Defina sua localização
Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.
Todas as pessoas certamente já se feriram ou viram alguém ferido. São inúmeras as situações cotidianas que podem acarretar em um acidente, e tanto crianças como adultos estão sujeitos a isso.
Também há vários cenários em que lesões são consequências de coisas não acidentais, como um furo na orelha, um procedimento médico ou uma tatuagem.
As feridas fazem parte da vida, às vezes são inevitáveis. Mas o organismo está preparado para lidar com elas.
Após uma ferida, há um processo de regeneração da pele, criando um novo tecido para substituir o que foi afetado. Esse processo resulta no que chamamos de cicatriz.
Ela, por sua vez, pode se apresentar de diversas maneiras, sendo uma delas o queloide. Esse é o nome dado a uma cicatriz proeminente e de cor avermelhada que surge quando menos se espera.
Por volta de 1700 o queloide já havia sido descrito em registros médicos, mas foi em 1806 que ele foi devidamente nomeado e definido.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esse tema?
A cicatrização é um processo de restauração da pele que acontece após alguma lesão, como cortes e queimaduras, ou cirurgias. Ela também se dá em decorrência de doenças e inflamações, tais como acne.
Após uma ferida, o corpo reage imediatamente e já inicia o processo de cicatrização. Ele pode ser dividido em 3 fases.
A primeira etapa é a inflamatória. É comum que a região lesionada fique dolorida, avermelhada e com sangramento. Mas esse processo é necessário, pois o organismo libera substâncias que protegem a área contra possíveis elementos infecciosos.
A próxima fase é a proliferativa. Nesse momento, células e agentes restauradores, como o colágeno, atuam no local já formando uma cicatriz. Um tecido novo de aparência granulada vai surgindo, se unindo com a pele antiga.
Por último vem a fase da maturação, que é a mais longa. Aqui a cicatrização vai sendo finalizada e as fibras da derme são restauradas, proporcionando à cicatriz aparência e estrutura mais naturais.
Todo esse processo pode levar de algumas semanas até um ano.
De acordo com a lesão e a reação biológica, a cicatriz pode ter resultados diferentes, que nem sempre estão de acordo com o esperado. Ela pode é classificada em seis tipos:
Um dermatologista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar as cicatrizes. Tratamentos diversos podem ser aplicados, como o uso de creme ou pomada cicatrizante ou algum antisséptico e antibacteriano.
O queloide é o resultado de um processo de cicatrização exagerado. É como se o corpo não entendesse que o tecido lesionado já foi restaurado. Assim, continua produzindo colágeno e formando mais pele. O resultado é uma protuberância avermelhada na cicatriz, que se espalha além da ferida original.
As cicatrizes que se tornam queloides são geradas a partir de:
Há ainda alguns casos mais raros onde a cicatriz surge sem nenhuma causa visível.
Ainda não se sabe o motivo, mas pessoas negras ou com descendência asiática estão mais sujeitas a desenvolver queloide. Nas peles escuras, a chance de acontecer essa reação é 15 vezes maior do que em peles menos pigmentadas. Pessoas entre 10 e 20 anos também têm uma sensibilidade maior à essa resposta do organismo.
O queloide não apresenta nenhum risco. Em alguns casos, pode causar um pouco de coceira ou um leve incômodo na região da cicatriz. Dependendo do tamanho e localização, pode também gerar desconfortos durante a movimentação na região.
A maior inconveniência causada pelo queloide está relacionada à estética.
Apenas um profissional da área de dermatologia é capaz de indicar um tratamento adequado. Nem sempre a cicatriz poderá ser removida por completo, mas é possível reduzi-la.
Tratamentos menos invasivos podem ser feitos por meio de cremes ou pomadas para queloide. Esses cosméticos contém ativos que podem ajudar a reverter o quadro, mas seu uso deve ser por indicação médica, já que em determinados casos pode ser necessário algo mais incisivo.
O paciente também pode utilizar curativos feitos com silicone ou que usam algum método de compressão, que em muitos casos são suficientes para resolver o problema com a cicatriz.
Casos um pouco mais difíceis precisam de medidas mais diretas. Uma muito utilizada por dermatologistas é o tratamento com corticoide injetável, aplicado diretamente na região. Outra é com laser, geralmente combinado com outras terapias.
A última medida é a remoção do queloide por meio de cirurgia. Mas é preciso analisar bem essa decisão junto aos profissionais que acompanham o caso, porque a operação irá gerar novas cicatrizes que poderão se tornar novos queloides.
Não é provável que o queloide desapareça completamente de forma natural. Contudo, pode se suavizar ao longo do tempo. Um tratamento com intervenções dermatológicas tem um efeito mais significativo. Esse processo pode levar anos, a depender de cada pessoa e da situação em que a cicatriz se encontra, e não há como determinar um tempo padrão.
Não é possível garantir que uma cicatriz indesejada será evitada. Entretanto, alguns cuidados podem ser decisivos na diminuição do seu desenvolvimento:
Sempre que houver dúvidas busque um acompanhamento dermatológico. Apenas um profissional pode fazer o diagnóstico e orientar o paciente corretamente.