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    Bula do Yuflyma

    Princípio Ativo:Adalimumabe

    Classe Terapêutica:Produtos Anti-Tnf( Fator De Necrose Tumoral)

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 15 de Abril de 2025.

    Qual a ação da substância do Yuflyma?

    Resultados de Eficácia


    Adultos

    Artrite reumatoide

    Adalimumabe foi avaliado em mais de 3000 pacientes com artrite reumatoide (AR) em estudos clínicos. Alguns pacientes foram tratados por até 120 meses. A eficácia e a segurança de Adalimumabe foram avaliados em cinco estudos clínicos controlados, duplo-cegos e randomizados.1-5 A dor no local da injeção de Adalimumabe 40 mg/0,4 mL em comparação com Adalimumabe 40mg/0,8 mL foi avaliada em dois estudos randomizados, ativos, controlados, simples cego, com dois períodos de crossover.

    O estudo I (ARMADA)1 avaliou 271 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade, que falharam ao tratamento com pelo menos uma droga modificadora da doença (DMARD), com resposta insuficiente ao metotrexato em doses constantes de 12,5 a 25 mg/semana (ou 10 mg caso o paciente fosse intolerante ao metotrexato). Os pacientes apresentavam articulações edemaciadas ≥ 6 e articulações doloridas ≥ 9 e com AR diagnosticada de acordo com o critério ACR. Os pacientes receberam placebo ou 20, 40 ou 80 mg de Adalimumabe a cada 2 semanas, por 24 semanas, por via subcutânea (SC).

    O estudo II (DE011)2 avaliou 544 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade, que falharam ao tratamento com pelo menos um DMARD (metotrexato, sulfassalazina, hidroxicloroquina, ouro oral ou injetável, d penicilamina, azatioprina). Os pacientes apresentaram articulações edemaciadas ≥ 10 e articulações doloridas ≥ 12 e também diagnosticados de acordo com o critério ACR. Os pacientes foram divididos em 5 grupos: placebo semanal, Adalimumabe 20 mg + placebo semanal, Adalimumabe 40 mg + placebo semanal, Adalimumabe 20 mg + placebo a cada 2 semanas, Adalimumabe 40 mg + placebo a cada 2 semanas. Todos os pacientes receberam os tratamentos por via subcutânea (SC). A duração do estudo foi de 26 semanas.

    O estudo III (DE019)3 avaliou 619 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade, com resposta insuficiente ao metotrexato em doses constantes semanais de 12,5 a 25 mg/semana (ou 10 mg caso o paciente fosse intolerante ao metotrexato). Diferente do estudo I, os pacientes com AR do estudo III não apresentavam falhas ao tratamento com pelo menos um DMARD. Os pacientes foram divididos em grupos: injeções de placebo semanalmente, injeções de Adalimumabe 20 mg semanalmente e injeções de Adalimumabe 40 mg /0,8 mL40 mg a cada duas semanas + placebo nas semanas alternadas. Todos os pacientes receberam os tratamentos por via SC. A duração do estudo foi de 52 semanas. Após este período, os pacientes puderam entrar em um período de extensão aberto no qual avaliou-se o uso de Adalimumabe 40 mg/metotrexato a cada 2 semanas, por via SC, por até 10 anos.6

    O estudo IV (STAR)4 avaliou 636 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade. A população do estudo incluiu pacientes que nunca haviam usado DMARDs ou que estavam em tratamento com DMARDs estável por no mínimo 28 dias. Estes tratamentos incluíram leflunomida, hidroxicloroquina, sulfassalazina e/ou sais de ouro. Os pacientes foram randomizados para receberem Adalimumabe 40 mg ou placebo, por via SC, a cada 2 semanas, por 24 semanas.

    O estudo V (PREMIER)5 avaliou 799 pacientes com artrite reumatoide de início recente (duração média dos sintomas de menos de 9 meses), moderada a grave, que nunca haviam usado metotrexato. O estudo avaliou a eficácia, a segurança e a progressão radiológica da destruição articular de Adalimumabe 40 mg + metotrexato a cada 2 semanas, Adalimumabe 40 mg a cada 2 semanas e monoterapia com metotrexato, por 104 semanas. Todos os tratamentos foram por via SC. Após a conclusão das primeiras 104 semanas de tratamento, 497 pacientes foram inscritos em uma fase de extensão aberta, na qual 40 mg de Adalimumabe foram administrados a cada 15 dias por até 10 anos.

    Os estudos VI e VII avaliou, cada um, 60 pacientes com artrite reumatóide moderada a grave ativa com idade ≥ 18 anos. Os pacientes inscritos ou eram usuários atuais de Adalimumabe 40 mg/0,8 mL e avaliaram sua dor média no local da injeção em pelo menos 3 cm (em uma 0-10 cm VAS) ou que nunca haviam se tratado com biológicos mas que haviam começado Adalimumabe 40 mg / 0,8 ml. Os pacientes foram randomizados para receber uma dose única de Adalimumabe 40 mg/0,8 mL ou Adalimumabe 40 mg/0,4 mL, seguido por uma injeção única do tratamento oposto no momento de sua próxima dose.

    Os resultados dos estudos I-V foram expressados em porcentagem de pacientes com melhora na artrite reumatóide usando o criterio ACR de resposta.

    As medidas de desfechos primárias dos estudos I, II e III e a medida de desfecho secundária do estudo IV foram a porcentagem de pacientes que atingiu respostas ACR20 nas semanas 24 ou 26 (diminuição de 20% dos critérios do American Collegge of Rheumatology). A medida de desfecho primária do estudo V foi a porcentagem de pacientes que atingiu respostas ACR50 (diminuição de 50% nos critérios do American College of Rheumatology) na semana 52. Os estudos III e V também tiveram a inibição da progressão da doença (medida por exames de raios-X) como medida de desfecho co-primária na semana 52. O estudo III também avaliou mudanças em escores de qualidade de vida como medida de desfecho co-primária.

    Os principais resultados de eficácia destes estudos são apresentados a seguir.

    Respostas ACR:

    Tabela A: Respostas ACR nos estudos clínicos controlados por placebo (porcentagem de pacientes)1-3

    Respostas Estudo Ia*1 Estudo IIa*2 Estudo IIIa*3
    Placebo
    + MTXc
    N=60
    Adalimumabeb + MTXc
    N=63
    Placebo
    N=110
    Adalimumabeb
    N=113
    Placebo + MTXc
    N=200
    Adalimumabeb + MTXc
    N=207
    ACR 20
    6 meses 13,3% 65,1% 19,1% 46% 29,5% 63,3%
    12 meses ND ND ND ND 24% 58,9%
    ACR 50
    6 meses 6,7% 52,4% 8,2% 22,1% 9,5% 39,1%
    12 meses ND ND ND ND 9,5% 41,5%
    ACR 70
    6 meses 3,3% 23,8% 1,8% 12,4% 2,5% 20,8%
    12 meses ND ND ND ND 4,5% 23,2%

    a Estudo I = 24 semanas, Estudo II = 26 semanas, Estudo III = 24 e 52 semanas.
    b 40mg de Adalimumabe a cada 2 semanas.
    c MTX= metotrexato.
    *p<0,01, Adalimumabe versus placebo.
    ND = Não disponível.

    No estudo IV, a resposta ACR 20 dos pacientes tratados com Adalimumabe foi significativamente melhor do que os pacientes tratados com placebo (p<0,001).4

    Nos estudos I-IV, todos os componentes individuais dos critérios de resposta ACR [número de articulações dolorosas, número de articulações edemaciadas, avaliações da atividade da doença e da dor pelo médico, avaliações da atividade da doença e da dor pelo paciente, escores do índice de incapacidade (HAQ – Health Assessment Questionnaire) e valores de PCR (proteína C reativa) em mg/dl] melhoraram em 241,3,4 ou 26 semanas2, quando comparados ao placebo. No estudo III, estas melhoras foram mantidas ao longo de 52 semanas.3

    Além disto, as taxas de respostas ACR foram mantidas na maioria dos pacientes seguidos na fase de extensão aberta do estudo III.114/207 pacientes continuaram com Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas por 60 meses. Destes, 65%, 58% e 35% apresentaram respostas ACR 20/50/70, respectivamente, no mês 60.6

    Nos estudos I-V, os pacientes tratados com Adalimumabe atingiram melhores respostas ACR 20 e 50, quando comparados ao placebo, de forma estatisticamente significante, após 1 ou 2 semanas após o início do tratamento.1-5

    No estudo V, o tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato, em pacientes com artrite reumatoide inicial, levou a respostas ACR maiores e mais rápidas do que as monoterapias com Adalimumabe ou metotrexato, na semana 52, mantidas na semana 104 (Tabela B).

    Tabela B: Respostas ACR no estudo V.5

    Respostas MTX
    N=257
    Adalimumabe
    N=274
    Adalimumabe + MTX
    N=268
    pa pb pc
    ACR 20
    Semana 52 62,6% 54,4% 72,8% 0,013 <0,001 0,043
    Semana 104 56% 49,3% 69,4% 0,002 <0,001 0,140
    ACR 50
    Semana 52 45,9% 41,2% 61,6% <0,001 <0,001 0,317
    Semana 104 42,8% 36,9% 59% <0,001 <0,001 0,162
    ACR 70
    Semana 52 27,2% 25,9% 45,5% <0,001 <0,001 0,656
    Semana 104 28,4% 28,1% 46,6% <0,001 <0,001 0,864

    a Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    b Valor de p da comparação entre monoterapia com Adalimumabe e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    c Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e monoterapia com Adalimumabe (teste U de Mann-Whitney).

    Na fase de extensão aberta do estudo V(PREMIER)5 de AR, as taxas de resposta ACR foram mantidas quando seguidas por até 10 anos. Dos 542 pacientes que foram randomizados para o tratamento com Adalimumabe 40 mg a cada 15 dias, 170 pacientes continuaram com o tratamento com Adalimumabe 40 mg a cada 15 dias por 10 anos. Dentre esses, 154 pacientes (90,6%) apresentaram resposta ACR 20; 127 pacientes (74,7%) tiveram resposta ACR50; e 102 pacientes (60,0%) apresentaram resposta ACR 70.

    Na semana 52, 42,9% dos pacientes que receberam o tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato atingiram remissão clínica (DAS 28 - CRP <2,6), comparados a 20,6% dos pacientes que receberam monoterapia com metotrexato e 23,4% dos que receberam monoterapia com Adalimumabe. O tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato foi superior às monoterapias com metotrexato e Adalimumabe (ambos p<0,001) em atingir baixa atividade da doença em pacientes com artrite reumatoide recentemente diagnosticada de moderada a grave intensidade. Dos 342 pacientes originalmente randomizados para a terapia com Adalimumabe ou a terapia combinada de Adalimumabe com metotrexato que entraram no estudo de extensão aberto, 171 pacientes completaram 10 anos de tratamento com Adalimumabe. Dentre esses, 109 pacientes (63,7%) foram reportador por apresentar remissão aos 10 anos de tratamento.

    Progressão radiográfica:

    No estudo III, no qual os pacientes tratados com Adalimumabe apresentaram uma duração média da artrite reumatoide de aproximadamente 11 anos, o dano articular estrutural foi avaliado radiograficamente e expresso por meio da mudança no escore total de Sharp modificado e seus componentes (escores de erosão e de estreitamento dos espaços articulares). Os pacientes tratados com Adalimumabe e metotrexato apresentaram significativamente menos progressão radiográfica do que os pacientes tratados apenas com metotrexato, após 6 e 12 meses (Tabela C).3

    Tabela C: Mudanças médias nos escores de Sharp em 12 meses (estudo III)3

    - Placebo + MTX Adalimumabe + MTX 40 mg SC a cada 2 semanas IC 95% P
    Escore de Sharp total 2,7 0,1 2,6 (1,4-3,8) <0,001
    Escore de erosão 1,6 0,0 1,6 (0,9-2,2) <0,001
    Escore de estreitamento dos espaços articulares 1,0 0,1 0,9 (0,3-1,4) 0,002

    MTX = metotrexato.
    IC = Intervalo de confiança.

    Dados da fase de extensão indicaram que a redução na taxa de progressão do dano estrutural é mantido por 60 meses em um subgrupo de pacientes. 113/207 pacientes originalmente tratados com Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas foram avaliados após 5 anos. Destes, 66 pacientes não mostraram nenhuma progressão do dano estrutural, definida por mudança no escore total de Sharp de zero ou menos.6

    No estudo V, o dano estrutural foi avaliado radiograficamente e também expresso por meio das mudanças no escore total de Sharp modificado e seus componentes, de acordo com a Tabela D.

    Tabela D: Mudanças médias nos escores de Sharp na semana 52 (estudo V)5

    Respostas MTX
    N=257
    (IC 95)
    Adalimumabe
    N=274
    (IC 95)
    Adalimumabe + MTX
    N=268
    (IC 95)
    pa pb pc
    Escore total de Sharp 5,7(4,2-7,3) 3,0(1,7-4,3) 1,3(0,5-2,1) <0,001 0,002 <0,001
    Escore de erosão 3,7(2,7-4,7) 1,7(1,0-2,4) 0,8(0,4-1,2) <0,001 0,0082 <0,001
    Escore de estreitamento dos espaços articulares 2,0(1,2-2,8) 1,3(0,5-2,1) 0,5(0-1,0) <0,001 0,0037 0,151

    a Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    b Valor de p da comparação entre monoterapia com Adalimumabe e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    c Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e monoterapia com Adalimumabe (teste U de Mann-Whitney).
    MTX = metotrexato.
    IC = Intervalo de confiança.

    Após 52 e 104 semanas de tratamento, a porcentagem de pacientes sem progressão (mudança no escore total de Sharp modificado < 0,5) foi significativamente maior no grupo de tratamento combinado de Adalimumabe mais metotrexato (63,8% e 61,2%, respectivamente), quando comparado ao grupo que recebeu monoterapia com Adalimumabe (50,7%, p<0,002, e 44,5%, p<0,001, respectivamente) e monoterapia com metotrexato (37,4% e 33,5%), respectivamente, ambos p<0,001).5

    Na extensão aberta do estudo V(PREMIER)5 de AR, a variação média da linha de base no Ano 10 na Pontuação Total Sharp modificada foi de 10,8; 9,2 e 3,9 em pacientes originalmente randomizados para monoterapia com metotrexato, Adalimumabe em monoterapia e terapia combinada com Adalimumabe e metotrexato, respectivamente. As proporções correspondentes de pacientes sem progressão radiográfica foram 31,3%, 23,7% e 36,7%, respectivamente.

    Qualidade de vida e função física:

    Qualidade de vida e função física foram avaliados pelo HAQ (Health Assessment Questionnaire), em todos os estudos de Adalimumabe, com placebo como comparador, sendo uma medida de desfecho co-primária no estudo III. Todos os grupos tratados com Adalimumabe apresentaram melhora significativamente maior que o placebo no índice de incapacidade do HAQ, após 6 meses, o mesmo acontecendo no estudo III após 52 semanas. Nestes estudos, uma melhora do componente físico do Short Form 36 (SF-36) também suporta estes achados. No estudo V, a melhora do índice de incapacidade do HAQ e do componente físico do SF-36 foi significativamente maior para o grupo tratado com Adalimumabe e metotrexato, quando comparada aos grupos tratados com monoterapia com Adalimumabe e metotrexato (p < 0,001).1-4

    Uma diminuição significativa da fadiga, medida pelo escore FACIT (Functional Assessment of Chronic Illness Therapy) foi observada nos estudos I, III e IV, onde tal instrumento foi usado.1,3,5

    No estudo III, a melhora da função física foi mantida por até 60 meses da fase de extensão aberta. A qualidade de vida foi medida até a semana 156 (36 meses) e a melhora foi mantida por este período.3

    Dentre os 250 pacientes que completaram o estudo de extensão aberto, as melhorias na função física foram mantidas durante 10 anos de tratamento.

    Dor no local da injeção:

    Para os estudos VI e VII, uma diferença estatisticamente significativa para a dor no local da injeção imediatamente após a aplicação foi observado entre Adalimumabe 40 mg/0,8 mL e Adalimumabe AC40 mg/0,4 mL (média VAS de 3,7 cm contra 1,2 cm, escala de 0 -10 cm, p <0,001). Isto representou uma redução média de 84% na dor no local da injeção.

    Artrite Psoriásica

    Adalimumabe 40 mg SC a cada duas semanas, foi avaliado em pacientes com artrite psoriásica moderada a grave em 2 estudos controlados por placebo. No estudo I, foram observados 313 pacientes adultos com resposta inadequada a anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), por 24 semanas.7 No estudo II, 100 pacientes com resposta inadequada a DMARDs foram observados por 12 semanas.8 Os pacientes de ambos os estudos puderam entrar em uma fase aberta, onde todos receberam Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas, por até 144 semanas.9,10

    As respostas ACR no estudo I foram semelhantes com e sem tratamento concomitante com metotrexato (aproximadamente 50% dos pacientes foram tratados concomitantemente com metotrexato) (Tabela E).

    Tabela E: Respostas ACR nos estudos controlados por placebo de Adalimumabe para artrite psoriásica7

    Respostas Estudo I7 Estudo II8
    Placebo
    N=162
    Adalimumabe
    N=151
    Placebo
    N=49
    Adalimumabe
    N=51
    ACR 20
    Semana 12 14% 58%* 16% 39%**
    Semana 24 15% 57%* ND ND
    ACR 50
    Semana 12 4% 36%* 2% 25%*
    Semana 24 6% 39%* ND ND
    ACR 70
    Semana 12 1% 20%* 0% 14%**
    Semana 24 1% 23%* ND ND

    ND = não disponível.
    *p<0,001 para todas as comparações entre Adalimumabe e placebo.
    **p<0,05 para todas as comparações entre Adalimumabe e placebo.

    As respostas ACR foram mantidas na fase de extensão aberta por até 136 semanas.9

    As mudanças radiográficas também foram avaliadas nos estudos de artrite psoriásica. Radiografias de mãos, punhos e pés foram obtidas no início do estudo e nas semanas 24 (fase duplo-cega do estudo I)7 e semana 48 (fase aberta).10 Um escore de Sharp modificado (mTSS), que incluiu as articulações interfalangianas distais, foi usado para medir a progressão radiográfica. Adalimumabe reduziu a taxa de progressão do dano articular periférico, quando comparado com o placebo (mudança média do mTSS = 0,8 ± 2,42 no grupo placebo na semana 24 comparado a 0,1± 1,95 no grupo tratado com Adalimumabe na semana 48, p < 0,001).9,10 Nos pacientes tratados com Adalimumabe sem progressão radiográfica do início do estudo até a semana 48 (n=102), 84% continuaram a demonstrar ausência de progressão por até 144 semanas de tratamento.9,10

    Os pacientes tratados com Adalimumabe demonstraram melhora significativa na função física, avaliada pelo HAQ e pelo SF-36 comparados aos pacientes que receberam placebo, na semana 24.7 A melhora da função física continuou durante a fase de extensão aberta até a semana 136.9

    Espondilite Anquilosante

    Adalimumabe 40 mg SC a cada duas semanas foi avaliado em dois estudos duplocegos, placebo-controlados, de 24 semanas, em pacientes com espondilite anquilosante ativa, sem resposta adequada ao tratamento convencional.11-13 O período cego foi seguido de uma fase de extensão aberta, na qual os pacientes receberam apenas Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas.14

    No estudo I, com 315 pacientes, os resultados apresentaram melhora significativa dos sinais e sintomas da espondilite anquilosante nos pacientes tratados com Adalimumabe, quando comparados aos tratados com placebo. Uma resposta significativa foi observada na semana 2, e mantida ao longo de 24 semanas (Tabela F).11

    Tabela F: Respostas de eficácia em estudos controlados por placebo de Adalimumabe para espondilite anquilosante 11

    Resposta Adalimumabe
    N=208*
    Placebo
    N=107
    ASAS 20a
    Semana 2 42%* 16%
    Semana 12 58%* 21%
    Semana 24 51%* 19%
    ASAS 50
    Semana 2 16%* 3%
    Semana 12 38%* 10%
    Semana 24 35%* 11%
    ASAS 70
    Semana 2 7%** 0%
    Semana 12 23%* 5%
    Semana 24 24%* 8%
    BASDAI 50b
    Semana 2 20%* 4%
    Semana 12 45%* 16%
    Semana 24 42%* 15%

    *, ** Estatisticamente significante, com p<0,001, <0,001 para todas as comparações entre Adalimumabe e placebo, nas semanas 2, 12 e 24.

    A melhora nas respostas ASAS e nos escores BASDAI foi mantida por até 2 anos.14

    Pacientes tratados com Adalimumabe apresentaram melhora significativamente maior nos escores de dor, fadiga e rigidez,15 e nos escores de qualidade de vida (SF-36 e ASQoL – Questionário de Qualidade de Vida para Espondilite Anquilosante), quando comparados aos que receberam placebo, na semana 24.16

    Tendências semelhantes (nem todas estatisticamente significantes) foram observadas no estudo II, realizado com 82 pacientes adultos com espondilite anquilosante ativa.12,13

    Espondiloartrite Axial Não Radiográfica (Espondiloartrite axial sem evidência radiográfica de EA)

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em dois estudos randomizados, duplo cego controlados por placebo, em pacientes com espondiloartrite axial não-radiográfica (nr-axSpA). O estudo nr-axSpA I avaliou pacientes com nr-axSpA ativa. O estudo nraxSpA II foi um estudo de descontinuação de tratamento em pacientes com nr-axSpA ativa que atingiram a remissão durante o tratamento aberto com Adalimumabe.

    Estudo n-axSpA I:

    No estudo nr-axSpA I, Adalimumabe 40 mg a cada duas semanas foi avaliado em 185 pacientes por 12 semanas, em um estudo randomizado, duplo cego, placebo-controlado, em pacientes com nr-axSpA ativa[média basal da atividade da doença (BASDAI – Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index) de 6,4 para pacientes tratados com Adalimumabe e 6,5 para pacientes recebendo placebo] que responderam inadequadamente ou que são intolerantes a ≥ 1 AINEs, ou que apresentam contraindicação a AINES. Os pacientes incluídos foram classificados de acordo com o critério ASAS de EpA axial, excluindo pacientes que satisfizeram os critérios de New York modificados para espondilite anquilosante e aqueles com psoríase ou artrite psoriásica. O objetivo primário foi a porcentagem de pacientes que alcançaram o critério de resposta ASAS40 na semana 12.17

    Trinta e três (18%) dos pacientes foram tratados concomitantemente com drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs), e 146 (79%) dos pacientes, com AINEs no baseline. O período duplocego foi seguido de uma fase de extensão aberta, no qual, os pacientes receberam Adalimumabe 40mg, por via subcutânea, a cada duas semanas por 144 semanas adicionais. A semana 12 mostrou uma melhora estatisticamente significante dos sinais e sintomas da nr-axSpA ativaem pacientes tratados com Adalimumabe comparado com placebo tanto na população geral quanto em pacientes com Ressonância nuclear magnética (RNM) positivo ou PCR elevada (Tabelas G e H). Variáveis que demonstram uma redução dos sinais e sintomas da nraxSpA ativaforam sustentadas ou continuaram a melhorar na semana 24 e na Semana 68 e foram mantidas até a Semana 156 (Tabelas G e H).17-19

    Tabela G: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I placebo-controlado de Adalimumabe18, 19

    Duplo-cego - Resposta na semana 12 Placebo
    N=94
    Adalimumabe
    N=91
    ASASa 40 15% 36%***
    ASAS 20 31% 52%**
    ASAS 5/6 6% 31%***
    ASAS Remissão Parcial 5% 16%*
    BASDAIb 50 15% 35%**
    ASDASc,d,e -0,3 -1.0***
    ASDAS Doença Inativa 4% 24%***
    SF-36 PCSd, f 2,0k 5,5**
    HAQ-Sd,g -0,1 -0,3*
    PCR-usd,h,i -0,3 -4,7***
    SPARCCj RNM articulações sacroilíacasd,k -0,6 -3,2**
    SPARCC RNM colunad, l -0,2 -1,8**

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e n=91 no placebo e n=87 para Adalimumabe.
    f Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    g Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    h Proteína C-Reativa ultra-sensível(mg/L).
    i n = 73 no placebo e n=70 para Adalimumabe.
    j Spondyloarthritis Research Consortium of Canada.
    k n = 84 no placebo e para Adalimumabe.
    l n = 82 no placebo e n = 85 para Adalimumabe.
    m n = 93.
    *** Valor p < 0,001.
    ** Valor p < 0,01.
    * Valor p < 0,05.
    # Análises NRI para todos os endpoints categóricos, análise LOCF para HAQ-S e PCR-us e análise de casos observados para SF-36 e pontuação SPARCC RNM.

    Tabela H: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I placebo-controlado de Adalimumabe para (População com RNM positivo e/ou PCR elevado)#17,19

    Duplo-cego- Resposta na semana 12 Placebo
    N=73
    Adalimumabe
    N=69
    ASASa 40 14% 41%***
    ASAS 20 32% 59%***
    ASAS 5/6 8% 35%***
    ASAS Remissão Parcial 5% 19%*
    BASDAIb 50 14% 39%***
    ASDASc,d,e -0,3 -1,2***
    ASDAS Doença Inativa 4% 29%***
    SF-36 PCSd,f 2,3l 6,9***
    HAQ-Sd,g -0,1 -0,3**
    PCR-usd,h, i -0,8 -6,5***
    SPARCCj RNM articulações sacroilíacasdk -0,9 -4,3**
    SPARCC RNM colunad,l -0,5 -2,3**

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e n=72 no placebo e n=66 para Adalimumabe.
    f Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    g Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    h Proteína C-Reativa ultra-sensível (mg/L).
    i n = 54 no placebo e n=50 para Adalimumabe.
    j = Spondyloarthritis Research Consortium of Canada.
    k n = 64 no placebo e para Adalimumabe.
    l n = 62 no placebo e n = 65 para Adalimumabe.
    m n=72.
    *** valor p < 0,001.
    ** valor p < 0,01.
    * valor p < 0,05.
    # Análises NRI para todos os endpoints categóricos e análise de casos observados para HAQ-S, PCR-us, SF-36 e pontuação SPARCC RNM.

    Tabela I: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I aberto de extensão de Adalimumabe18,19

    Endpoint Semana 24
    N=171
    Semana 68
    N=145
    Semana 156
    N=122
    ASASa 40 89 (52,0%) 97 (66,9%) 81 (66,4%)
    ASAS 20 117 (68,4%) 116 (80,0%) 101 (82,8%)
    ASAS 5/6 74 (43,3%) 72 (49,7%) 58 (47,5%)
    ASAS remissão parcial 45 (26,5%)g 53 (36,6%) 52 (43,3%)
    BASDAIb 50 86 (50,3%) 93 (64,8%) 85 (69,7%)
    ASDASc,d -1,5j -1,8k -1,7l
    ASDAS Doença Inativa 60(35,3%)h 69 (47,6%) 55 (45,8%)i
    SF-36 PCSd,e 7,2m 9,6n 10,5o
    HAQ-Sd,f -0,39 -0,47 -0,48
    hs-CRPd,g -4,6p -4,1q -3.3r

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    f Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    g Proteína C-Reativa ultra-sensível (mg/L).
    h n = 170.
    i n = 120.
    j n = 163.
    k n = 140.
    l n = 118.
    m n = 177.
    n n = 151, semana 52.
    o n 121.
    p n = 131.
    q n = 112.
    r n = 97.
    # Análise dos casos observados.

    Tabela J: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I aberto de extensão de Adalimumabe para (População com RNM positivo e/ou PCR elevado)18,19

    Endpoint Semana 24
    N=133
    Semana 68
    N=111
    Semana 156 N=97
    ASASa 40 70 (52,6%) 78 (69,6%) 67 (69,1%)
    ASAS 20 96 (72,2%) 94 (83,9%) 83 (85,9%)
    ASAS 5/6 61 (46,6%) 63 (56,3%) 49 (50,5%)
    ASAS Remissão Parcial 37 (27,8%) 45 (40,2%) 45 (46,9%)
    BASDAIb 50 68 (51,1%) 75 (67,0%) 70 (72,2%)
    ASDASc,d -1,6i -1,9j -1,9k
    ASDAS Doença Inativa 48 (36,1%) 54 (48,2%) 45 (47,4%)l
    SF-36 PCSd,e 7,7m 10,5n 11,5o
    HAQ-Sd,f -0,39 -0,48 -0,50
    hs-CRPd,g -6,0p -5,9q -4,2r

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    f Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    g Proteína C-Reativa ultra-sensível (mg/L).
    h n = 96.
    i n = 129.
    j n = 110.
    k n = 93.
    l n = 95.
    m n = 138.
    n n = 116, semana 52.
    o n = 96 p = n = 97.
    q n = 83.
    r n = 75.
    # Análise dos casos observados.

    Inibição da inflamação:

    Foram mantidas melhoras significantes dos sinais da inflamação como medidos pelo hs-CRP e MRI para as articulações sacroilíacas e a coluna em pacientes tratados com Adalimumabe durante a Semana 156 e Semana 104, respectivamente. SPARCC MRI para articulações sacroilíacas estavam disponíveis para 131 pacientes e SPARCCC MRI para coluna estavam disponíveis para 130 pacientes com uma alteração média do baseline de -3,8 e -1,4, respectivamente, na Semana 104.

    Qualidade de vida e capacidade física:

    A qualidade de vida relacionada com a saúde e a capacidade física foram avaliadas através dos questionários HAQ-S e SF-36. Adalimumabe mostrou uma melhora estatisticamente significativa na nota total do HAQ-S e na pontuação do componente físico do SF-36 (PCS) do início até a semana 12 comparados com o placebo. Os resultados para SF-36 (PCS) e HAQ-S foram sustentados durante as Semanas 52, 68 e 156, respectivamente.17-19

    Estudo nr-axSpA II:

    673 pacientes com nr-axSpA ativa (atividade média base da doença [BASDAI] foi de 7,0) os quais tiveram uma resposta inadequada a ≥ 2 AINEs ou uma intolerância ou contraindicação para os AINEs incluídos no período de estudo aberto nr-axSpA II durante o qual receberam Adalimumabe 40 mg a cada duas semanas durante 28 semanas. Esses pacientes também apresentaram evidência objetiva de inflamação nas articulações sacroilíacas ou coluna vertebral na ressonância magnética ou elevação da PCR (proteína C reativa). Os pacientes que alcançaram remissão sustentada durante pelo menos 12 semanas (N = 305) (ASDAS <1,3 nas semanas 16, 20, 24 e 28) durante o período aberto foram então aleatorizados para receberem tratamento continuado com Adalimumabe 40 mg a cada duas semanas (N = 152) ou placebo (N = 153) por um período adicional de 40 semanas em um período duplo-cego, controlado por placebo (duração total do estudo de 68 semanas). Pacientes que apresentaram flare da doença durante o período duplo-cego foram autorizados a terapia de resgate Adalimumabe 40 mg por pelo menos 12 semanas.

    O desfecho primário de eficácia foi à proporção de pacientes sem agravamento na Semana 68 do estudo. O agravamento foi definido como ASDAS ≥ 2,1 em duas visitas consecutivas com quatro semanas de intervalo. Uma proporção maior de pacientes em uso de Adalimumabe não apresentou agravamento da doença durante o período duplo-cego, quando comparados com os que receberam placebo (70,4% vs. 47,1%, p <0,001) (Figura 1).

    Figura 1: Curvas de Kaplan-Meier Resumindo o Tempo de Remissão no Estudo nr-axSpA II

    Nota: P = Placebo (Número em Risco (flared)); A = Adalimumabe (Número em risco (flared)).

    Entre os 68 pacientes que apresentaram flare da doença no grupo alocado para descontinuação do tratamento, 65 completaram 12 semanas de terapia de resgate com Adalimumabe, dos quais 37 (56,9%) haviam recuperado a remissão (ASDAS <1,3) após 12 semanas de reinício do tratamento aberto.

    Na Semana 68, os pacientes que receberam tratamento contínuo com Adalimumabe apresentaram melhora estatisticamente significativa maior dos sinais e sintomas de nr-axSpA ativa em comparação com os pacientes alocados para descontinuação do tratamento durante o período duplo-cego do estudo (Tabela K).

    Tabela K: Resposta à Eficácia no Período Controlado por Placebo para o Estudo nr axSpA II

    Duplo-cego - Resposta na semana 68 Placebo
    N=153
    Adalimumabe
    N=152
    ASASa,b 20 47.1% 70.4%***
    ASASa,b 40 45.8% 65.8%***
    ASASa Remissão Parcial 26.8% 42.1%**
    ASDASc Doença Inativa 33.3% 57.2%***
    Agravamento Parciald 64.1% 40.8%***

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Baseline é definida como baseline aberta quando os pacientes tem doença ativa. A linha is defined as open label baseline when patients have active disease.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Agravamento Parcial é definido com ASDAS ≥ 1.3 a < 2.1 em 2 visitas consecutivas.
    *** Valor p < 0.001.
    ** Valor p < 0.01.

    Doença de Crohn

    A segurança e a eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em mais de 1400 pacientes com doença de Crohn (DC) ativa, moderada a grave (Crohn’s Disease Activity Index (CDAI) ≥ 220 e ≤ 450) em estudos duplo-cegos, randomizados, controlados por placebo. Nestes estudos foi permitido o uso concomitante de doses estáveis de aminossalicilatos, corticosteroides e/ou agentes imunomoduladores.

    A indução de remissão clínica (definida como CDAI < 150) foi avaliada em dois estudos, Estudo I20 de DC (M02-403) e Estudo II21 de DC (M04-691). No Estudo I20 de DC, 299 pacientes virgens de antagonistas de TNF foram randomizados para um de quatro grupos de tratamento: placebo nas semanas 0 e 2, 160 mg de Adalimumabe na semana 0 e 80 mg na semana 2, 80 mg na semana 0 e 40 mg na semana 2, e 40 mg na semana 0 e 20 mg na semana 2. No Estudo II21 de DC, 325 pacientes que tinham perdido resposta ou eram intolerantes ao infliximabe foram randomizados para receber ou 160 mg Adalimumabe na semana 0 e 80 mg na semana 2 ou placebo nas semanas 0 e 2. Em ambos estudos os resultados clínicos foram avaliados na semana 4.

    Uma maior porcentagem de pacientes tratados com 160/80 mg de Adalimumabe alcançou a indução de remissão clínica, em comparação com o placebo na semana 4, independentemente dos pacientes serem virgens de tratamento com bloqueadores de TNF (Estudo I20 de DC), ou terem perdido resposta ou terem sido intolerantes ao infliximabe (Estudo II21 de DC) - Tabela L.

    Tabela L: Indução de Remissão e Resposta Clínica nos Estudos I20 e II21 de DC (Porcentagem de Pacientes)

    - Estudo I de DC Estudo II de DC
    Placebo
    N=74
    Adalimumabe 160/80 mg
    N=76
    Placebo
    N=166
    Adalimumabe 160/80 mg
    N=159
    Semana 4
    Remissão Clínica 12% 36%* 7% 21%*
    Resposta Clínica (CDAI ≥ 70) 34% 58%** 34% 52%**

    Remissão clínica corresponde a CDAI < 150 e resposta clínica a diminuição de pelo menos 70 pontos no CDAI em relação à avaliação inicial.
    * p < 0.001.
    ** p < 0.01.

    A manutenção da remissão clínica foi avaliada no Estudo III22 de DC (M02-404). No Estudo III22 de DC, 854 pacientes receberam de forma aberta 80 mg de Adalimumabe na semana 0 e 40 mg na semana 2. Na semana 4 os pacientes foram randomizados para receber 40 mg em semanas alternadas, 40 mg todas as semanas, ou placebo com uma duração total do estudo de 56 semanas. Pacientes com resposta clinica (CR-70 = diminuição do CDAI ≥ 70) na semana 4 foram estratificados e analisados separadamente daqueles sem resposta clínica na semana 4.

    No Estudo III22 de DC (CHARM), na semana 4, 58% (499/854) dos pacientes apresentavam resposta clínica e foram avaliados na análise primária. Os índices de manutenção da remissão e de resposta clínica estão representados na Tabela M. Os índices de remissão clínica permaneceram relativamente constantes independentemente de uma exposição prévia a um antagonista de TNF.

    Tabela M: Manutenção de Remissão e Resposta Clínica no Estudo III22 de DC (Porcentagem de Pacientes)

    - Placebo 40 mg Adalimumabe em semanas alternadas 40 mg Adalimumabe semanal
    Semana 26 N=170 N=172 N=157
    Remissão Clínica 17% 40%* 47%*
    Resposta Clínica (CDAI ≥ 70) 28% 54%* 56%*
    Semana 56 N=170 N=172 N=157
    Remissão Clínica 12% 36%* 41%*
    Resposta Clínica (CDAI ≥ 70) 18% 43%* 49%*

    Remissão clínica corresponde a CDAI < 150 e resposta clínica a diminuição de pelo menos 70 pontos no CDAI em relação à avaliação inicial.
    * p < 0.001 para Adalimumabe vs placebo.

    Nos Estudos I20 e II21 de DC, foi observada melhora estatisticamente significante na pontuação total do questionário específico para a doença inflamatória intestinal (IBDQ) alcançada na semana 4 nos pacientes randomizados para Adalimumabe 80/40 mg e 160/80 mg comparada a placebo. A melhora também foi vista nas semanas 26 e 56 no Estudo III de DC entre os grupos de tratamento Adalimumabe comparados com o grupo placebo. No Estudo III, houve também uma diminuição estatisticamente significante de hospitalização e cirurgias relacionadas à doença quando comparada com o placebo na Semana 5623.

    No Estudo I20, 117/276 pacientes com DC e 272/777 pacientes do Estudo II21 e III22 foram acompanhados por pelo menos 3 anos em terapia aberta com Adalimumabe.

    Respectivamente 88 (75,2%) e 189 (69,5%) pacientes, continuaram com remissão clínica. A resposta clínica foi mantida em 107 (91,5%) e 248 (91,2%) pacientes, respectivamente.

    Os 117/854 pacientes (a partir de estudo DC III) apresentaram fístulas drenadas tanto na seleção como no baseline. Para a avaliação da cicatrização das fístulas, os dados de ambas as doses de Adalimumabe utilizados no estudo foram agrupados. A proporção de pacientes com cicatrização das fístulas na semana 26 foi estatística e significativamente maior em pacientes tratados com Adalimumabe [21/70 (30,0%)] em comparação com placebo [6/47 (12,8%)]. A cicatrização completa das fístulas foi mantida até a Semana 56 em 23/70 (32,9%) pacientes no grupo com Adalimumabe e 6/47 (12,8%) no grupo placebo.

    Um estudo endoscópico (M05-769) que envolveu 135 pacientes, indicou um efeito de Adalimumabe na cicatrização da mucosa. 27,4% dos pacientes tratados com Adalimumabe tinham cicatrização da mucosa na semana 12 comparados com 13,1% dos pacientes-placebo (p=0,056), e 24,2% dos pacientes tratados com Adalimumabe na semana 52 contra 0% dos pacientes-placebo (p < 0,001)24.

    Colite Ulcerativa ou Retocolite Ulcerativa

    A segurança e eficácia de múltiplas doses de Adalimumabe foi testada em pacientes adultos com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ativa moderada a grave (escore Mayo de 6 a 12 e com subtotal de endoscopia de 2 a 3 pontos) em dois estudos randomizados, duplo-cego, placebo controlados. Os pacientes tinham de ter um diagnóstico de colite ulcerativa por mais de 90 dias, confirmado por endoscopia. Eles tinham de ter a doença ativa apesar do tratamento com pelo menos um dos seguintes corticosteroides orais ou imunossupressores: prednisona, azatioprina ou 6 - mercaptopurina . Os pacientes foram excluídos da participação nos estudos se eles tinham uma história de colectomia subtotal com ileostomia ou proctocolectomia com reservatório ileal e anastomose ileoanal, bolsa de Koch ou ileostomia para retocolite ulcerativa ou se estava planejando uma cirurgia intestinal, ou se eles tinham um diagnóstico vigente de colite fulminante e / ou megacólon tóxico, colite indeterminada, ou doença de Crohn , se sua doença estava limitada ao reto (proctite ulcerativa), ou se eles estavam recebendo nutrição parenteral.

    Pacientes com Clostridium difficile positivo no exame de fezes, infecções que requerem tratamento intravenoso , que tinha um histórico de malignidade tratada com sucesso diferente de carcinoma cutâneo de celulas escamosas não metastáticas ou basocelular e/ou carcinoma localizado no colo do útero , ou uma história de listeria, histoplasmose, infecção crônica ou ativa da hepatite B, vírus da imunodeficiência humana, síndrome da imunodeficiência, doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, ou tuberculose não tratada (TB) também foram excluídos , bem como os pacientes cuja endoscopia mostrou evidências de displasia ou malignidade. No estudo UC-I25, 390 pacientes que nunca foram tratados com antagonistas de TNF foram randomizados para receber: placebo nas semanas 0 e 2 ou 160 mg de Adalimumabe na semana 0 seguido por 80 mg na semana 2, ou 80 mg Adalimumabe na semana 0 seguindo por 40 mg na semana 2. Depois da semana 2, pacientes que receberam Adalimumabe nas semanas anteriores, receberam 40 mg de Adalimumabe a cada 14 dias. A remissão clínica (definida como escore Mayo≤ 2 sem subtotal > 1) foi avaliada na semana 8.

    No estudo UC-II26, 248 pacientes receberam 160 mg de Adalimumabe na semana 0, 80 mg na semana 2 e 40 mg a cada 14 dias nas semanas seguintes, e, 246 pacientes receberam placebo. Os resultados clínicos foram avaliados para indução de remissão na semana 8 e para manutenção da remissão na semana 52.

    Indivíduos induzidos com 160/80 mg de Adalimumabe atingiram a remissão clínica versus o placebo na semana 8 em porcentagens estatistica e significativamente maiores no estudo UC-I (18% vs 9%, respectivamente, p=0.031) e no estudo UC-II (17% vs 9%, respectivamente, p=0,019). No estudo UC-II, entre os tratados com Adalimumabe que estavam em remissão na semana 8, 21/41 (51%) estavam em remissão na semana 52. Os resultados do estudo UC-II são apresentados na Tabela N tanto para população total quanto para pacientes que tinham respondido na semana 8 de tratamento por escore total Mayo.

    Tabela N: Resposta, Remissão e Cicatrização de mucosa no estudo UC-II (Percentual de pacientes)

    - Placebo 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas, no geral 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas, Responsivos na Semana 8
    Semana 52 N=246 N=248 N=125
    Resposta Clínica 18% 30%* 47%
    Remissão Clínica 9% 17%* 29%
    Cicatrização de Mucosa 15% 25,0%* 41%
    Remissão sem esteroides para ≥ 90 diasa 6%
    (N=140)
    13%*
    (N=150)
    20,0%

    Semana 8 e 52

    N=246

    N=248

    N=125

    Resposta sustentada 12% 24%* -
    Remissão sustentada 4% 8%* -
    Cicatrização da mucosa sustentada 11% 19%* -

    Remissão Clínica definida como escore Mayo ≤ 2 na ausência de subescore > 1.
    Resposta clínica definida como diminuição do valor basal no escore Mayo ≥ 3 pontos e ≥ 30% além de um decréscimo no subescore de sangramento retal [SSR] ≥ 1 ou um SSR absoluto de 0 ou 1.
    *p< 0,05 para Adalimumabe vs. Placebo em comparação pareada de proporção.
    **p< 0,001 para Adalimumabe vs. Placebo em comparação pareada de proporção.
    a Daqueles que recebiam corticosteroides no início do tratamento.

    Aproximadamente 40% dos pacientes do estudo UC-II apresentaram falha da terapia primeiro com o tratamento com anti-TNF infliximabe. A eficácia de Adalimumabe nestes pacientes foi reduzida, quando comparada com os pacientes que não tiveram um tratamento prévio com antiTNF. Entre estes pacientes que haviam falhado no tratamento previo com anti-TNF, a remissão foi alcançada na semana 52 por 3% no grupo placebo e 10% no grupo com Adalimumabe.

    Os pacientes dos estudos UC-I e UC-II tiveram a opção de continuar um estudo aberto de extensão de longo prazo (UC-III). Após três anos de tratamento com Adalimumabe, 74% (268/360) continuaram em remissão clínica por escore parcial Mayo.

    Qualidade de Vida:

    No estudo UC-II, uma melhora maior na nota total do questionário de doença específica para doença inflamatória intestinal (IBDQ) foi alcançada na semana 52 em pacientes randomizados para 160/80 mg de Adalimumabe comparado com placebo (p= 0,007).

    Psoríase em Placas

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em estudos duplo-cegos, randomizados, realizados em pacientes adultos com psoríase crônica em placas (envolvimento ≥ 10% BSA e Psoriasis Area and Severity Index (PASI) ≥ 12 ou ≥ 10) que eram candidatos a terapia sistêmica ou fototerapia. 73% dos pacientes envolvidos nos estudos de psoríase fase I e II receberam terapia sistêmica prévia ou fototerapia. A segurança e eficácia de Adalimumabe também foram avaliadas em estudos duplo-cegos, randomizados, realizado em pacientes adultos com psoríase crônica em placas moderada a grave com acometimento das mãos e/ou pés que eram candidatos a terapia sistêmica.27

    O Estudo I28 de Psoríase (M03-656) avaliou 1212 pacientes durante três períodos de tratamento. No período A, os pacientes receberam placebo ou Adalimumabe na dose inicial de 80 mg seguida por 40 mg em semanas alternadas começando na semana 1, após a dose inicial. Após 16 semanas de terapia, os pacientes que alcançaram pelo menos uma resposta PASI 75 (melhora da pontuação PASI de pelo menos 75% em relação à avaliação inicial), entraram no período B e receberam de forma aberta 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas. Os pacientes que mantiveram resposta PASI ≥75 na semana 33 e que haviam sido originariamente randomizados para terapia ativa no Período A, foram novamente randomizados no Período C para receber 40 mg Adalimumabe em semanas alternadas ou placebo por mais 19 semanas.

    Considerando os três grupos de tratamento, a pontuação PASI média, na avaliação inicial, foi de 18.9 e a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) inicial variou de “moderada” (53% dos indivíduos incluídos), a “grave” (41%) e a “muito grave” (6%).

    O Estudo II29 de Psoríase (M04-716) comparou a eficácia e segurança de Adalimumabe com metotrexato (MTX) e placebo em 271 pacientes. Os pacientes receberam placebo, uma dose inicial de MTX de 7.5 mg e, posteriormente, a dose era aumentada até a semana 12, com a dose máxima de 25 mg ou uma dose inicial de 80 mg de Adalimumabe seguida por 40 mg em semanas alternadas (iniciando uma semana após a dose inicial) durante 16 semanas. Não existem dados disponíveis sobre a comparação de Adalimumabe e MTX para além de 16 semanas de tratamento. Os pacientes recebendo MTX que atingissem uma resposta PASI ≥ 50 na semana 8 e/ou 12 não recebiam futuros aumentos de dose. Considerando os três grupos de tratamento, a pontuação PASI média, na avaliação inicial, foi de 19.7 e a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) inicial variou de “moderada” (48% dos indivíduos incluídos), a “grave” (46%) e a “muito grave” (6%).

    Pacientes dos Estudos de Psoríase de Fase II e III foram eleitos a participar de um estudo clínico de extensão aberto (M03-658), onde Adalimumabe foi administrado por pelo menos mais 108 semanas.

    Nos Estudo I28 e II29 de Psoríase, o desfecho primário foi a proporção de pacientes que atingiram uma resposta PASI 75 na semana 16, em relação à avaliação inicial (ver Tabelas O e P).

    Tabela O: Estudo I28 de Psoríase (REVEAL) - Resultados de Eficácia na Semana 16

    - Placebo
    N=398
    n (%)

    Adalimumabe 40 mg esa
    N=814
    %

    PASI ≥ 75a 26 (6,5) 578 (70,9)b
    PASI 100 3 (0,8) 163 (20)b
    PGA: Claro/mínimo 17 (4,3) 506 (62,2)b

    a A porcentagem de pacientes que atingiram resposta PASI 75 foi calulada como uma taxa centro ajustada.
    b p<0.001 Adalimumabe vs. Placebo.

    Tabela P: Estudo II29 de Psoríase (CHAMPION) - Resultados de Eficácia na Semana 16

    - Placebo
    N=53
    n (%)
    MTX
    N=110
    n (%)
    Adalimumabe 40 mg esa
    N=108
    n (%)
    PASI ≥ 75 10 (18.9) 39 (35.5) 86 (79.6)a,b
    PASI 100 1 (1.9) 8 (7.3) 18 (16.7)c,d
    PGA: Claro/mínimo 6 (11,3) 33 (30,0) 79 (73,1)a,b

    a p<0.001 Adalimumabe vs. placebo.
    b p<0.001 Adalimumabe vs. MTX.
    c p<0.01 Adalimumabe vs. placebo.
    d p<0.05 Adalimumabe vs. MTX.

    Um total de 233 de pacientes que atingiram a resposta PASI 75 na semana 16 e na semana 33 receberam continuamente Adalimumabe por 52 semanas no Estudo I de Psoríase e continuaram com a terapia em um estudo de extensão aberto. Após administração adicional por mais 108 semanas (no total de 160 semanas), 74,7% dos pacientes atingiram a resposta PASI 75 e 59,0% dos pacientes atingiram a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) com resposta mínima ou nenhuma. Já no Estudo II de Psoríase, dos 94 pacientes, 58,1% atingiram a resposta PASI 75 e 46,2% atingiram a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) com resposta mínima ou sem psoríase.

    Um total de 347 pacientes estáveis e que responderam ao tratamento participaram de uma avaliação de retirada e retratamento em um estudo de extensão aberto. O tempo médio de recidiva (para PGA "moderado" ou pior) foi de aproximadamente 5 meses. Nenhum destes pacientes relatou efeito rebote durante o período de retirada. Um total de 76,5% (218/285) dos pacientes que iniciaram o período de retratamento obtiveram uma resposta da PGA "sem psoríase" ou "mínima", após 16 semanas de retratamento, independentemente de recaída durante a retirada [69,1% (123/178) e 88,8% (95/107) para pacientes que recaíram e que não recaíram durante o período de suspensão, respectivamente].

    Em um estudo de extensão aberto, para pacientes que tiveram a frequência de dose aumentada de 40 mg a cada 14 dias para 40 mg semanal devido a uma resposta PASI abaixo de 50%, 26,4% (92/349) e 37,8% (132/349) dos pacientes atingiram uma resposta PASI 75 nas semanas 12 e 24, respectivamente.

    Na semana 16 foram observadas melhoras estatisticamente significantes no Dermatology Life Quality Index (DLQI), em relação aos valores basais quando comparadas com placebo (Estudos I30 e II31) e MTX (Estudo II31). No Estudo I28 também foram evidenciadas melhoras no componente físico e mental da pontuação do SF-36 de forma estatisticamente significante, quando comparado ao placebo.

    Em pacientes com psoríase em placas em monoterapia com Adalimumabe a longo prazo que participaram de um estudo de retirada e de retratamento, a taxa de anticorpos de Adalimumabe após o retratamento (2,3%) foi semelhante à taxa observada antes da retirada (1,9%).

    O Estudo III27 de psoríase (REACH) comparou a eficácia e segurança de Adalimumabe versus placebo em 72 pacientes com psoríase em placas crônica moderada a grave e com psoríase nas mãos e/ou pés. Os pacientes receberam uma dose inicial de 80 mg de Adalimumabe seguido de 40 mg a cada duas semanas (começando uma semana após a dose inicial) ou placebo durante 16 semanas. Na semana 16, uma proporção estatísticamente significativa de pacientes que receberam Adalimumabe atingiram PGA de "claro" ou "quase claro" para as mãos e /ou pés em comparação com pacientes que receberam placebo (30,6% versus 4,3%, respectivamente [P = 0,014]).

    O Estudo IV na Psoríase comparou a eficácia e segurança de Adalimumabe versus placebo em 217 pacientes adultos com psoríase ungueal moderada a grave. Os pacientes receberam uma dose inicial de 80 mg de Adalimumabe seguida de 40 mg em semanas alteradas (uma semana após a dose inicial) ou placebo durante 26 semanas seguidas de um tratamento em fase aberta com Adalimumabe durante mais 26 semanas.

    Os pacientes do estudo tinham que ter psoríase em placas crônica de grau pelo menos moderado na escala PGA, comprometimento da unha de grau pelo menos moderado na Avaliação Médica Global da Psoríase Ungueal (PGA-F), um Índice de Gravidade da Psoríase Ungueal Modificado (mNAPSI) para a unha-alvo ≥ 8, e um envolvimento de BSA da pele de pelo menos 10% ou um envolvimento de BSA da pele de pelo menos 5% com uma pontuação mNAPSI total para todas as unhas ≥ 20.

    As avaliações da psoríase ungueal incluíram o Índice de Gravidade da Psoríase Ungueal Modificada (mNAPSI) e a Avaliação Médica Global de Psoríase Ungueal (PGA-F). Uma proporção estatistica e significativamente maior de pacientes no grupo Adalimumabe atingiram pelo menos 75% de melhora na mNAPSI (mNAPSI 75) e uma PGA-F de “claro” ou “mínimo” com pelo menos 2 pontos de melhora em relação ao basal na Semana 26 quando comparado com placebo. A melhora percentual no NAPSI foi estatística e significativamente maior em pacientes com Adalimumabe quando comparados com placebo na Semana 16 (44,2% vs. 7,8%) e na Semana 26 ( 56,2% vs 11,5%).

    Uma proporção estatística e significativamente maior de pacientes no grupo de Adalimumabe atingiram uma PGA-F de “claro” ou “mínimo” com pelo menos dois pontos de melhora a partir do baseline na Semana 26 quando comparado com placebo. Neste estudo, Adalimumabe demonstrou um tratamento benéfico para pacientes com psoríase ungueal com diferentes graus de envolvimento da pele (BSA ≥ 10% E BSA < 10% e ≥ 5%) e uma melhora estatistica e significativa em psoríase no couro cabeludo quando comparado com placebo.

    Tabela Q: Resultados de Eficácia na Semana 26

    Endpoint

    Placebo
    N = 108

    Adalimumabe 40 mg semanas alternadas
    N = 109

    ≥ mNAPSI 75 (%) 3,4 46,6a
    PGA-F claro/ mínimo e ≥ 2 pontos de melhora em relação ao basal (%) 6,9 48,9a

    a p< 0.001, Adalimumabe vs. Placebo.

    Os pacientes tratados com Adalimumabe mostraram uma melhora no Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI), na Semana 26, a partir da linha de base, quando comparados com o placebo. Entre aqueles pacientes que continuaram recebendo o tratamento com Adalimumabe até a Semana 52, as respostas mNAPSl 75 e PGA-F claro/ mínimo e > 2 pontos de melhora em relação ao basal foram mantidas.

    Entre aqueles pacientes que continuaram recebendo o tratamento com Adalimumabe até a Semana 52, 65,0 % atingiram resposta em mNAPSI 75 e 61,3% atingiram resposta em PGA-F claro/ mínimo e ≥ 2 pontos de melhora em relação ao basal.

    Hidradenite Supurativa

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foi avaliada através de estudos placebocontrolado, duplo cego e um estudo aberto de extensão em pacientes adultos com hidradenite supurativa (HS) moderada a grave que foram intolerantes, contraindicados ou com uma resposta inadequada à terapia antibiótica sistêmica. Os pacientes nos estudos HS-I e HS-II tiveram Estágio de Hurley II ou III com no mínimo três abcessos ou nódulos inflamatórios.

    O estudo HS-I (M11-313) avaliou 307 pacientes em dois períodos de tratamento. No Período A, os pacientes receberam placebo ou Adalimumabe em uma dose inicial de 160 mg na Semana 0, 80 mg na Semana 2 e 40 mg a cada semana a partir da Semana 4 até a Semana 11. O uso concomitante de antibióticos não foi permitido durante o estudo. Após 12 semanas de tratamento, pacientes que receberam Adalimumabe no Período A foram randomizados novamente no Período B para um dos três grupos de tratamento (40 mg de Adalimumabe a cada semana, 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas ou placebo da Semana 12 à Semana 35). Os pacientes que foram randomizados para o placebo no Período A foram designados a receber 40 mg de Adalimumabe a cada semana no Período B.

    O estudo HS-II (M11-810) avaliou 326 pacientes em dois períodos de tratamento. No Período A, pacientes receberam placebo ou Adalimumabe em uma dose inicial de 160 mg na Semana 0, 80 mg na Semana 2 e 40 mg a cada semana a partir da Semana 4 até a Semana 11. 19.3% dos pacientes continuaram a terapia oral de base com antibióticos durante o estudo. Após 12 semanas de tratamento, pacientes que receberam Adalimumabe no Período A foram randomizados novamente no Período B para um dos três grupos de tratamento (40 mg de Adalimumabe a cada semana, 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas ou placebo da Semana 12 à Semana 35). Os pacientes que foram randomizados para o placebo no Período A foram designados a receber placebo no Período B.

    Os pacientes que participaram dos estudos HS-I e HS-II foram elegíveis para se inscrever em um estudo aberto de extensão no qual 40 mg de Adalimumabe foi administrado a cada semana. A exposição média em toda a população de Adalimumabe foi de 762 dias. Ao longo dos três estudos, os pacientes realizaram diariamente uma lavagem com antisséptico tópico.

    Resposta Clínica:

    A resposta clínica das lesões inflamatórias foi avaliada utilizando a Resposta Clínica de Hidradenite Supurativa (HiSCR: pelo menos uma redução de 50% na contagem total de abcessos e nódulos inflamatórios com nenhum aumento na contagem de abcessos e nenhum aumento na contagem de fístulas com relação ao baseline).

    A redução da dor na pele relacionada com a HS foi avaliada em pacientes que entraram no estudo com uma pontuação inicial de 03 ou mais utilizando uma Escala de Classificação Numérica de 11 pontos.

    Na Semana 12, um proporção significamente maior de pacientes tratados com Adalimumabe versus o placebo alcançaram a HiSCR. Na Semana 12, uma proporção significamente maior de pacientes no Estudo HS-II experimentaram uma diminuição clinicamente relevante da dor na pele relacionada com a HS (veja tabela a seguir). Os pacientes tratados com Adalimumabe apresentaram redução significativa no risco de agravamento da doença durante as primeiras 12 semanas de tratamento.

    Tabela R: Resultados de Eficácia na Semana 12 nos Estudos HS-I e HS-II

    Desfecho Estudo HS-I Estudo HS-II
    Placebo 40 mg de Adalimumabe semanalmente Placebo 40 mg de Adalimumabe semanalmente
    Resposta Clínica de Hidradenite Supurativa (HiSCR)a N = 154
    40 (26,0%)
    N = 153
    64 (41,8%)*
    N = 163
    45 (27,6%)
    N = 163
    96 (58,9%)***
    Redução da dor > 30%b N = 109
    27 (24,8%)
    N = 122
    34 (27,9%)
    N = 111
    23 (20,7%)
    N = 105
    48 (45,7%)***

    *P < 0,05, ***P< 0,001 para Adalimumabe vs. Placebo.
    a Entre todos os pacientes randomizados.
    b Entre os pacientes com baseline de avaliação de dor na pele relacionada a HS > 3, baseado na Escala de Classificação Numérica de 0-10 onde 0 = sem dor cutânea e 10 =a pior dor cutânea imaginável.

    Entre os pacientes que foram randomizados para Adalimumabe com dose semanal contínua, a taxa de HiSCR global da Semana 12 foi mantida até a Semana 96. O tratamento à longo prazo com Adalimumabe 40 mg semanalmente por 96 semanas identificou novos achados de segurança.

    Melhorias mais significativas na Semana 12 do baseline comparado com o placebo foram demonstrados em: qualidade de vida relacionado à saúde específica da pele, medida pelo Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI; Estudos HS-I e HS-II); a satisfação global do paciente com o tratamento medida pelo Questionário de Satisfação do Tratamento com o Medicamento (TSQM; Estudos HS-I e HS-II) e a saúde física, conforme medida pelo resumo do componente físico SF-36 (Estudo HS-I).

    Uveíte

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em pacientes adultos com uveíte não infecciosa intermediária, posterior e pan-uveíte (também conhecida como uveíte não infecciosa que afeta o segmento posterior), excluindo os pacientes com uveíte anterior isolada, em dois estudos randomizados, duplo cegos, placebo-controlados (Estudo UV I (M10-877) e Estudo UV II (M10-880)). Os pacientes receberam placebo ou Adalimumabe em uma dose inicial de 80 mg seguidos de 40 mg a cada duas semanas iniciando-se na semana seguinte à dose inicial. Foram permitidas doses concomitantes estáveis de imunossupressores não biológicos. O desfecho primário de eficácia em ambos os estudos foi o tempo para a falha do tratamento.

    Seguindo o controle inicial da doença, um prolongamento no tempo para a falha do tratamento resultará na redução do risco de reaparecimento da inflamação, inflamação e perda de visão.

    A falha do tratamento foi definida por um resultado multi-componente baseado em novas lesões ativas inflamatórias (coreorretinite), grau celular da câmara anterior (AC), grau de turvação vítrea (VH) e melhor correção da acuidade visual (BCVA).

    O Estudo UV I avaliou 217 pacientes com uveíte ativa, apesar do tratamento com corticóides (prednisona oral com dose de 10 a 60 mg/dia). Todos os pacientes receberam uma dose padronizada de 60 mg/dia de prednisona no início do estudo seguidos por uma programação de redução obrigatória, até a completa descontinuação do corticoide na Semana 15.

    O Estudo UV II avaliou 226 pacientes com uveíte inativa que exigiam tratamento crônico com corticóides (prednisona oral de 10 a 35 mg/dia) no baseline para controle da sua doença. Os pacientes foram submetidos posteriormente a uma programação de redução obrigatória até a completa descontinuação do corticóide na Semana 19.

    Resposta Clínica:

    Os resultados de ambos os estudos demonstratam uma redução estatisticamente significante do risco de falha do tratamento em pacientes tratados com Adalimumabe versus os pacientes que receberam placebo (veja tabela S). Os dois estudos demonstraram um efeito rápido e sustentado de Adalimumabe na taxa de falha do tratamento versus placebo.

    Tabela S: Tempo para a Falha do Tratamento nos Estudos UV I e UV II

    Análise do tratamento N Falha N (%) Média do tempo de falha (meses) HRa CI 95% para HR Valor pb

    Tempo para Falha do Tratamento a partir da Semana 06 no Estudo UV I

    Análise Primária (ITT)

    Placebo 107 84 (78,5) 3,0 -- -- --

    Adalimumabe

    110 60 (54,5) 5,6 0,50 0,36; 0,70 < 0,001

    Tempo para Falha do Tratamento a partir da Semana 02 no Estudo UV II

    Análise Primária (ITT)

    Placebo 111 61 (55,0) 8,3 -- -- --

    Adalimumabe

    115 45 (39,1) NEc 0,57 0,39; 0,84 0,004

    Nota: A falha do tratamento a partir da Semana 06 (Estudo UV I), ou a partir da Semana 02 (Estudo UV II) foi considerada como um evento. Desistências devido à outras razões que não a falha do tratamento foram censuradas no momento da desistência.
    a HR (hazard ratio) de Adalimumabe vs placebo de regressão de riscos proporcionais com o tratamento como fator.
    b 2-side P value a partir do teste log rank.
    c NE = não estimado. Menos da metade dos pacientes em situação de risco teve um evento.

    Figura 02: Curvas de Kaplan-Meier resumindo o tempo para a falha do tratamento a partir da Semana 06 (Estudo UV I) ou a partir da Semana 02 (Estudo UV II)

    Em ambos os estudos, todos os componentes para o desfecho primário contribuíram acumulativamente para a diferença global entre os grupos Adalimumabe e placebo (Tabela T).

    Tabela T: Componentes de Falha do Tratamento nos Estudos UV I e UV II

    - UV I UV II
    Componente de Tempo para Falha do Tratamento HRa CI Valor pb HRa CI Valor pb
    Novas Lesões Ativas Inflamatórias 0,38 (0,21 – 0,69) 0,001 0,55 (0,26 – 1,15) 0,105
    Grau celular da câmara anterior 0,51 (0,30 – 0,86) 0,01 0,7 (0,42 – 1,18) 0,18
    Grau de turvação vitrea  0,32 (0,18 – 0,58) < 0,001 0,79 (0,34 – 1,81) 0,569
    Melhor Correção da Acuidade Visual 0,56 (0,32 – 0,98) 0,04 0,33 (0,16 – 0,70) 0,002

    Nota: A falha do tratamento a partir da Semana 06 (Estudo UV I), ou a partir da Semana 02 (Estudo UV II) foi considerada como um evento. Desistências devido à outras razões que não a falha do tratamento foram censuradas no momento da desistência.
    a HR (hazard ratio) de Adalimumabe vs placebo de regressão de riscos proporcionais com o tratamento como fator.
    b 2-side P value a partir do teste log rank.

    Adicionalmente, no Estudo UV I, uma diferença estatisticamente relevante a favor de Adalimumabe versus o placebo foi observada para mudanças no grau celular de AC, grau de turvação vítrea e logMAR BCVA (média da alteração do melhor estado antes da Semana 06 até a visita final; Valores p: 0,011, < 0,001 e 0,003, respectivamente.

    Dos 417 indivíduos incluídos na extensão sem controle a longo prazo dos Estudos UV I e UV II, 46 indivíduos foram considerados inelegíveis (por exemplo, desenvolveram complicações secundárias à retinopatia diabética, devido a cirurgia de catarata ou vitrectomia) e foram excluídos da análise primária de eficácia. Dos 371 pacientes restantes, 276 pacientes avaliáveis atingiram 78 semanas de tratamento com tratamento aberto de Adalimumabe. Com base na abordagem de dados observados, 222 (80,4%) estavam em quiescência (sem lesões inflamatórias ativas, grau de células AC ≤ 0,5+, grau VH ≤ 0,5+) com dose concomitante de esteróides ≤ 7,5 mg por dia e 184 (66,7%) estavam em quiescência livre de esteróides. O BCVA foi melhorado ou mantido (deterioração <5 letras) em 88,4% dos olhos na semana 78. Entre os pacientes que interromperam o estudo antes da semana 78, 11% interromperam devido a eventos adversos e 5% devido à resposta insuficiente ao tratamento com Adalimumabe.

    Qualidade de Vida:

    No Estudo UV I, o tratamento com Adalimumabe resultou em manutenção das funções relacionadas à visão e a qualidade de vida relacionada à saúde, como medido pela NEI VFQ-25.

    Pediátricos

    Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foi avaliada em dois estudos (AIJp I e II) em crianças com artrite idiopática juvenil poliarticular (AIJ) ativa ou em curso, que tiveram uma variedade de tipos de início de AIJ (mais frequentemente poliartrite com fator reumatoide negativo ou positivo e oligoartrite estendida).

    AIJp I:

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em um estudo34 multicêntrico, randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, em 171 crianças (de 04 a 17 anos de idade) com artrite idiopática juvenil poliarticular (AIJ). Na fase aberta introdutória (OL LI), os pacientes foram divididos em 2 grupos, os tratados com MTX (metotrexato) e os não tratados com MTX. Os pacientes que estavam no grupo dos não tratados com MTX, eram pacientes que nunca tinham recebido MTX ou que haviam suspendido o seu uso por pelo menos 2 semanas antes da administração da droga do estudo. Os pacientes mantiveram as doses regulares de AINEs e/ou prednisona (≤ 0,2 mg/Kg/ dia ou 10 mg/dia no máximo). Na fase OL LI, todos os pacientes receberam 24 mg/m2 até no máximo 40 mg de Adalimumabe, a cada 14 dias por 16 semanas. A distribuição dos pacientes por idade e dose mínima, média e máxima recebida durante a fase OL LI está descrita na tabela U.

    Tabela U: Distribuição de pacientes por idade e dose recebida de Adalimumabe durante a fase OL-LI

    Idade do grupo Número de pacientes no início (%) Dose mínima, média e máxima
    04 a 07 anos 31 (18,1) 10, 20 e 25 mg
    08 a 12 anos 71 (41,5) 20, 25 e 40 mg
    13 a 17 anos 69 (40,4) 25, 40 e 40 mg

    Pacientes que demonstraram uma resposta pediátrica ACR 30 na 16º semana foram elegíveis para serem randomizados para a fase duplo-cego e receberam Adalimumabe 24 mg/ m2 até o máximo de 40 mg ou placebo, a cada 14 dias por um período adicional de 32 semanas ou até o agravamento da doença. O critério para o agravamento da doença foi definido como uma piora de ≥ 30% em relação à avaliação inicial em ≥ 3 de 6 critérios principais do ACR pediátrico, ≥ 2 articulações ativas, e melhora > 30% em não mais que 1 dos 6 critérios. Após 32 semanas ou até o agravamento da doença, os pacientes foram eleitos para se inscreverem na fase de extensão aberta.

    Tabela V: Resposta Ped ACR 30 nos estudo AIJ

    a Resposta Ped ACR 30/50/70 na 48º semana significativamente superior que aqueles pacientes tratados com placebo.
    b p = 0,015.
    c p = 0,031.

    Entre aqueles que responderam até a 16º semana (n = 144), a resposta pediátrica ACR 30/50/90 foi mantida por até seis anos na fase OLE em pacientes que receberam Adalimumabe ao longo do estudo. No geral, 19 pacientes foram tratados por seis anos ou mais, sendo 11 dos 19 pacientes estando no grupo de faixa etária de 04 a 12 anos e os oito restantes, no grupo de faixa etária entre 13 e 17 anos.

    As respostas gerais foram geralmente melhores, e menos pacientes desenvolveram anticorpos quando tratados com a combinação de Adalimumabe e MTX comparados com Adalimumabe isoladamente. 27 dos 171 pacientes (15,8%) apresentaram pelo menos um teste positivo para anticorpos anti-adalimumabe nas primeiras 48 semanas do estudo. A porcentagem foi de 5,9% (5/85) na população que recebeu MTX e de 25,6% (22/86) na população sem MTX. A taxa total foi maior que aquela observada nos estudos em adultos com artrite reumatoide (RA). As concentrações médias de Adalimumabe nos indivíduos anticorpos anti-adalimumabe positivos foi menor que nos negativos e declinaram a níveis negligenciáveis na maioria dos pacientes anticorpos anti-adalimumabe positivos após a identificação da primeira amostra positiva. Isso pode ter tido impacto na eficácia do produto nessa população, pois a proporção de indivíduos que alcançaram resposta PedACR30 na semana 16 foi menor nos pacientes anticorpos anti-adalimumabe positivos (63,2% comparado a 86,8% nos pacientes anticorpos anti-adalimumabe negativos). Isso também refletiu nos resultados da semana 48 (42,9% vs 64,8%). As taxas de descontinuação devido a eventos adversos, inclusive os graves, foram semelhantes nos pacientes anticorpos anti-adalimumabe positivos e negativos. Considerando estes resultados, Adalimumabe é recomendado para o uso em combinação com MTX e para o uso como monoterapia em pacientes cujo o uso de MTX não é apropriado.

    AIJp II:

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em um estudo aberto, multicêntrico35 com 32 crianças (2 a < 4 anos de idade ou com idade acima de 4 e peso < 15 kg) com AIJ poliarticular ativa de intensidade moderada a grave. Os pacientes receberam 24 mg/m2 de área de superfície corporal (ASC) de Adalimumabe até um máximo de 20 mg a cada 14 dias em dose única por via subcutânea, por um período mínimo de 24 semanas. Durante o estudo, a maioria dos pacientes utilizaram metotrexato concomitantemente, com pouco reporte de uso de corticosteróides ou AINEs.

    Na Semana 12 e na Semana 24, a resposta ACR Pediátrica 30 foi de 93,5% e 90,0%, respectivamente, utilizando a abordagem dos dados observados. As proporções dos pacientes com ACR Pediátrica de 50/70/90 na Semana 12 e na Semana 24 foi de 90,3%/61,3%/38,7% e 83,3%/73,3%/36,7%, respectivamente. Entre aqueles que responderam (ACR Pediátrica 30) na Semana 24 (n=27 dos 30 pacientes), a resposta ACR Pediátrica 30 foi mantida por até 60 semanas, na fase aberta do estudo, em pacientes que receberam Adalimumabe durante este período de tempo. Em geral, 20 pacientes foram tratados durante 60 semanas ou mais.

    Artrite relacionada a Entesite

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, em 46 pacientes pediátricos (com 6 a 17 anos de idade) com artrite relacionada à entesite. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para receber cada um 24 mg/m2 de área de superfície corporal (ASC) de Adalimumabe até um máximo de 40 mg, ou placebo a cada 14 dias, durante 12 semanas. O período duplo-cego foi seguido por um período aberto (OL), durante o qual os pacientes receberam 24 mg/m2 por ASC de Adalimumabe até um máximo de 40 mg por via subcutânea a cada 14 dias por um período adicional de até 192 semanas. O endpoint primário foi definido pela alteração da porcentagem, do número de articulações ativas com artrite (inchaço não devido à deformidade ou articulações com perda de movimento somado à dor e/ou sensibilidade), até a Semana 12 a partir do baseline, que foi alcançada com a diminuição percentual média de -62,6% em pacientes no grupo Adalimumabe comparado a -11,6% em pacientes do grupo placebo. Melhora no número de articulações ativas com artrite foi mantida durante o período aberto do estudo até a semana 156. A maioria dos pacientes demonstraram melhora clínica nos endpoints secundários, tais como número de locais com entesite, contagem de articulações sensíveis (TJC), contagem de articulações inchadas (SJC), resposta pediátrica ACR 50 e resposta pediátrica ACR 70, mantendo-se essas melhorias durante o período OL até a Semana 156 do estudo.

    Doença de Crohn

    Adalimumabe foi avaliado em um estudo clínico duplo-cego, randomizado, multicêntrico36 desenhado para avaliar a eficácia e segurança na indução e no tratamento de manutenção com doses dependentes do peso corporal (< 40 kg ou ≥ 40 kg) em 192 pacientes pediátricos entre 06 e 17 (inclusive) anos, com doença de Crohn de intensidade moderada a grave classificada como PCDAI > 30 (Pediatric Crohn’s Disease Activity Index - PCDAI). Neste estudo, os pacientes tiveram que apresentar falha com a terapia convencional (incluindo um corticosteroide e/ou um imunomodulador) para Doença de Crohn. Além disso, os pacientes incluídos no estudo tiveram ou não tratamento prévio com infliximabe. Aqueles pacientes tratados previamente com infliximabe também deveriam apresentar perda de resposta prévia ou serem intolerantes ao infliximabe, no entanto aqueles que não apresentaram uma resposta inicial, foram excluídos do estudo.

    Todos os pacientes receberam terapia de indução no braço aberto do estudo com dose baseada no peso corporal: 160 mg na Semana 0 e 80 mg na Semana 2 para pacientes com peso ≥ 40 kg e, 80 mg e 40 mg respectivamente, para pacientes com peso < 40kg.

    Na semana 4, os pacientes foram randomizados 1:1 com base no seu peso corporal, no momento do regime de manutenção, com Dose Inferior ou Dose Padrão, conforme apresentado na tabela a seguir.

    Tabela W: Regimes de Manutenção

    Peso do Paciente Dose Inferior Dose Padrão
    < 40 kg 10 mg a cada 14 dias 20 mg a cada 14 dias
    ≥ 40 kg 20 mg a cada 14 dias 40 mg a cada 14 dias

    Os pacientes incluídos no estudo puderam escalonar a dose em caso de não resposta até a semana 12. O escalonamento de dose não foi permitido antes da semana 12 no estudo.

    Resultados de Eficácia:

    O endpoint primário do estudo foi a remissão clínica na Semana 26, definida como PCDAI ≤ 10.

    As taxas de remissão clínica e resposta clínica (definida como redução no PCDAI para no mínimo 15 pontos do baseline) são apresentadas na Tabela V. Taxas de descontinuação de corticosteróides ou imunomoduladores são apresentados na Tabela X.

    Tabela X: Estudo de DC na Pediatria - Remissão e Resposta Clínica por PCDAI (população ITT, NRI)

    - Dose Padrão 40/20 mg a cada 14 dias
    N = 93
    Dose Inferior 20/10 mg a cada 14 dias
    N = 95
    Resultado geral
    N = 188
    Valor p*
    Semana 26
    Remissão Clínica 38,7% 28,4% 33,5% 0,075
    Resposta Clínica 59,1% 48,4% 53.7% 0,073
    Semana 52
    Remissão Clínica 33,3% 23,2% 28.2% 0,100
    Resposta Clínica 41,9% 28,4% 35.1% 0,038

    * Valor p de comparação da Dose Padrão versus Dose Inferior.

    Para pacientes com PCDAI Baseline (Mediano) ≥ 40 (pacientes com doença de Crohn grave), a Dose Padrão foi mais efetiva do que a Dose Inferior na Semana 52 para a remissão clínica e resposta clínica (Tabela Y).

    Tabela Y: Manutenção da Remissão e Resposta Clínica pelo PCDAI Baseline na Semana 52 no Estudo de DC na Pediatria

    - PCDAI Baseline < 40 (Doença de Crohn Moderada) PCDAI Baseline ≥ 40 (Doença de Crohn Grave)
    Dose Padrão (40/20 mg a cada 14 dias)
    N=39)
    Dose Inferior (20/10 mg a cada 14 dias)
    N=41)
    Valor P Dose Padrão (40/20 mg a cada 14 dias)
    N=54)
    Dose Inferior (20/10 mg a cada 14 dias)
    N=54)
    Valor p*
    Remissão Clínica 35,9% 36,6% 0,949 31,5% 13,0% 0,021*
    Resposta Clínica 46,2% 41,5% 0,673 38,9% 18,5% 0,019*

    * Valor p de comparação da Dose Padrão versus Dose Inferior pelo teste Chi-Square.

    Tabela Z: Estudo de DC Pediátrico – Descontinuação de Corticosteróides ou Imunomoduladores e Remissão das Fístulas

    - Dose Padrão (40/20 mg a cada 14 dias Dose Inferior (20/10 mg a cada 14 dias Valor p1
    Descontinuação de corticosteróides N=33 N=38 -
    Semana 26 84,8% 65,8% 0,066
    Semana 52 69,7% 60,5% 0,420
    Descontinuação de Imunomodulador2 N=60 N=57 -
    Semana 52 30,0% 29,8% 0,983
    Remissão das fístulas3 N=15 - -
    Semana 26 46,7% 38,1% 0,608
    Semana 52 40,0% 23,8% 0,303

    1 valor de p para doses padronizadas versus dose baixa de comparação.
    2 A terapia imunosupressora apenas poderia ser descontinuada durante ou após a semana 26 a critério do investigador se o sujeito alcançar o critério de resposta clínica.
    3 definido como um fechamento de todas as fístulas que estavam drenando no baseline durante pelo menos 2 visitas consecutivas após o baseline.

    Aumentos estatisticamente significantes (melhoria) do Baseline até a Semana 26 e 52 no índice de massa corporal e na velocidade do crescimento foram observados em ambos os grupos de tratamento. Melhorias estatística e clinicamente significantes do Baseline foram também observadas em ambos os grupos de tratamento para os parâmetros de qualidade de vida (incluindo IMPACT III).

    Os pacientes do Estudo de doença de Crohn Pediátrico tiveram a opção de continuar em um estudo aberto de longo prazo de extensão. Após 05 anos de terapia com Adalimumabe, 74% (37/50) dos pacientes continuaram a apresentar remissão clínica e 92% (46/50) dos pacientes contiruaram a manter uma resposta clínica para PCDAI.

    Uveíte Pediátrica

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em um estudo controlado37, randomizado, duplo-cego, realizado em 90 pacientes pediátricos de 02 a < 18 anos com uveíte não infecciosa anterior, associada à AIJ ativa, que foram refratários a pelo menos 12 semanas de tratamento com metotrexato. Os pacientes receberam placebo ou 20 mg de Adalimumabe (se < 30 kg) ou 40 mg de Adalimumabe (se > 30 kg) em semanas alternadas em associação com a dose inicial de metotrexato.

    O desfecho primário foi o "tempo até falha do tratamento". Os critérios que determinaram a falha do tratamento foram a piora ou a ausência de melhora sustentada da inflamação ocular, ou melhora parcial com desenvolvimento de comorbilidades oculares sustentadas, ou agravamento das comorbilidades oculares, o uso de medicamentos concomitantes não permitidos e suspensão do tratamento por um longo período de tempo.

    Resposta Clínica:

    O Adalimumabe retardou significativamente o tempo até a falha do tratamento, quando comparado com o placebo (veja Figura 3, p <0,0001 a partir do teste Log Rank). O tempo médio até a falha do tratamento foi de 24,1 semanas para os indivíduos tratados com placebo, enquanto que o tempo médio até a falha do tratamento não foi calculável para os pacientes tratados com Adalimumabe porque menos da metade destes indivíduos experimentaram falha do tratamento. O Adalimumabe diminuiu significativamente o risco de falha do tratamento em 75% em relação ao placebo, conforme demonstrado pela razão de risco (HR = 0,25 [95% CI: 0,12; 0,49]).

    Figura 3: Curvas de Kaplan-Meier resumindo o tempo de falha do tratamento no estudo UV Pediátrico

    Imunogenicidade

    A formação de anticorpos anti-adalimumabe está associada ao aumento da depuração e redução da eficácia de Adalimumabe. Não há aparente correlação entre a presença destes anticorpos e eventos adversos.

    Considerando que a análise da imunogenicidade é específica ao produto, a comparação das taxas de anticorpos com aqueles de outros medicamentos não é apropriada.

    Adultos

    Pacientes que participaram dos estudos I, II e III de artrite reumatoide foram testados para formação de anticorpos anti-adalimumabe em diversos pontos durante o período de 6 a 12 meses. Nos estudos pivotais, anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 5,5% (58/1053) dos pacientes tratados com Adalimumabe, em comparação com 0,5% (2/370) em pacientes que receberam placebo. Em pacientes que não fizeram uso concomitante de metotrexato, a incidência foi de 12,4% em comparação com 0,6% quando o Adalimumabe foi utilizado em associação com metotrexato.

    Em pacientes com artrite psoriásica, anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 10% (38/376) de pacientes tratados com Adalimumabe. Em pacientes que não fizeram uso concomitante de metotrexato, a incidência foi de 13,5% (24/178), em comparação com 7% (14/198) em pacientes que receberam Adalimumabe em associação com metotrexate.

    Para pacientes com espondilite anquilosante, os anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 8,3% (17/204) dos pacientes sob terapia com Adalimumabe. Pacientes que não receberam tratamento concomitante de metotrexato apresentaram incidência de 8,6% (16/185), em comparação com 5,3% (1/19) quando o metotrexato foi utilizado juntamente ao Adalimumabe.

    Em pacientes com espondiloartrite axial não radiográfica, anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 8/152 indivíduos (5,3%) que foram tratados continuamente com adalimumabe.Em pacientes com doença de Crohn, anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 2,6% (7/26.9) dos pacientes tratados com Adalimumabe, enquanto que nos pacientes com colite ulcerativa ativa moderada a grave, a taxa de desenvolvimento de anticorpos anti-adalimumabe foi de 5,0%.

    Em pacientes com psoríase anticorpos, anti-adalimumabe foram identificados em 8,4% (77/920) dos pacientes tratados com Adalimumabe sem uso concomitante de metotrexato. Em pacientes com psoríase em placas, sob uso prolongado de Adalimumabe sem administração concomitante de metotrexato que participaram de estudo de retirada e retomada de tratamento, a taxa de anticorpos anti-adalimumabe após a retomada da terapia foi de 2,3% e foi similar à taxa de 1,9% observada antes da retirada do tratamento

    Em pacientes com hidradenite supurativa moderada a grave, anti-adalimumabe foram identificados em 10.1% (10/99) dos pacientes tratados com Adalimumabe.

    Em pacientes com uveíte não infecciosa, anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 4,8% (12/249) dos pacientes tratados com Adalimumabe.

    Pediátricos

    Em pacientes com artrite idiopática juvenil poliarticular com idade entre 04 a 17 anos, foram identificados anticorpos anti-adalimumabe em 16% dos pacientes tratados com Adalimumabe. Em pacientes que não receberam metotrexato concomitantemente à terapia com Adalimumabe, a incidência foi de 26% em comparação a incidência de 6% observada quando o Adalimumabe foi utlizado juntamente ao metotrexato. Em pacientes com idade entre 02 a 04 anos ou com mais de 04 anos de idade e com peso abaixo de 15 kg, anticorpos anti-adalimumabe foram identificados em 7% (1/15) dos pacientes e este único paciente também recebeu metotrexato concomitantemente ao tratamento com Adalimumabe.

    Em pacientes pediátricos com doença de Crohn ativa moderada a grave, a taxa de desenvolvimento de anticorpos anti-adalimumabe em pacientes tratados com Adalimumabe foi de 3,3%.

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    Características Farmacológicas


    Adalimumabe é um anticorpo monoclonal recombinante da imunoglobulina humana (IgG1) contendo apenas sequências humanas de peptídeos. Adalimumabe foi desenvolvido a partir de técnica utilizando um fago contendo regiões variáveis de cadeias leves e pesadas totalmente humanas, o que confere especificidade ao fator de necrose tumoral (TNF), e sequências de cadeias pesadas e de cadeias leves capa (κ) de IgG1 humana. Adalimumabe liga-se com alta afinidade e alta especificidade ao fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), mas não à linfotoxina (TNF-beta).

    O Adalimumabe é produzido por tecnologia de DNA recombinante em sistema de expressão de células de mamíferos. Consiste de 1330 aminoácidos e apresenta um peso molecular de aproximadamente 148 quilodaltons.

    Adalimumabe é um medicamento de uso crônico e, portanto, o tempo estimado para início da ação terapêutica não é relevante. Considerando a monoterapia com dosagem de 40 mg, as concentrações séricas mínimas duas semanas após a primeira dose são de 2,9 μg/mL, valor que excede a EC50 (1 μg/mL), sugerindo que as concentrações farmacológicas são atingidas após a primeira dose.

    Farmacologia clínica

    Mecanismo de ação

    O Adalimumabe liga-se especificamente ao TNF, neutralizando sua função biológica através do bloqueio de sua interação com os receptores de TNF (p55 e p75) presentes na superfície celular. O TNF é uma citocina de ocorrência natural, envolvida nas respostas inflamatórias e imunes normais.

    Níveis elevados de TNF são encontrados no líquido sinovial de pacientes com artrite reumatoide, incluindo artrite idiopática juvenil poliarticular, artrite psoriásica e espondilite anquilosante, desempenhando um papel importante tanto na inflamação patológica quanto na destruição da articulação, características destas doenças. Níveis elevados de TNF também são encontrados nas placas psoriásicas. Nestas placas, o tratamento com Adalimumabe pode reduzir a espessura da epiderme e infiltração de células inflamatórias. O aumento dos níveis de TNF são também encontrados nas lesões de hidradenite supurativa (HS). A relação entre estas atividades farmacodinâmicas e o mecanismo de ação de Adalimumabe é desconhecida.

    O Adalimumabe também modula respostas biológicas induzidas ou reguladas pelo TNF, incluindo alterações nos níveis de moléculas de adesão, responsáveis pela migração de leucócitos (ELAM-1, VCAM-1 e ICAM-1 com IC50 de 1-2 X 10-10 M).

    Farmacodinâmica

    Após o tratamento com Adalimumabe, observou-se uma rápida diminuição em relação aos níveis basais dos marcadores de fase aguda da inflamação (proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação, e citocinas séricas como a IL-6) em pacientes com artrite reumatoide. Uma diminuição nos níveis de proteína C-reativa também foi observada em pacientes com artrite idiopática juvenil poliarticular ou doença de Crohn, colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ou hidradenite supurativa, bem como uma significativa redução na expressão de TNF e nos marcadores inflamatórios como o antígeno leucócitário humano (HLA-DR) e a mieloperoxidase (MPO) no cólon de pacientes com doença de Crohn. Observou-se também uma diminuição dos níveis séricos de metaloproteinases matriciais (MMP-1 e MMP-3), responsáveis pela remodelação tissular e pela destruição da cartilagem. Os pacientes com artrite reumatoide, artrite psoriásica e espondilite anquilosante frequentemente apresentam anemia leve a moderada e redução da contagem de linfócitos, bem como aumento do número de neutrófilos e de plaquetas. Os pacientes tratados com Adalimumabe geralmente apresentam melhora nesses parâmetros hematológicos de inflamação crônica.

    Estimativas da EC50 do Adalimumabe variando de 0,8 a 1,4 mcg/mL foram obtidas através da modelagem farmacocinética / farmacodinâmica de contagem de articulações inchadas, contagem de articulações doloridas e da resposta ACR 20 dos pacientes que participam dos estudos fase II e III.

    Farmacocinética

    Absorção

    Após administração de dose única de 40 mg de Adalimumabe por via subcutânea (SC) em 59 indivíduos adultos saudáveis, observou-se absorção e distribuição lenta do Adalimumabe, com pico de concentração plasmática médio em cerca de cinco dias após a administração. A biodisponibilidade média absoluta do Adalimumabe estimada a partir de três estudos após dose única subcutânea de 40 mg foi de 64%.

    Distribuição e eliminação

    A farmacocinética de dose única do Adalimumabe foi determinada em vários estudos com doses intravenosas (IV) variando entre 0,25 a 10 mg/kg. O volume de distribuição variou de 4,7 a 6,0 litros, indicando que o Adalimumabe se distribui de modo similar nos líquidos vascular e extravascular. O Adalimumabe é eliminado lentamente, com depuração tipicamente abaixo de 12 mL/h. A meia-vida média da fase terminal foi de aproximadamente duas semanas, variando de 10 a 20 dias. A depuração e a meia-vida permaneceram relativamente inalteradas no intervalo de doses estudado, e a meia-vida terminal foi semelhante após administração intravenosa e subcutânea. As concentrações do Adalimumabe no líquido sinovial de vários pacientes com artrite reumatoide (AR) variou de 31 a 96% da concentração plasmática.

    Farmacocinética no estado de equilíbrio

    O acúmulo do Adalimumabe foi previsível com base na meia-vida após administração SC de 40 mg de Adalimumabe a cada 14 dias em pacientes com AR atingindo, em média, concentrações mínimas no estado de equilíbrio de aproximadamente 5 mcg/mL (sem administração concomitante de metotrexato) e de 8 a 9 mcg/mL (com administração concomitante de metotrexato). Os níveis plasmáticos do Adalimumabe no estado de equilíbrio aumentaram quase proporcionalmente com a dose após administração SC de 20, 40 e 80 mg semanalmente ou a cada 14 dias. Em estudos de longa duração com administração por mais de dois anos, não houve evidência de alterações na depuração em função do tempo.

    Em pacientes com psoríase, a concentração média no estado de equilíbrio é 5 mcg/mL durante o tratamento de Adalimumabe 40 mg sem tratamento concomitante com metotrexato a cada duas semanas.

    Em pacientes com hidradenite supurativa, a dose de 160 mg de Adalimumabe na semana 0 seguida por 80 mg na Semana 2 alcançou uma concentração sérica de Adalimumabe de aproximadamente 7 a 8 mcg/ml na Semana 2 e na semana 4. A concentração média no estado de esquilíbrio na Semana 12 para Semana 36 foi aproximadamente 8 a 10 mcg/ml durante o tratamento com Adalimumabe 40 mg por semana.

    Em pacientes com uveíte, uma dose de ataque de 80 mg de Adalimumabe na Semana 0 seguidos de 40 mg em semanas alternadas, iniciando na Semana 01, resultou na concentração média no estado de equilíbrio de aproximadamente 8 a 10 mcg/mL.

    O modelo populacional de farmacocinética/farmacodinâmica utilizado previram exposição e eficácia comparáveis do Adalimumabe em pacientes tratados com 80 mg a cada duas semanas, em comparação com 40 mg a cada semana (incluindo pacientes adultos com artrite reumatoide, hidradenite supurativa, colite ulcerativa, doença de crohn e psoríase em placas e pacientes pediátricos com doença de crohn ≥ 40 kg.

    A análise populacional de farmacocinética, com dados de mais de 1200 pacientes, revelou que a administração concomitante de metotrexato apresentou um efeito intrínseco sobre a depuração aparente do Adalimumabe. Conforme esperado, houve uma tendência a aumento da depuração aparente do Adalimumabe com o aumento do peso corporal e com a presença de anticorpos anti-adalimumabe.

    Foram identificados também outros fatores de menor importância: foi prevista maior depuração aparente em pacientes recebendo doses menores do que a dose recomendada, e em pacientes com altas concentrações de fator reumatoide ou de proteína C-reativa. Esses fatores não parecem ser clinicamente relevantes.

    Após a administração subcutânea de 40 mg de Adalimumabe a cada duas semanas em pacientes adultos com espondiloartrite axial não radiográfica, a média (± DP) através da concentração no estado de equilíbrio na Semana 68 foi de 8,0 ± 4,6 µg / mL.

    Em pacientes com doença de Crohn , com a dose inicial de 160 mg via SC na Semana 0, seguida de 80 mg na Semana 2, o Adalimumabe atingiu nível sérico médio de aproximadamente 12 mcg/mL na Semana 2 e Semana 4. Nível médio do estado de equilíbrio (steady-state) de aproximadamente 7 mcg/mL foi observado na Semana 24 e Semana 56 em pacientes com doença de Crohn após receberem a dose de manutenção de 40 mg de Adalimumabe a cada 14 dias.

    Em pacientes com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa, com a dose inicial de 160 mg via SC na Semana 0, seguida de 80 mg na Semana 2, o Adalimumabe atingiu nível sérico médio de aproximadamente 12 mcg/mL no período de indução clínica. Nível médio do estado de equilíbrio (steady-state) de aproximadamente 8 mcg/mL foi observado em pacientes com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa após receberem a dose de manutenção de 40 mg de Adalimumabe a cada 14 dias.

    Populações especiais

    Geriatria:

    A idade parece exercer um efeito mínimo sobre a depuração aparente do Adalimumabe.

    Em análise populacional, a depuração média (ajustada segundo peso corpóreo), em pacientes de 40 a 65 anos (n= 850) e ≥ 65 anos (n= 287) foi de 0,33 e 0,30 mL/h/kg, respectivamente.

    Pediatria:

    Após a administração subcutânea de 24 mg/m2 (até no máximo de 40 mg) a cada 14 dias a pacientes com artrite idiopática juvenil poliarticular (AIJ) a média no estado de equilíbrio estável (valores medidos para da 20º semana à 48º semana) da concentração sérica de Adalimumabe foi 5,6 ± 5,6 µg/mL (102% CV) na terapia de Adalimumabe sem tratamento concomitante com metotrexato e 10,9 ± 5,2 µg/mL (47,7% CV) com metotrexato concomitante. A média no estado de equilíbrio estável da concentração sérica de Adalimumabe para pacientes pesando < 30 kg recebendo 20 mg de Adalimumabe via subcutânea a cada 14 dias como monoterapia ou com metotrexato concomitante foi 6,8 µg/mL e 10,9 µg/mL, respectivamente. A média no estado de equilíbrio estável da concentração sérica de Adalimumabe para sujeitos pesando > 30 kg recebendo 40 mg de Adalimumabe via subcutânea a cada 14 dias sem ou com metotrexato concomitante foi 6,6 µg/mL e 8,1 µg/mL, respectivamente.

    Em pacientes com AIJ poliarticular com idade de 2 < 4 anos ou 4 anos pesando menos que 15 kg, após a administração subcutânea de 24 mg/m2 a média no estado de equilíbrio estável da concentração sérica de Adalimumabe foi 6,0 ± 6,1 µg/mL (101% CV) na terapia de Adalimumabe sem tratamento concomitante com metotrexato e 7,9 ± 5,6 µg/mL (71,2% CV) com metotrexato concomitante.

    Em pacientes pediátricos com doença de Crohn ativa moderada a grave, a dose de indução de Adalimumabe foi de 160/80 mg ou 80/40 mg nas Semanas 0 e 2, respectivamente, dependentes de um peso corporal de 40 kg. Na Semana 4, os pacientes foram randomizados 1: 1, seja na dose padrão (40/20 mg a cada 14 dias) ou na dose baixa de manutenção (20/10 mg a cada 14 dias) com base em seu peso corporal. A média (± DP) de concentrações séricas de Adalimumabe alcançadas na Semana 4 foram de 15,7 ± 6,6 µg/mL para pacientes com ≥ 40 kg (160/80 mg) e 10,6 ± 6,1 µg/mL para pacientes com <40 kg (80/40 mg). Para os pacientes que ficaram em sua terapia randomizado, a média (± SD) de concentrações séricas de Adalimumabe alcançadas na Semana 52 foram de 9,5 ± 5,6 µg/mL para o grupo dose padrão e 3,5 ± 2,2 µg/mL para o grupo de baixa dose.

    As concentrações médias foram mantidas em pacientes que continuaram a receber tratamento com Adalimumabe a cada 14 dias durante 52 semanas. Para os pacientes que tiveram a dose escalonada de a cada 14 dias para um regime semanal, a média (± SD) de soro de concentrações séricas de Adalimumabe alcançadana Semana 52 foram de 15,3 ± 11,4 µg/mL (40/20 mg, semanalmente) e 6,7 ± 3,5 µg/mL (20/10 mg, semanalmente.

    Após a administração por via subcutânea de 24 mg/m2 (até um máximo de 40 mg) a cada 14 dias em pacientes com artrite relacionada à entesite, as concentrações séricas médias de Adalimumabe no estado de equilíbrio (valores medidos na Semana 24) foram 8,8 ± 6,6 µg/mL para Adalimumabe sem metotrexato concomitante e 11,8 ± 4,3 µg/mL para Adalimumabe com metotrexato concomitante.A exposição de Adalimumabe em pacientes pediátricos com uveíte não infecciosa anterior crônica foi avaliada utilizando modelos farmacocinéticos e de simulação na população, baseados na farmacocinética nas várias indicações em outros pacientes pediátricos (psoríase pediátrica, artrite idiopática juvenil, doença de Crohn pediátrica e artrite relacionada à entesite).

    Não existem dados clínicos de exposição sobre a utilização de uma dose de ataque em crianças < 06 anos de idade.

    As exposições avaliadas indicam que na ausência de metotrexato, uma dose de ataque pode levar a um aumento inicial da exposição sistêmica.

    Sexo:

    Não foram observadas diferenças farmacocinéticas relacionadas ao sexo do paciente após correção para o peso corporal.

    Etnia:

    Não são esperadas diferenças na depuração de imunoglobulinas entre indivíduos de diferentes etnias. Com base em dados de pacientes não caucasianos, não foram observadas diferenças farmacocinéticas importantes para o Adalimumabe.

    Insuficiência renal e hepática:

    Nenhum dado de farmacocinética está disponível em pacientes com insuficiência renal ou hepática.

    Pacientes com artrite reumatoide:

    A farmacocinética foi a mesma em voluntários sadios e em portadores de artrite reumatoide.

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    Consulta também aBula do Adalimumabe

    O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF- PR 39421). Última atualização: 18 de Março de 2025.

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 15 de Abril de 2025.
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