.000, <1/1.000);
    • Muito raro (<1/10.000), incluindo relatos isolados.

    Tabela 1: Reações adversas de relatos espontâneos e literatura (frequência não conhecida)

    Infecções e infestações
    Muito raro Cáries dentais
    Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
    Muito raro Leucopenia, agranulocitose, eosinofilia, trombocitopenia
    Distúrbios endócrinos
    Muito raro Secreção inapropriada de hormônio antidiurético
    Distúrbios de nutrição e metabolismo
    Comum Aumento do apetite
    Distúrbios psiquiátricos
    Comum Inquietação, ansiedade, agitação, mania, hipomania, distúrbio da libido, agressão, distúrbio do sono, insônia, pesadelo, depressão
    Raro Delírio, confusão, alucinação (particularmente em pacientes geriátricos), nervosismo
    Muito raro Ativação dos sintomas psicóticos, despersonalização
    Distúrbios do sistema nervoso
    Muito comum Sonolência, tontura, dor de cabeça, tremor, mioclonia
    Comum Sedação, memória prejudicada, distúrbios da atenção, parestesia, disartria
    Raro Convulsão, acatisia, ataxia
    Muito raro Discinesia, coordenação anormal, síncope, disgeusia
    Distúrbios dos olhos
    Comum Visão borrada, distúrbio da acomodação visual
    Distúrbios do aparelho auditivo
    Muito raro Tinnitus
    Distúrbios cardíacos
    Comum Taquicardia sinusal, palpitações
    Raro Arritmia
    Muito raro Distúrbio de condução (ex.: ampliação do complexo QRS, bloqueio do feixe atrioventricular, alterações PQ), prolongamento do intervalo QT, taquicardia ventricular, fibrilação ventricular, “torsade de pointes
    Distúrbios vasculares
    Comum Rubores, hipotensão ortostática
    Muito raro Púrpura
    Distúrbios respiratórios, mediastínicos e torácicos
    Muito raro Alveolite alérgica (com ou sem eosinofilia), doença intersticial do pulmão (ex.: pneumonite intersticial subaguda), broncoespasmo, congestão nasal
    Distúrbios gastrintestinais
    Muito comum Boca seca
    Comum Náusea, vômito, distúrbios abdominais, constipação
    Raro Diarreia
    Muito raro Estomatite
    Distúrbios hepato-biliares
    Muito raro Hepatite (com ou sem icterícia)
    Distúrbios do tecido subcutâneo e pele
    Comum Dermatite alérgica, rash, urticária, reação de fotossensibilidade, hiperidrose
    Muito raro Prurido, vasculite cutânea, alopécia, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise tóxica epidérmica
    Distúrbios músculo-esqueléticos, tecidos conectivos e osso
    Comum Fraqueza muscular
    Distúrbios urinários e renais
    Comum Distúrbio de micção
    Muito raro Retenção urinária
    Distúrbios do sistema reprodutivo e de lactação
    Comum Disfunção erétil
    Muito raro Hipertrofia do peito, galactorreia
    Distúrbios gerais
    Muito comum Fadiga
    Comum Pirexia
    Muito raro Edema (local ou generalizado)
    Exames
    Comum Aumento de peso, anormalidades do eletrocardiograma (ex.: alterações das ondas ST e T)
    Raro Aumento da pressão sanguínea, teste da função hepática anormal.
    Muito raro Eletroencefalograma anormal
    Lesão, intoxicação e complicações de procedimento
    Muito raro Desmaio

    Sintomas relacionados à descontinuação do tratamento

    Embora não haja indicativos de dependência, os sintomas a seguir ocorrem ocasionalmente após a interrupção abrupta do tratamento ou da redução da dose:

    • Náusea, vômito, dor abdominal, diarreia, insônia, cefaleia, nervosismo, ansiedade e piora da depressão subjacente ou recorrência do humor depressivo.

    Fratura óssea

    Os estudos epidemiológicos, realizados principalmente em pacientes com 50 anos de idade ou mais, mostram um aumento do risco de fraturas ósseas em pacientes que recebem ISRSs e antidepressivos tricíclicos. O mecanismo que leva a esse risco é desconhecido.

    Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

    Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cloridrato de Maprotilina maior do que a recomendada?

    Os sinais e sintomas de superdose com Cloridrato de Maprotilina são similares aos relatados com antidepressivos tricíclicos incluindo resultados fatais. As anormalidades cardíacas e os distúrbios neurológicos são as principais complicações. A ingestão acidental de qualquer quantidade por crianças deve ser tratada como séria e potencialmente fatal.

    Sinais e sintomas

    Os sintomas geralmente aparecem dentro de 4 horas após a ingestão e atingem a gravidade máxima em 24 horas. Em virtude da absorção retardada (efeito anticolinérgico), meia-vida longa e reciclagem êntero-hepática, o paciente estará em risco por até 4-6 dias.

    Os seguintes sinais e sintomas podem ocorrer:

    • Sistema nervoso central: sonolência, estupor, coma, ataxia, inquietação, agitação, reflexos alterados, rigidez muscular e movimentos coreoatetoides, convulsões.
    • Sistema cardiovascular: hipotensão, taquicardia, arritmia, distúrbios de condução, choque, insuficiência cardíaca; taquicardia ventricular, fibrilação ventricular, “torsade de pointes”, parada cardíaca, da qual algumas têm sido fatais.

    Além disso, pode ocorrer depressão respiratória, cianose, vômitos, febre, midríase, sudorese e oligúria ou anúria.

    Tratamento

    Não existe antídoto específico e o tratamento é essencialmente sintomático e de suporte. Pacientes, especialmente crianças, sob suspeita de superdose de Cloridrato de Maprotilina, devem ser hospitalizados e mantidos sob rigorosa supervisão por ao menos 72 horas.

    Se o paciente estiver consciente, executar lavagem gástrica ou induzir o vômito o mais rápido possível. Se o paciente não estiver consciente, proteger as vias aéreas com a colocação de um tubo endotraqueal, antes de se iniciar a lavagem e não induzir vômito. Essas medidas são recomendadas para até 12 horas ou até mais, após a superdose, já que os efeitos anticolinérgicos do fármaco podem retardar o esvaziamento gástrico. A administração de carvão ativado pode ajudar a reduzir a absorção do fármaco.

    O tratamento sintomático é baseado em métodos modernos de terapia intensiva com contínua monitorização da função cardíaca, gasometria, eletrólitos e possível necessidade de medidas emergenciais, tais como terapia anticonvulsiva, respiração artificial e ressuscitação. Tem sido relatado que a fisostigmina pode causar bradicardia grave, assístole e convulsões, e, portanto, o seu uso não é recomendado em casos de superdose com Cloridrato de Maprotilina. Hemodiálise e diálise peritonial não são efetivas, pela baixa concentração plasmática de maprotilina.

    Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

    Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Maprotilina com outros remédios?

    Interações que resultam em contraindicação

    Inibidores da MAO

    Inibidores da monoamino oxidase (MAO) que são potentes inibidores do CYP2D6 in vivo, tais como moclobemida, são contraindicados na coadministração com Cloridrato de Maprotilina. Cloridrato de Maprotilina não deve ser administrado por ao menos 14 dias após a interrupção do tratamento com inibidores da MAO, para se evitar o risco de interações graves, tais como hipertermia, tremores, convulsões clônicas generalizadas, delírio e possível óbito. O mesmo se aplica quando da administração de um inibidor da MAO após tratamento prévio com Cloridrato de Maprotilina.

    Interações resultando em uso concomitante não recomendado

    Antiarrítmicos

    Antiarrítmicos que são potentes inibidores do CYP2D6, tais como quinidina e propafenona, não devem ser administrados em combinação com Cloridrato de Maprotilina. Os efeitos anticolinérgicos da quinidina podem causar sinergismo relacionado à dose com Cloridrato de Maprotilina.

    Agentes anticolinérgicos

    Cloridrato de Maprotilina pode potencializar os efeitos de agentes anticolinérgicos (ex.: fenotiazina, agentes antiparkinsonianos, atropina, biperideno, anti-histamínicos) nas pupilas, no sistema nervoso central, no intestino e na bexiga.

    Agentes antidiabéticos

    A comedicação com sulfonilureias e insulina pode potencializar o efeito hipoglicêmico de agentes antidiabéticos. Os pacientes diabéticos devem monitorar sua glicose sanguínea quando do início ou descontinuação do tratamento com Cloridrato de Maprotilina.

    Depressores do SNC

    Os pacientes que utilizam Cloridrato de Maprotilina devem ser alertados de que sua resposta ao álcool, aos barbitúricos e a outras substâncias depressoras centrais pode ser intensificada.

    Medicamentos que causam prolongamento do intervalo QT

    A administração concomitante de drogas que causam prolongamento do intervalo QT pode aumentar o risco de arritmias ventriculares, incluindo taquicardia ventricular e Torsades de Pointes (TdP). Recomenda-se precaução ao administrar medicamentos que prolonguem o intervalo QT, especialmente em pacientes com fatores de risco subalterno.

    Interações a serem consideradas

    Inibidores seletivos da recaptação da serotonina

    Inibidores seletivos da recaptação da serotonina, que são inibidores do CYP2D6, como a fluoxetina, fluvoxamina (também um inibidor do CYP3A4, CYP2C19, CYP2C9 e CYP1A2), paroxetina, sertralina ou citalopram, podem resultar em grande aumento das concentrações plasmáticas de maprotilina, com efeitos colaterais correspondentes. Devido à meia-vida longa da fluoxetina e fluvoxamina, esse efeito pode ser prolongado. O ajuste de dose pode ser necessário.

    Benzodiazepínicos

    A comedicação com os benzodiazepínicos pode causar aumento na sedação.

    Interações que resultam em um efeito aumentado de Cloridrato de Maprotilina

    A administração concomitante de inibidores do CYP2D6 pode conduzir a um aumento na concentração de maprotilina, até ~ 3,5 vezes em pacientes com um fenótipo metabolizador debrisoquina extensa, convertendo-os em um fenótipo metabolizador fraco.

    Antagonistas do receptor H2

    Embora não relatado com relação ao Cloridrato de Maprotilina, a coadministração com antagosnistas do receptor histamina2 (H2), tais como a cimetidina (um inibidor de várias enzimas P450, incluindo CYP2D6 e CYP3A4), demonstra inibir o metabolismo de vários antidepressivos tricíclicos, resultando em aumento da concentração plasmática dos mesmos e no aumento dos efeitos colaterais (boca seca, distúrbios da visão). Pode ser necessário, portanto, reduzir-se a dosagem de Cloridrato de Maprotilina, quando administrado concomitantemente com a cimetidina.

    Antipsicóticos

    O uso concomitante com antipsicóticos (por exemplo, fenotiazinas, risperidona) pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de maprotilina, redução do limiar de convulsão e convulsões. A combinação com a tioridazina inibidor do CYP2D6 pode produzir arritmias cardíacas graves. O ajuste da dose pode ser necessário.

    Metilfenidato

    O metilfenidato pode aumentar as concentrações plasmáticas de antidepressivos tricíclicos e assim intensificar os seus efeitos. O ajuste da dose pode ser necessário.

    Antifúngico oral, terbinafina

    A administração concomitante com o antifúngico oral, terbinafina (um potente inibidor da CYP2D6), pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de maprotilina. Ajustes de dose de Cloridrato de Maprotilina podem ser necessários.

    Interações que resultam na diminuição do efeito do Cloridrato de Maprotilina

    Efeitos dos indutores do citocromo P450 sobre o metabolismo de maprotilina

    A maprotilina é primariamente metabolizada pela CYP2D6 e em algumas extensões pela CYP1A2. A CYP2D6, não tem sido considerada como induzível, no entanto, a administração concomitante de substâncias conhecidas como indutoras de CYP1A2 pode aumentar a formação de desmetilmaprotilina e reduzir a eficácia do Cloridrato de Maprotilina. O ajuste de dose do Cloridrato de Maprotilina pode ser necessário quando administrado concomitantemente com substâncias indutoras do citocromo P450 hepático, particularmente aquelas tipicamente envolvidas no metabolismo de antidepressivos tricíclicos, tais como CYP3A4, CYP2C19 e/ou CYP1A2 (ex.: rifampicina, carbamazepina, fenobarbital e fenitoína).

    Interações que afetam outros medicamentos

    Anticoagulantes

    Alguns antidepressivos tricíclicos podem potencializar o efeito anticoagulante de fármacos cumarínicos, possivelmente pela inibição de seu metabolismo ou motilidade intestinal diminuída. Não há evidências de que Cloridrato de Maprotilina tenha a habilidade de inibir o metabolismo de anticoagulantes, tais como a varfarina (ativo enantiômero-S clareado pelo CYP2D9), mas a monitorização cuidadosa da protrombina plasmática é recomendada para esta classe de substâncias.

    Agentes simpatomiméticos

    Cloridrato de Maprotilina pode potencializar os efeitos cardiovasculares de agentes simpatomiméticos, tais como adrenalina, noradrenalina, isoprenalina, efedrina e fenilefrina, assim como os das gotas nasais e dos anestésicos locais (ex.: os utilizados pelo dentista). Portanto, o acompanhamento rigoroso (pressão arterial, ritmo cardíaco) e ajuste cuidadoso de dosagem são necessários.

    Agentes anti-hipertensivos

    A administração concomitante de beta-bloqueadores que são inibidores do CYP2D6, tais como propranolol, pode causar um aumento da concentração plasmática de maprotilina. Nestes casos, recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos e ajustes de dosagem.

    Cloridrato de Maprotilina pode diminuir ou anular os efeitos anti-hipertensivos dos agentes antiadrenérgicos, tais como guanetidina, betanidina, reserpina, clonidina e alfa-metildopa. Os pacientes que necessitam de comedicação para hipertensão deverão, portanto, ser tratados com anti-hipertensivos de mecanismo de ação diferente (ex.: diuréticos, vasodilatadores ou beta-bloqueadores, que não sofram acentuada biotransformação). A descontinuação brusca de Cloridrato de Maprotilina pode também resultar em hipotensão grave.

    Qual a ação da substância do Cloridrato de Maprotilina?

    Resultados de Eficácia


    Um estudo multicêntrico com 118 indivíduos (Escala de Hamilton com pontuação ≥ 24 - depressão severa) responderam melhor a maprotilina do que a paroxetina, embora os casos menos graves responderam melhor à paroxetina (Humble, 2000).

    Outros estudos demonstraram a eficácia de Cloridrato de Maprotilina (maprotilina) no tratamento da depressão maior (Morishita e Arita, 2004; Morishita e Arita, 2005; Martényi et al, 2001; Pinar et al, 2008; Chen et al, 2007). Foi realizada uma análise retrospectiva de coorte com 62 pacientes ambulatoriais com transtorno depressivo maior (Morishita e Arita, 2004). Todos os indivíduos encontravam-se dentro dos critérios DSM-III-R ou DSM-IV para transtorno depressivo maior e apresentaram um nível de HAM-D de 22 a 32 após pelo menos 14 dias sem medicação psicotrópica antes do tratamento com maprotilina. A maprotilina foi administrada diariamente por via oral numa dose de 30 a 75 mg por dia.

    Os indivíduos foram observados durante dez semanas e foram avaliados como respondedores ou não-respondedores usando o nível de HAMD (respondedores demonstraram uma redução de 50% da linha de base). No final do período de dez semanas de tratamento 83,1% [sica] (54/62) dos indivíduos apresentaram uma resposta à maprotilina e o percentual acumulado dos respondedores alcançou mais de 80% após seis semanas (Morishita e Arita, 2004). O estudo também analisou alguns fatores clínicos (idade, sexo, frequência dos episódios, histórico familiar, e os sintomas psiquiátricos) como preditores de resposta à maprotilina, mas nenhuma diferença estatisticamente significativa foi identificada por nenhum dos fatores clínicos (Morishita e Arita, 2004). Os autores concluíram que não havia grande diferença nas taxas de resposta de cada antidepressivo e que maprotilina, fluvoxamina e milnaciprano podem apresentar um baixo risco na mudança da mania em indivíduos que sofrem de depressão bipolar II.

    Uma nova publicação (Pinar et al, 2008) incluiu detalhes de 40 indivíduos do sexo masculino com diagnóstico de transtorno depressivo segundo o DSM-IV. Os indivíduos tinham uma idade média de 21,0 ± 1 anos (intervalo de 20 a 23 anos) e foram tratados durante 30 dias com maprotilina (150 mg/dia); leituras foram realizadas no dia zero e dia 30. Os níveis de HAM-D foram significativamente reduzidos após o tratamento com maprotilina (basal = 32,78 ± 3,33, dia 30 = 22,72 ± 5,09, p <0,001). Além disso, como já foi detalhado como um efeito indesejável do produto, a média de peso corporal e o índice de massa corporal aumentaram significativamente e de acordo com os autores podem estar relacionadas com seus efeitos negativos sobre as variáveis metabólicas (Pinar et al, 2008).

    Todos estudos descritos acima confirmam a eficácia conhecida de Cloridrato de Maprotilina no tratamento dos distúrbios da depressão maior, categorizados pelos critérios DSM-IV ou ICD-10.

    Referências Bibliográficas

    1. [Chen YC, Shen YC, Hung YJ et al (2007)] Comparisons of glucose-insulin homeostasis following maprotiline and fluoxetine treatment in depressed males. J Affect Disord; 103,257-261.
    2. [Humble M. (2000)] Noradrenaline and serotonin reuptake inhibition as clinical principles: a review of antidepressant efficacy. Acta Psychiatr Scand; 101,28-36.
    3. [Martényi F, Dossenbach M, Mraz K et al (2001)] Gender differences in the efficacy of fluoxetine and maprotiline in depressed patients: a double -blind trial of antidepressants with serotonergic or norepinephrinergic reuptake inhibition profile. Eur Neuropsychopharmacol; 11,227-232.
    4. [Morishita S, Arita S. (2004)] The use of maprotiline for major depression: a clinical report of 62 cases. J Appl Res; 4,252-256.
    5. [Morishita S, Arita S. (2005)] Treatment of bipolar II depression with milnacipran, fluvoxamine, paroxetine, or maprotiline. Int Med J; 12,283-285.
    6. [Pinar M, Gulsun M, Tasci I et al (2008)] Maprotiline induced weight gain in depressive disorder: Changes in circulating ghrelin and adiponectin levels and insulin sensitivity. Prog Neuro Psychopharmacol Biol Psychiatry; 32,135- 139.

    Características Farmacológicas


    Farmacodinâmica

    Classe farmacoterapêutica: antidepressivos.

    Cloridrato de Maprotilina é um antidepressivo tetracíclico, inibidor não seletivo da recaptação de monoamina, que exibe uma série de propriedades terapêuticas comuns aos antidepressivos tricíclicos. Apresenta um espectro de ação bem equilibrado, melhorando o humor e aliviando a ansiedade, a agitação e o retardamento psicomotor. Cloridrato de Maprotilina influencia favoravelmente os sintomas somáticos dos quadros de depressão mascarada.

    A maprotilina, substância ativa de Cloridrato de Maprotilina , difere estruturalmente e farmacologicamente dos antidepressivos tricíclicos. Possui efeito inibidor potente e seletivo sobre a recaptação da noradrenalina nos neurônios pré-sinápticos, nas estruturas corticais do sistema nervoso central, mas quase não exerce efeito inibidor na recaptação da serotonina. A maprotilina apresenta afinidade de fraca a moderada pelos adrenoceptores alfa1 centrais, acentuada atividade inibitória com os receptores H1 de histamina e um efeito anticolinérgico moderado.

    O envolvimento durante tratamento a longo prazo de alterações na reatividade funcional do sistema neuroendócrino (hormônio de crescimento, melatonina, sistema endorfinérgico) e/ou neurotransmissores (noradrenalina, serotonina, GABA), é também considerado no mecanismo de ação.

    Farmacocinética

    Absorção

    Após a administração oral única dos comprimidos revestidos, a absorção é lenta, porém completa. A biodisponibilidade absoluta média é de 66 a 70%. Em 8 horas, após uma dose oral de 50 mg, são obtidos os picos de concentração plasmática de 48 a 150 nmol/litro (13 a 47 ng/mL).

    Após administração oral ou intravenosa repetida diária de 150 mg de Cloridrato de Maprotilina, são atingidas, durante a segunda semana de tratamento, concentrações plasmáticas de steady-state (estado de equilíbrio) de 320 a 1270 nmol/litro (100 a 400 ng/mL), independente da dose diária ter sido administrada em forma única ou em três frações. As concentrações no estado de equilíbrio são linearmente proporcionais à dose, embora as concentrações variem muito de uma pessoa para outra.

    Distribuição

    O coeficiente de partição da maprotilina entre o sangue e o plasma é 1,7. O volume médio de distribuição aparente é de 23 a 27 litros/Kg. A maprotilina liga-se a proteínas plasmáticas em 88 a 90%, independentemente da idade ou enfermidade do paciente. As concentrações no fluido cerebroespinhal são de 2 a 13% das concentrações séricas.

    Metabolismo

    A maprotilina é primariamente eliminada pelo metabolismo; apenas 2 a 4% da dose são eliminados de forma inalterada através da urina.

    A principal rota do metabolismo é a formação do metabólito, desmetilmaprotilina. A eliminação primária de maprotilina e desmetilmaprotilina dá-se através da hidroxilação e conjugação adicional dos metabólitos e excreção na urina. Os metabólitos hidroxilados, tais como fenóis isoméricos, 2- e 3-hidroximaprotilina e 2,3-diidrodiol, representam somente 4 a 8% da dose excretada na urina humana. A maioria dos produtos eliminados são conjugados glicuronidos dos metabólitos primários (75%). A desmetilação da maprotilina aparenta ser catalisada primariamente pela CYP2D6, com algumas contribuições do CYP1A2.

    Eliminação

    A maprotilina é eliminada do sangue com meia-vida média de 43 a 45 horas. O clearance (depuração) sistêmico médio encontra-se entre 510 e 570 mL/min.

    Em 21 dias, cerca de dois terços de uma dose única são excretados através da urina, predominantemente como metabólitos livres e conjugados, e cerca de um terço nas fezes.

    Proporcionalidade da dose

    A maprotilina apresenta farmacocinética dose-proporcional no intervalo de doses de 25 a 150 mg.

    Efeito do gênero

    Não há nenhuma evidência significativa que possa sugerir uma possível diferença na eliminação entre a população masculina e feminina. Nenhuma recomendação de dosagem para um gênero específico pode ser dada.

    Populações especiais

    Idosos

    Os pacientes idosos podem apresentar maiores concentrações plasmáticas de maprotilina como resultado combinado de uma redução do metabolismo do medicamento em pacientes idosos e uma diminuição da função renal. As concentrações no estado de equilíbrio em pacientes idosos (idade acima de 60 anos) apresentam-se mais altas do que em pacientes mais jovens, quando recebem as mesmas doses. A meia-vida de eliminação aparente é mais longa e a dose deve ser reduzida à metade.

    Insuficiência Renal

    Pacientes com insuficiência renal leve a moderada e função hepática normal podem geralmente ser tratados com doses normais. A diminuição da eliminação renal em pacientes com insuficiência renal é possivelmente compensada pelo aumento da excreção biliar. A maprotilina é contraindicada em pacientes com insuficiência renal grave.

    Insuficiência Hepática

    Como o medicamento é eliminado principalmente pelo metabolismo, um impacto significativo sobre a depuração do medicamento é esperado em pacientes com insuficiência hepática. A maprotilina é contraindicada em pacientes com insuficiência hepática grave.

    Sensibilidade étnica

    Embora o impacto da sensibilidade étnica e raça na farmacocinética da maprotilina não tenha sido estudada extensivamente, o metabolismo de maprotilina pode ser influenciado por fatores genéticos levando a um metabolismo pobre ou extenso do medicamento.

    Dados de segurança pré-clinicos

    Não houve envidências para efeitos mutagênicos em uma bateria de estudos de genotoxicidade in vitro e in vivo. Os efeitos carcinogênicos da maprotilina não têm sido suficientemente investigados. Um estudo de 1,5 anos em ratos não apresentou evidências de um potencial carcinogênico da maprotilina. Estudos de reprodução de toxicidade oral em três espécies (ratos, camundongos e coelhos), levaram à conclusão de que a maprotilina não tem atividade teratogênica. A maprotilina não apresentou efeito sobre a fertilidade e no desenvolvimento peri e pós-natal nas doses orais diárias de até 30 mg/Kg. A maprotilina provoca graves irritações na pele.

    Fontes consultadas

    • Bula do Profissional do Medicamento Ludiomil®.

    DCB (Denominação Comum Brasileira)

    05498.

    Nomes comerciais

    Especialidades Médicas

    Neuropsiquiatria

    Psiquiatria

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