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Princípio Ativo:Tiotepa
Tiotepa é contraindicada em paciente com hipersensibilidade a tiotepa e com o uso concomitante com a vacina contra a febre amarela e vacinas de bactérias e vírus vivos.
Categoria de risco na gravidez: X.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
A administração de Tiotepa deve ser supervisionada por um médico com experiência no tratamento de condicionamento antes do transplante de células tronco hematopoiéticas.
Devem ser aplicados procedimentos para o manuseio e a eliminação adequados dos medicamentos antineoplásicos. Todos os procedimentos de transferência implicam a observância rigorosa das técnicas assépticas, de preferência empregando uma câmara de fluxo laminar vertical. Tal como acontece com outros compostos citotóxicos, é necessário tomar as devidas precauções ao manusear e preparar as soluções de Tiotepa para evitar um contacto acidental com a pele ou as membranas mucosas.
Podem ocorrer reações tópicas associadas à exposição acidental a tiotepa. Por essa razão é aconselhável o uso de luvas na preparação da solução para perfusão. Caso a solução de tiotepa entre acidentalmente em contato com a pele, esta deve ser lavada imediata e cuidadosamente com água e sabão. Caso a tiotepa entre acidentalmente em contato com as membranas mucosas, estas devem ser lavadas cuidadosamente com água.
Tiotepa deve ser administrado por um profissional de saúde qualificado sob a forma de uma perfusão intravenosa ao longo de 2 a 4 horas através de um cateter venoso central.
Para a apresentação de Tiotepa 400 mg, a bolsa só deve ser retirada da embalagem de alumínio imediatamente antes do uso. Se necessário, o ajuste da dose de Tiotepa deve ser feito conforme aplicação específica. No caso da dose calculada necessária ser superior a 400 mg, mas inferior a um múltiplo da mesma, deve ser adicionado os mg necessários dos frascos de Tiotepa utilizando uma porta dedicada de Tiotepa 400 mg.
Caso a dose calculada necessária seja inferior a 400 mg, deve ser retirado os mg desnecessários da solução 1 mg/mL totalmente reconstituída ou configurar uma bomba de infusão com a quantidade de medicamento a ser administrada em mL.
A administração de Tiotepa deve ser supervisionada por um médico com experiência no tratamento de condicionamento antes do transplante de células tronco hematopoiéticas.
Tiotepa é administrado em doses diferentes, em associação com outros medicamentos quimioterápicos, em pacientes com doenças hematológicas ou tumores sólidos antes do TCTH.
A posologia de Tiotepa é indicada, em pacientes adultos e pediátricos, de acordo com o tipo de TCTH (autólogo ou alogénico) e doença. Caso seja necessário, tem de se proceder ao ajuste da dose de Tiotepa de acordo com a aplicação específica.
Tiotepa é instável em meio ácido.
Este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos.
Cada frasco para injetáveis deve ser reconstituído com 1,5 mL (Tiotepa 15 mg) ou 10 mL (Tiotepa 100 mg) de água estéril para preparações injetáveis. O volume total dos frascos reconstituídos a administrar deve em seguida ser diluído em 500 mL da solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) antes da administração (1000 mL no caso de a dose ser superior a 500 mg). Em crianças, se a dose for inferior a 250 mg, pode ser utilizado um volume apropriado da solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) de modo a obter uma concentração final de Tiotepa entre 0,5 e 1 mg/mL. Após a dissolução, cada mL da solução de Tiotepa terá uma concentração de 10 mg/mL.
Tiotepa deve ser reconstituído com 1,5 mL de água estéril para preparações injetáveis.
Utilizando uma seringa com agulha, recolha assepticamente 1,5 mL de água estéril para preparações injetáveis. Injete o conteúdo da seringa no frasco para injetáveis através da rolha de borracha.
Retire a seringa e a agulha e misture manualmente, invertendo o frasco para injetáveis repetidamente. Só devem ser utilizadas soluções incolores e sem partículas. As soluções reconstituídas podem ocasionalmente mostrar opalescência; tais soluções podem ainda assim ser administradas.
Tiotepa tem de ser reconstituído com 10 mL de água estéril para preparações injetáveis. Utilizando uma seringa com agulha, recolha assepticamente 10 mL de água estéril para preparações injetáveis. Injete o conteúdo da seringa no frasco para injetáveis através da rolha de borracha.
Retire a seringa e a agulha e misture manualmente, invertendo o frasco para injetáveis repetidamente. Só tem de ser utilizadas soluções incolores e sem partículas. As soluções reconstituídas podem ocasionalmente mostrar opalescência; tais soluções podem ainda assim ser administradas.
A solução reconstituída é hipotônica e devem ser diluídas antes da administração com 500 mL da solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) (1000 mL no caso de a dose ser superior a 500 mg) ou num volume apropriado da solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) de modo a obter uma concentração final de Tiotepa entre 0,5 e 1 mg/mL.
Tiotepa solução para infusão deve ser inspecionada visualmente para detecção de partículas antes da administração. Soluções contendo precipitação devem ser descartadas.
Antes e após cada perfusão, a linha de cateter permanente deve ser irrigada com cerca de 5 mL da solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%). A solução de perfusão tem de ser administrada utilizando um conjunto de perfusão equipado com um filtro em linha de 0,2 μm. A filtragem não altera a potência da solução.
Tiotepa 400 mg deve ser reconstituído com 400 mL de solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%). A solução reconstituída final é obtida após a quebra do selo destacável de bolsa de câmara dupla e misturando o conteúdo (pó e solvente) até a completa dissolução do pó. Após reconstituição com o solvente, cada mL de solução contém 1 mg de tiotepa. Somente soluções incolores, sem qualquer material particulado, devem ser utilizadas.
Tiotepa solução para perfusão deve ser inspecionada visualmente para detectar a presença de partículas antes de ser administrada. As soluções que contêm precipitado devem ser eliminadas.
A solução para perfusão tem de ser administrada utilizando um conjunto de perfusão equipado com um filtro em linha de 0,2 μm. A filtragem não altera a potência da solução.
Tiotepa deve ser administrado em condições assépticas como uma perfusão de 2 a 4 horas, à temperatura ambiente (cerca de 25ºC) e em condições de iluminação normais.
Antes e após cada perfusão, a linha de cateter permanente deve ser irrigada com cerca de 5 mL da solução injetável de cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%).
Preparação da bolsa flexível multicâmara para administração:
Antes de administrar o produto da bolsa flexível multicâmara ao paciente, consulte as instruções de uso nos painéis abaixo.
Não aperte nem pressione a bolsa com força.
Tiotepa destina-se a uma utilização única. Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser descartados adequadamente.
A posologia de Tiotepa é indicada, em pacientes adultos e pediátricos, de acordo com o tipo de TCTH (autólogo ou alogênico) e doença.
A dose recomendada nas doenças hematológicas varia de 125 mg/m2/dia (3,38 mg/kg/dia) a 300 mg/m2/dia (8,10 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 2 a 4 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 900 mg/m2 (24,32 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 125 mg/m2/dia (3,38 mg/kg/dia) a 300 mg/m2/dia (8,10 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada de 2 a 4 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 900 mg/m2 (24,32 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 185 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 2 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 370 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 150 mg/m2/dia (4,05 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (6,76 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 3 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 750 mg/m2 (20,27 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada nos tumores sólidos varia de 120 mg/m2/dia (3,24 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (6,76 mg/kg/dia) dividida em uma ou duas perfusões diárias, administradas durante 2 a 5 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 800 mg/m2 (21,62 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 120 mg/m2/dia (3,24 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (6,76 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 3 a 5 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 800 mg/m2 (21,62 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 125 mg/m2/dia (3,38 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (6,76 mg/kg/dia) dividida em uma ou duas perfusões diárias, administradas durante 3 a 4 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 750 mg/m2 (20,27 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 250 mg/m2/dia (6,76 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada em 2 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 500 mg/m2 (13,51 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 150 mg/m2/dia (4,05 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (6,76 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 3 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 750 mg/m2 (20,27 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada nas doenças hematológicas varia de 185 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) a 481 mg/m2/dia (13 mg/kg/dia) dividida em uma ou duas perfusões diárias, administradas em apenas 1 dia ou durante 3 dias consecutivos antes do TCTH alogênico, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 555 mg/m2 (15 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada no linfoma é de 370 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia) dividida em duas perfusões diárias antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 370 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 185 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 185 mg/m2 (5 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 185 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) a 481 mg/m2/dia (13 mg/kg/dia) dividida em uma ou duas perfusões diárias, administradas em apenas 1 dia ou durante 2 dias consecutivos antes do TCTH alogênico, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 555 mg/m2 (15 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 370 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia) dividida em duas perfusões diárias, administradas antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 370 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada nos tumores sólidos varia de 150 mg/m2/dia (6 mg/kg/dia) a 350 mg/m2/dia (14 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 2 a 3 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 1050 mg/m2 (42 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 250 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia) a 350 mg/m2/dia (14 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 3 dias consecutivos antes do TCTH autólogo, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 1050 mg/m2 (42 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada nas doenças hematológicas varia de 125 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia) dividida em uma ou duas perfusões diárias, administradas em apenas 1 dia ou durante 3 dias consecutivos antes do TCTH alogênico, em função da associação com outros medicamentos quimioterápicos, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 375 mg/m2 (15 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 250 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia) dividida em duas perfusões diárias, administradas antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 250 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada varia de 200 mg/m2/dia (8 mg/kg/dia) a 250 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia), dividida em duas perfusões diárias, administradas antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 250 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 125 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 3 dias consecutivos antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 375 mg/m2 (15 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 125 mg/m2/dia (5 mg/kg/dia) sob a forma de uma perfusão diária única, administrada durante 2 dias consecutivos antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 250 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
A dose recomendada é de 250 mg/m2/dia (10 mg/kg/dia) dividida em duas perfusões diárias, administradas antes do TCTH alogênico, sem exceder a dose cumulativa total máxima de 250 mg/m2 (10 mg/kg), durante todo o período do tratamento de condicionamento.
Não foram realizados estudos em pacientes com disfunção renal. Na medida em que a tiotepa e os respectivos metabolitos são pouco excretados na urina, não se recomenda um ajuste de dose nos pacientes com insuficiência renal leve ou moderada. Contudo, recomenda-se precaução.
A tiotepa não foi estudada em pacientes com disfunção hepática. Na medida em que a tiotepa é principalmente metabolizada através do fígado, é necessário tomar as devidas precauções quando este medicamento é utilizado em pacientes com disfunção preexistente da função hepática, sobretudo nos pacientes com disfunção hepática grave. O ajuste de dose não é recomendado em caso de alterações transitórias dos parâmetros hepáticos.
A administração de tiotepa não foi especificamente estudada em pacientes idosos. Contudo, em estudos clínicos, uma percentagem de pacientes com idade superior a 65 anos recebeu a mesma dose cumulativa que os outros pacientes. Não foi considerado necessário qualquer ajuste de dose.
A consequência do tratamento com tiotepa de acordo com a dose e o regime recomendados é a mielossupressão profunda, que ocorre em todos os pacientes. Pode verificar-se o desenvolvimento de trombocitopenia, anemia ou granulocitopenia grave, ou qualquer combinação das mesmas. É necessário realizar frequentemente hemogramas completos, incluindo contagens diferenciais dos glóbulos brancos, e contagens de plaquetas durante o tratamento e até à recuperação. Deve-se utilizar o suporte de plaquetas e glóbulos vermelhos e recorrer-se a fatores de crescimento, como o fator de estimulação de colônias de granulócitos (G-CSF), conforme for indicado em termos médicos. Recomenda-se a realização diária de contagens de glóbulos brancos e de plaquetas durante a terapêutica com tiotepa e, após o transplante, durante pelo menos 30 dias.
Deve ponderar-se a utilização profiláctica ou empírica de anti-infecciosos (bacterianos, fúngicos, virais) para a prevenção e o controlo das infecções durante o período neutropênico.
A tiotepa não foi estudada em pacientes com disfunção hepática. Na medida em que a tiotepa é metabolizada principalmente através do fígado, é necessário tomar as devidas precauções quando utilizada em pacientes com disfunção preexistente da função hepática, sobretudo nos pacientes com disfunção hepática grave. Quando do (ou em) tratamento de tais pacientes, recomenda-se a monitorização regular das transaminases, fosfatase alcalina e bilirrubina séricas após o transplante, para uma detecção precoce de hepatotoxicidade.
Os pacientes que tenham recebido anteriormente radioterapia, igual ou superior a três ciclos de quimioterapia, ou transplante prévio de células tronco, podem ter risco acrescido de doença veno-oclusiva hepática.
É necessário tomar as devidas precauções nos pacientes com histórico de doenças cardíacas e a função cardíaca deve ser regularmente monitorada nos pacientes que estejam recebendo tiotepa.
É necessário tomar as devidas precauções nos pacientes com histórico de doenças renais devendo ser considerado o monitoramento periódico da função renal durante a terapêutica com tiotepa.
A tiotepa pode induzir toxicidade pulmonar, que pode ser acumulativa em relação aos efeitos causados por outros agentes citotóxicos (bussulfano, fludarabina e ciclofosfamida).
Uma irradiação cerebral ou crânio-espinal prévia pode contribuir para reações tóxicas graves (por exemplo, encefalopatia).
O risco acrescido de uma malignidade secundária com tiotepa, um carcinogênico conhecido nos seres humanos, deve ser explicado ao doente.
Não é recomendada a utilização concomitante com vacinas vivas atenuadas (exceto as vacinas da febre amarela), fenitoína e fosfenitoína.
A tiotepa não deve ser administrada concomitantemente com ciclofosfamida quando ambos os medicamentos estão presentes no mesmo tratamento de condicionamento. Tiotepa deve ser administrado depois de concluída qualquer perfusão de ciclofosfamida.
Durante a utilização concomitante de tiotepa e inibidores de CYP2B6 ou CYP3A4, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados a nível clínico.
Tal como a maioria dos fármacos alquilantes, a tiotepa pode reduzir a fertilidade masculina ou feminina. Os pacientes do sexo masculino devem recorrer à criopreservação do esperma antes do início a terapêutica e não devem ter filhos enquanto estiverem em tratamento e durante o ano que se segue à interrupção do tratamento.
Tiotepa 400 mg contém 1418 mg (61,6 mmol) de sódio por bolsa, equivalente a 70,9% da ingestão diária máxima recomendada pela OMS de 2 g de sódio para um adulto.
É provável que certas reações adversas da tiotepa, como tonturas, dor de cabeça e visão turva, possam afetar a sua capacidade de dirigir e de operar máquinas. Caso se sinta afetado, não dirija nem opere máquinas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas.
Categoria de risco na gravidez: X.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
As mulheres com potencial para engravidar devem utilizar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento e deve- se realizar um teste de gravidez antes do início do tratamento. Os pacientes do sexo masculino não devem ter filhos enquanto estiverem em tratamento e durante o ano seguinte ao fim do tratamento.
Não existem dados sobre a utilização de tiotepa durante a gravidez. Em estudos pré-clínicos, demonstrou-se que a tiotepa, tal como a maior parte dos fármacos alquilantes, causa letalidade embriofetal e teratogenicidade. Consequentemente, a tiotepa é contraindicada durante a gravidez.
É desconhecido se tiotepa é excretada no leite materno. Devido às suas propriedades farmacológicas e potencial toxicidade para os recém nascidos/lactentes, a amamentação é contraindicada durante o tratamento com tiotepa.
Tal como a maioria dos fármacos alquilantes, a tiotepa pode reduzir a fertilidade masculina e feminina. Os pacientes do sexo masculino devem recorrer à criopreservação de esperma antes do início da terapêutica.
A segurança de tiotepa foi estudada através de uma revisão de reações adversas notificadas em dados publicados a partir de ensaios clínicos. Nestes estudos, um total de 6588 pacientes adultos e 902 pacientes pediátricos receberam tiotepa para o tratamento de condicionamento antes do transplante de células tronco hematopoiéticas.
As toxicidades graves que envolvem os sistemas hematológico, hepático e respiratório foram consideradas as consequências esperadas do regime de condicionamento e processo de transplante. Estas incluem infecção e doença de enxerto contra hospedeiro (DECH) que, apesar de não estarem diretamente ligadas, foram as principais causas de morbilidade e mortalidade, sobretudo no TCTH alogênico.
Foram observados casos de leucoencefalopatia, após tratamento com tiotepa, em pacientes adultos e pediátricos submetidos anteriormente a múltiplas sessões de quimioterapia, incluindo metotrexato e radioterapia. Alguns casos tiveram desfecho fatal.
As reações adversas consideradas como estando pelo menos possivelmente ligadas ao tratamento de condicionamento com tiotepa, notificadas nos pacientes adultos com frequência superior a um caso isolado são apresentadas em seguida, segundo a classe de sistemas de órgãos e a frequência. Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
Classe de sistemas de órgãos | Muito frequentes | Frequentes | Pouco frequentes | Desconhecido |
Infecções e infestações | Aumento da suscetibilidade a infecções, Sepsis | - | Síndrome de choque tóxico | - |
Neoplasias benignas malignas e não especificadas (incluindo quistos e polipos) | - | Malignidade secundária ligada ao tratamento | - | - |
Doenças do sangue e do sistema linfático | Leucopenia, Trombocitopenia, Neutropenia febril, Anemia, Pancitopenia, Granulocitopenia | - | - | - |
Doenças do sistema imunológico | Doença do enxerto contra hospedeiro aguda, Doença do enxerto contra hospedeiro crônica | Hipersensibilidade | - | - |
Doenças endócrinas | - | Hipopituitarismo | - | - |
Doenças do metabolismo e da nutrição | Anorexia, Diminuição do apetite, Hiperglicemia | - | - | - |
Perturbações do foro psiquiátrico | Estado de confusão, Alterações do estado mental | Ansiedade | Delírio, Nervosismo, Alucinações, Agitação | - |
Doenças do sistema nervoso | Tonturas, Cefaleias, Visão turva, Encefalopatia, Convulsões, Parestesia | Aneurisma intracraniano, Perturbação extrapiramidal, Perturbação cognitiva, Hemorragia cerebral | - | Leucoencefalopatia |
Afeções oculares | Conjuntivite | Cataratas | - | - |
Afecções do ouvido e do labirinto | Diminuição da audição, Ototoxicidade, Zumbido | - | - | - |
Cardiopatias | Arritmia | Taquicardia, Insuficiência cardíaca | Cardiomiopatia, Miocardite | - |
Vasculopatias | Linfoedema, Hipertensão | Hemorragias, Embolia | - | - |
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino | Síndrome de pneumonia idiopática, Epistaxis | Edema pulmonar, Tosse, Pneumonite | Hipoxia | - |
Doenças gastrointestinais | Náuseas, Estomatite, Esofagite, Vómitos, Diarreia, Dispepsia, Dor abdominal, Enterite, Colite | Obstipação, Perfuração gastrointestinal, Íleo | Úlcera gastrointestinal | - |
Afecções hepatobiliares | Doença hepática veno-oclusiva, Hepatomegalia, Icterícia | - | - | - |
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos | Exantema, Prurido, Alopécia | Eritema | Perturbações da pigmentação, Psoríase eritrodérmica | Reações cutâneas tóxicas graves, incluindo casos de síndrome de Stevens- Johnson e necrólise epidérmica tóxica |
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos | Lombalgia, Mialgia, Artralgia | - | - | - |
Doenças renais e urinárias | Cistite hemorrágica | Disúria, Oligúria, Insuficiência renal, Cistite, Hematúria | - | - |
Doenças dos órgãos genitais e da mama | Azoospermia, Amenorreia, Hemorragia vaginal | Sintomas de menopausa, Infertilidade femininA, Infertilidade masculina | - | - |
Perturbações gerais e alterações no local de administração | Pirexia, Astenia, Arrepios, Edema generalizado, Inflamação no local da perfusão, Dor no local da perfusão, Inflamação das mucosas | Falência multi-orgânica, Dor | - | - |
Exames complementares de diagnóstico | Aumento de peso, Aumento dos níveis sanguíneos de bilirrubina, Aumento das transaminases, Aumento dos níveis sanguíneos de amilase | Aumento dos níveis sanguíneos de creatinina, Aumento dos níveis sanguíneos de ureia, Aumento dos níveis de gama- glutamiltransferase, Aumento dos níveis sanguíneos de fosfatase alcalina, Aumento dos níveis de aspartato aminotransferase | - | - |
As reações adversas consideradas como estando pelo menos possivelmente ligadas ao tratamento de condicionamento com tiotepa, notificadas nos pacientes pediátricos com uma frequência superior a um caso isolado são apresentadas em seguida, segundo a classe de sistemas de órgãos e a frequência. Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
Classe de sistemas de órgãos | Muito frequentes | Frequentes | Desconhecido |
Infecções e infestações | Aumento da susceptibilidade a infecções, Sepsis | Púrpura trombocitopénica | - |
Neoplasias benignas malignas e não especificadas (incluindo quistos e polipos) | - | Malignidade secundária ligada ao tratamento | - |
Doenças do sangue e do sistema linfático | Trombocitopenia, Neutropenia febril, Anemia, Pancitopenia, Granulocitopenia | - | - |
Doenças do sistema imunológico | Doença do enxerto contra hospedeiro aguda, Doença do enxerto contra hospedeiro crónica | - | - |
Doenças endócrinas | Hipopituitarismo, Hipogonadismo, Hipotiroidismo | - | - |
Doenças do metabolismo e da nutrição | Anorexia, Hiperglicemia | - | - |
Perturbações do foro psiquiátrico | Alterações do estado mental | Alteração mental devido à estado clínico geral | - |
Doenças do sistema nervoso | Dor de cabeça, Encefalopatia, Convulsões, Hemorragia cerebral, Deterioração da memória, Paresia | Ataxia | Leucoencefalopatia |
Afecções do ouvido e do labirinto | Diminuição da audição | - | - |
Cardiopatias | Paragem cardíaca | Insuficiência cardiovascular, Insuficiência cardíaca | - |
Vasculopatias | Hemorragia | Hipertensão | - |
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino | Pneumonite | Síndrome de pneumonia idiopática, Hemorragia pulmonar, Edema pulmonar, Epistaxis, Hipoxia, Paragem respiratória | Hipertensão arterial pulmonar |
Doenças gastrointestinais | Náuseas, Estomatite, Vómitos, Diarreia, Dor abdominal | Enterite, Obstrução intestinal | - |
Afecções hepatobiliares | Doença hepática veno-oclusiva | Insuficiência hepática | - |
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos | Exantema, Eritema, Descamação, Perturbações da pigmentação | - | Reações cutâneas tóxicas graves, incluindo casos de síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica |
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos | Atraso do crescimento | - | - |
Doenças renais e urinárias | Perturbações da bexiga | Insuficiência renal, Cistite hemorrágica | - |
Perturbações gerais e alterações no local de administração | Pirexia, Inflamação das mucosas, Dor, Falência multiorgânica | - | - |
Exames complementares de diagnóstico | Aumento dos níveis sanguíneos de bilirrubina, Aumento das transaminases, Aumento dos níveis sanguíneos de creatinina, Aumento dos níveis de aspartato aminotransferase, Aumento dos níveis de alanina aminotransferase | Aumento dos níveis sanguíneos de ureia, Níveis anómalos de electrólitos no sangue, Aumento da relação do tempo de protrombina | - |
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Não há qualquer ocorrência de sobredosagem de tiotepa. A mieloablação e a pancitopenia são as reações adversas mais importantes em caso de sobredosagem. Não existe antídoto conhecido para a tiotepa. O estado hematológico deve ser monitorizado com rigor e devem ser instituídas fortes medidas de suporte, conforme se revelar indicado do ponto de vista médico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
As vacinas de bactérias e vírus vivos não devem ser administradas a um doente que esteja recebendo um fármaco quimioterápico imunossupressor. Necessário aguardar pelo menos três meses entre a suspensão da terapêutica e a vacinação.
A tiotepa parece ser metabolizada através de CYP2B6 e CYP3A4. A administração concomitante com inibidores de CYP2B6 (por exemplo, clopidogrel e ticlopidina) ou de CYP3A4 (por exemplo, antifúngicos de tipo azol, macrólidos como eritromicina, claritromicina, telitromicina e inibidores de protease) pode aumentar as concentrações plasmáticas de tiotepa e potencialmente diminuir as concentrações do metabolito ativo TEPA. A administração concomitante de indutores do citocromo P450 (como rifampicina, carbamazepina, fenobarbital) pode aumentar o metabolismo da tiotepa, levando a concentrações plasmáticas aumentadas do metabolito ativo. Portanto, durante a utilização concomitante de tiotepa e destes medicamentos, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados clinicamente.
A tiotepa é um inibidor fraco da CYP2B6 e, por essa razão, pode aumentar as concentrações plasmáticas de substâncias metabolizadas através da CYP2B6, como ifosfamida, tamoxifeno, bupropiomefavirenz e ciclofosfamida. A CYP2B6 catalisa a conversão metabólica da ciclofosfamida na respectiva forma ativa 4hidroxiciclofosfamida (4-OHCP) e, como tal, a administração concomitante de tiotepa pode conduzir a concentrações diminuídas de 4-OHCP ativa. Portanto, é necessário o monitoramento clínico durante a utilização concomitante de tiotepa e destes medicamentos.
De modo geral, vacinas de vírus e bactérias vivas não devem ser administradas a um paciente que esteja recebendo agente quimioterápico imunossupressor e pelo menos três meses devem transcorrer entre descontinuação da terapia e vacinação.
Tiotepa não deve ser administrado concomitantemente com ciclofosfamida quando ambos os medicamentos estão presentes no mesmo tratamento de condicionamento. O Tiotepa deve ser entregue após a conclusão de qualquer infusão de ciclofosfamida.
O uso concomitante de tiotepa e outros agentes mielossupressores ou mielotóxicos (ou seja, ciclofosfamida, melfalana, bussulfano, fludarabina, treossulfano) podem potencializar o risco de reações adversas hematológicas devido a perfis de toxicidade sobrepostos destes medicamentos.
Devido ao aumento do risco trombótico em caso de malignidade, o uso de tratamento anticoagulante é frequente. A alta variabilidade intra-individual do estado de coagulação durante a malignidade e a interação potencial entre anticoagulantes orais e quimioterapia anticâncer requer, se for decidido tratar o paciente com anticoagulantes orais, para aumentar a frequência do monitoramento do INR (tempo de protrombina).
Não foram realizados estudos para averiguar interação de tiotepa com alimentos.
A eficácia de tiotepa como parte de regimes de condicionamento antes de HPCT alogênico e autólogo para doenças hematológicas e tumores sólidos foi relatada em estudos clínicos publicados na literatura. Os resultados dos estudos clínicos publicados que suportam a eficácia de tiotepa são resumidos nos parágrafos seguintes. Eles descrevem os resultados de um grupo selecionado de artigos publicados que geralmente fornecem baixo nível de evidência de eficácia.
Referências bibliográficas:
1. Abrey et al. (2006) High-dose chemotherapy with stem cell rescue as initial therapy for anaplastic oligodendroglioma: Long-term follow up. Neuro-Oncol; 8: 183-186.
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6. Bacigalupo et al. (2007c) Allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (HPCT) after conditioning with i.v. busulfan or i.v. thiotepa containing regimens. Bone Marrow Transplantation; 39 Suppl. 1: P595.
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32. Rick et al. (2001) Salvage Treatment With Paclitaxel, Ifosfamide, and Cisplatin Plus High-Dose Carboplatin, Etoposide, andThiotepa Followed by Autologous Stem-Cell Rescue in Patients With Relapsed or Refractory Germ Cell Cancer. J Clin Oncol; 19: 81-88.
33. Rigden JP. et al (1996). Minimizing graft rejection in allogeneic T cell-depleted bone marrow transplantation. Bone Marrow Transplantation; 18 (5): 913-19.
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38. Tiersten et al. (2006), Phase I/II study of tandem cycles of high-dose chemotherapy followed by autologous hematopoietic stem cell support in women with advanced ovarian cancer. Int J Gynecol Cancer; 16: 57–64.
39. Valteau-Couanet D. et al. (2005) High-dose busulfan and thiotepa followed by autologous stem cell transplantation (HPCT) in previously irradiated medulloblastoma patients: high toxicity and lack of efficacy. Bone Marrow Transplantation; 36: 939-45.
40. Waheed et al. (2004) High dose chemotherapy with thiotepa, mitoxantrone and carboplatin (TMJ) followed by autologous stem cell support in 100 consecutive lymphoma patients in a single centre: analysis of efficacy, toxicity and prognostic factors. Leuk Lymphoma; 45: 2253 59.
41. Zander A.R. et al. (2004) High-dose chemotherapy with autologous hematopoietic stem-cell support compared with standard-dose chemotherapy in breast cancer patients with 10 or more positive lymphnodes: first results of a randomized trial. J Clin Oncol; 22: 2273-83.
A tiotepa é um fármaco citotóxico químico polifuncional e farmacologicamente relacionado com a mostarda nitrogenada. Pensa-se que a ação rádio mimética da tiotepa se exerce através da libertação dos radicais de imina de etileno que, tal como no caso da terapêutica de radiação, interrompem as ligações do ADN, por exemplo, por alquilação da guanina em N-7, quebrando a ligação entre a base purina e o açúcar e libertando guanina alquilada.
A tiotepa é absorvida a partir do trato gastrointestinal de forma pouco fiável: a instabilidade ácida impede a administração de tiotepa por via oral.
A tiotepa é um composto altamente lipofílico. Após a administração intravenosa, as concentrações plasmáticas da substância ativa correspondem a um modelo de dois compartimentos, com uma fase de distribuição rápida. O volume de distribuição de tiotepa é amplo e foi notificado como variando de 40,8 l/m2 a 75 l/m2, o que indica distribuição para o teor de água total do organismo. O volume de distribuição aparente de tiotepa parece ser independente da dose administrada. A fração não-ligada às proteínas presente no plasma é de 70 a 90%; foi notificada uma ligação insignificante de tiotepa à gamaglobulina e uma ligação mínima à albumina (10 a 30%). Após a administração intravenosa, a exposição do LCR ao medicamento é praticamente equivalente à observada no plasma; a relação média da AUC do LCR relativamente à do plasma no que respeita à tiotepa é de 0,93. As concentrações de TEPA, o primeiro metabolito ativo da tiotepa notificado, no LCR e plasma são superiores às concentrações do composto principal.
A tiotepa é submetida a um metabolismo hepático rápido e exaustivo, sendo possível detectar metabolitos na urina no espaço de 1 hora após a perfusão. Os metabolitos são fármacos alquilantes ativos, mas continua por elucidar o papel que estes desempenham na atividade antitumoral da tiotepa. A tiotepa é submetida a dessulfuração oxidativa através das famílias de isoenzimas CYP2B e CYP3A do citocromo P450, resultando no principal metabolito ativo TEPA (trietilenofosforamida). A quantidade total excretada de tiotepa e dos respectivos metabolitos identificados representa entre 54 e 100% da atividade alquilante total, o que indica a presença de outros metabolitos alquilantes.
Durante a conversão dos conjugados de GSH em conjugados de N-acetilcisteína, verifica-se a formação de conjugados de GSH, cisteinilglicina e cisteína. Estes metabolitos não estão presentes na urina e, se formados, o mais provável é que sejam excretados na bílis ou, como metabolitos intermediários, rapidamente convertidos em tiotepa-mercapturato.
A depuração total de tiotepa variou de 11,4 a 23,2 l/h/m2. A meia-vida de eliminação variou de 1,5 a 4,1 horas. Os metabolitos identificados TEPA, monoclorotepa e tiotepa-mercapturato são todos excretados na urina. A excreção urinária de tiotepa e TEPA fica praticamente concluída ao fim de 6 e 8 horas, respectivamente. A recuperação urinária média de tiotepa e dos respectivos metabolitos é de 0,5% para o medicamento inalterado e monoclorotepa e de 11% para TEPA e tiotepa-mercapturato.
Não existem indícios claros de saturação dos mecanismos de depuração metabólica com doses altas de tiotepa.
A farmacocinética de tiotepa em doses elevadas em crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 12 anos de idade não parece diferir da notificada relativamente a crianças que recebem 75 mg/m2 ou adultos que recebem doses semelhantes.
Não foram avaliados os efeitos da disfunção renal na eliminação de tiotepa.
Não foram avaliados os efeitos da disfunção hepática no metabolismo e eliminação de tiotepa.
Não foram realizados estudos convencionais de toxicidade de dose repetida e aguda. Foi demonstrado que a tiotepa é genotóxica in vitro e in vivo e carcinogênica em ratos.
Foi demonstrado que a tiotepa reduz a fertilidade e interfere com a espermatogênese nos ratos machos e diminui a função ovariana nas ratas. Foi teratogênica em ratos, além de letal para o feto em coelhos. Estes efeitos foram observados com doses inferiores às utilizadas nos seres humanos.
A eficácia de tiotepa como parte de regimes de condicionamento antes de HPCT alogênico e autólogo para doenças hematológicas e tumores sólidos foi relatada em estudos clínicos publicados na literatura. Os resultados dos estudos clínicos publicados que suportam a eficácia de tiotepa são resumidos nos parágrafos seguintes. Eles descrevem os resultados de um grupo selecionado de artigos publicados que geralmente fornecem baixo nível de evidência de eficácia.
Referências bibliográficas:
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6. Bacigalupo et al. (2007c) Allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (HPCT) after conditioning with i.v. busulfan or i.v. thiotepa containing regimens. Bone Marrow Transplantation; 39 Suppl. 1: P595.
7. Bacigalupo et al. (2009) 10-year survey of 154 adult patients that underwent hematopoietic progenitor cell transplantation (HPCT) in the Bone Marrow Transplantation Unit of San Martino Hospital, Genova, Italy.
8. Bethge et al. (2006) Haploidentical allogeneic hematopoietic cell transplantation in adults with reduced-intensity conditioning and CD3/CD19 depletion: Fast engraftment and low toxicity. Experimental Hematology; 34: 1746– 52.
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11. Dhall et al. (2008) Outcome of children less than three years old at diagnosis with nonmetastatic medulloblastoma treated with chemotherapy on the "Head Start" I and II protocols. Pediatr Blood Cancer; 50(6): 1169-75.
12. di Grazia C. et al. (2001) Conventional hematopoietic stem cell transplants from identical or alternative donors are feasible in recipients relapsing after an autograft. Haematologica; 86: 646-51.
13. Demirer T. et al. (2004) High-dose thiotepa, melphalan and carboplatin (TMCb) followed by autologous peripheral blood stem cell transplantation in patients with lymphoma a retrospective evaluation. Bone Marrow Transplant; 34: 781-86.
14. Finlay J.L. et al. (1996) Pilot study of high-dose thiotepa and etoposide with autologous bone marrow rescue in children and young adults with recurrent CNS tumours. The Children's Cancer Group. J Clin Oncol; 14: 2495- 503.
15. Gopal et al. (2001) Efficacy of high-dose therapy and autologous hematopoietic stem cell transplantation for non-Hodgkin's lymphoma in adults 60 years of age and older. Bone Marrow Transplantation; 27(6): 593-9.
16. Grovas A.C. et al. (1999) Regimen related toxicity of myeloablative chemotherapy with BCNU, thiotepa, and etoposide followed by autologous stem cell rescue for children with newly diagnosed glioblastoma multiforme: report from the Children's Cancer Group. Med Pediatr Oncol; 33: 83-87.
17. Grullich et al. (2008) A fludarabine, thiotepa reduced toxicity conditioning regimen designed specifically for allogeneic second haematopoietic cell transplantation after failure of previous autologous or allogeneic transplantation. Bone Marrow Transplantation; 41: 845–50.
18. Gutierrez-Delgado et al. (2001) Autologous stem cell transplantation for non-Hodgkin's lymphoma: comparison of radiation-based and chemotherapy-only preparative regimens. Bone Marrow Transplant ; 5: 455-61.
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24. Massimino M. et al. (2006) Supratentorial primitive neuroectodermal tumours (S-PINET) in children: a prospective experience with adjuvanmt intensive chemotherapy and hyperfractionated accelerated radiotherapy. Int J Radiation Oncology Biol Phys.; 64: 1031-37.
25. Jakubowsky AA et al. (2007) T cell depleted stem-cell transplantation for adults with hematologic malignancies: sustained engraftment of HLA-matched related donor grafts without the use of antithymocyte globulin. Blood; 110 (13): 4552-59.
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27. Papadopoulos E.B. et al. T-cell-depleted allogeneic bone marrow transplantation as postremission therapy for acute myelogenous leukemia: freedom from relapse in the absence of graft-versus-host disease. Blood; 91 (3): 1083-90.
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29. La Nasa G. et al. (2002) Unrelated donor bone marrow transplantation for thalassemia: the effect of extended haplotypes. Blood; 99(12): 4350-56.
30. Locatelli et al. (2009) Survey of 432 patients that underwent hematopoietic progenitor cell transplantation (HPCT) in Paediatric Onco hematological Unit of Policlinico San Matteo Hospital, Pavia, Italy.
31. Nitz UA et al. (2005) Comparison of rapidly cycled tandem high-dose chemotherapy plus peripheral blood stem cell support versus dose dense conventional chemotherapy for adjuvant treatment of high-risk breast cancer: results of a multicentre phase III trial. Lancet; 366: 1935-44.
32. Rick et al. (2001) Salvage Treatment With Paclitaxel, Ifosfamide, and Cisplatin Plus High-Dose Carboplatin, Etoposide, andThiotepa Followed by Autologous Stem-Cell Rescue in Patients With Relapsed or Refractory Germ Cell Cancer. J Clin Oncol; 19: 81-88.
33. Rigden JP. et al (1996). Minimizing graft rejection in allogeneic T cell-depleted bone marrow transplantation. Bone Marrow Transplantation; 18 (5): 913-19.
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39. Valteau-Couanet D. et al. (2005) High-dose busulfan and thiotepa followed by autologous stem cell transplantation (HPCT) in previously irradiated medulloblastoma patients: high toxicity and lack of efficacy. Bone Marrow Transplantation; 36: 939-45.
40. Waheed et al. (2004) High dose chemotherapy with thiotepa, mitoxantrone and carboplatin (TMJ) followed by autologous stem cell support in 100 consecutive lymphoma patients in a single centre: analysis of efficacy, toxicity and prognostic factors. Leuk Lymphoma; 45: 2253 59.
41. Zander A.R. et al. (2004) High-dose chemotherapy with autologous hematopoietic stem-cell support compared with standard-dose chemotherapy in breast cancer patients with 10 or more positive lymphnodes: first results of a randomized trial. J Clin Oncol; 22: 2273-83.
A tiotepa é um fármaco citotóxico químico polifuncional e farmacologicamente relacionado com a mostarda nitrogenada. Pensa-se que a ação rádio mimética da tiotepa se exerce através da libertação dos radicais de imina de etileno que, tal como no caso da terapêutica de radiação, interrompem as ligações do ADN, por exemplo, por alquilação da guanina em N-7, quebrando a ligação entre a base purina e o açúcar e libertando guanina alquilada.
A tiotepa é absorvida a partir do trato gastrointestinal de forma pouco fiável: a instabilidade ácida impede a administração de tiotepa por via oral.
A tiotepa é um composto altamente lipofílico. Após a administração intravenosa, as concentrações plasmáticas da substância ativa correspondem a um modelo de dois compartimentos, com uma fase de distribuição rápida. O volume de distribuição de tiotepa é amplo e foi notificado como variando de 40,8 l/m2 a 75 l/m2, o que indica distribuição para o teor de água total do organismo. O volume de distribuição aparente de tiotepa parece ser independente da dose administrada. A fração não-ligada às proteínas presente no plasma é de 70 a 90%; foi notificada uma ligação insignificante de tiotepa à gamaglobulina e uma ligação mínima à albumina (10 a 30%). Após a administração intravenosa, a exposição do LCR ao medicamento é praticamente equivalente à observada no plasma; a relação média da AUC do LCR relativamente à do plasma no que respeita à tiotepa é de 0,93. As concentrações de TEPA, o primeiro metabolito ativo da tiotepa notificado, no LCR e plasma são superiores às concentrações do composto principal.
A tiotepa é submetida a um metabolismo hepático rápido e exaustivo, sendo possível detectar metabolitos na urina no espaço de 1 hora após a perfusão. Os metabolitos são fármacos alquilantes ativos, mas continua por elucidar o papel que estes desempenham na atividade antitumoral da tiotepa. A tiotepa é submetida a dessulfuração oxidativa através das famílias de isoenzimas CYP2B e CYP3A do citocromo P450, resultando no principal metabolito ativo TEPA (trietilenofosforamida). A quantidade total excretada de tiotepa e dos respectivos metabolitos identificados representa entre 54 e 100% da atividade alquilante total, o que indica a presença de outros metabolitos alquilantes.
Durante a conversão dos conjugados de GSH em conjugados de N-acetilcisteína, verifica-se a formação de conjugados de GSH, cisteinilglicina e cisteína. Estes metabolitos não estão presentes na urina e, se formados, o mais provável é que sejam excretados na bílis ou, como metabolitos intermediários, rapidamente convertidos em tiotepa-mercapturato.
A depuração total de tiotepa variou de 11,4 a 23,2 l/h/m2. A meia-vida de eliminação variou de 1,5 a 4,1 horas. Os metabolitos identificados TEPA, monoclorotepa e tiotepa-mercapturato são todos excretados na urina. A excreção urinária de tiotepa e TEPA fica praticamente concluída ao fim de 6 e 8 horas, respectivamente. A recuperação urinária média de tiotepa e dos respectivos metabolitos é de 0,5% para o medicamento inalterado e monoclorotepa e de 11% para TEPA e tiotepa-mercapturato.
Não existem indícios claros de saturação dos mecanismos de depuração metabólica com doses altas de tiotepa.
A farmacocinética de tiotepa em doses elevadas em crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 12 anos de idade não parece diferir da notificada relativamente a crianças que recebem 75 mg/m2 ou adultos que recebem doses semelhantes.
Não foram avaliados os efeitos da disfunção renal na eliminação de tiotepa.
Não foram avaliados os efeitos da disfunção hepática no metabolismo e eliminação de tiotepa.
Não foram realizados estudos convencionais de toxicidade de dose repetida e aguda. Foi demonstrado que a tiotepa é genotóxica in vitro e in vivo e carcinogênica em ratos.
Foi demonstrado que a tiotepa reduz a fertilidade e interfere com a espermatogênese nos ratos machos e diminui a função ovariana nas ratas. Foi teratogênica em ratos, além de letal para o feto em coelhos. Estes efeitos foram observados com doses inferiores às utilizadas nos seres humanos.