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Princípio Ativo:Sotatercepte
Sotatercepte, associado a outras terapias, é indicado para o tratamento de adultos com hipertensão arterial pulmonar (HAP, Grupo 1 da Organização Mundial da Saúde [OMS]) para aumentar a capacidade de exercício e retardar a progressão da doença.
Sotatercepte está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer excipiente do medicamento.
Sotatercepte destina-se ao uso sob a orientação de um profissional de saúde. Pacientes e cuidadores podem administrar Sotatercepte quando considerarem apropriado e quando receberem treinamento e acompanhamento do profissional de saúde sobre como reconstituir, preparar, medir e injetar Sotatercepte.
Consulte as Instruções de Uso (IU) para obter instruções detalhadas sobre a preparação e administração adequadas de Sotatercepte.
Se o peso de um paciente exigir a utilização de dois frascos-ampolas de 45 mg ou dois frascos-ampolas de 60 mg do produto liofilizado, um kit de 2 frascos-ampolas deve ser utilizado em vez de dois kits individuais de 1 frasco-ampola. Um kit de 2 frascos-ampolas inclui instruções para combinar o conteúdo de dois frascos, o que ajuda a medir a dosagem adequada e elimina a necessidade de injeções múltiplas.
Sotatercepte é para ser administrado por injeção subcutânea.
Qualquer paciente ou cuidador que preparar e injetar Sotatercepte deve primeiro ser treinado e considerado capaz por um profissional de saúde para administrar sozinho Sotatercepte.
Quando o recipiente para descarte de objetos perfurocortantes estiver quase cheio, você precisará seguir as diretrizes locais sobre a maneira correta de descartar o recipiente de objetos perfurocortantes. Não jogue fora medicamentos, frascos, agulhas soltas ou seringas no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como jogar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Não recicle o seu recipiente usado de objetos perfurocortantes.
Qualquer paciente ou cuidador que preparar e injetar Sotatercepte deve primeiro ser treinado e considerado capaz por um profissional de saúde para administrar sozinho Sotatercepte.
Quando o recipiente para descarte de objetos perfurocortantes estiver quase cheio, você precisará seguir as diretrizes locais sobre a maneira correta de descartar o recipiente de objetos perfurocortantes. Não jogue fora medicamentos, frascos, agulhas soltas ou seringas no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como jogar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Não recicle o seu recipiente usado de objetos perfurocortantes.
Coloque um algodão ou curativo na pele imediatamente e aplique uma pequena pressão. Se o sangramento não parar, ligue para o seu médico ou farmacêutico imediatamente.
A quantidade de prescrição em “mL” está na sua prescrição. Contate seu médico ou farmacêutico se você não conseguir encontrar a quantidade a ser injetada.
Lave bem a área com água e sabão imediatamente.
Ligue para o seu médico ou farmacêutico.
Não se preocupe se o êmbolo se mover ligeiramente sozinho quando você estiver enchendo a seringa dosadora com o medicamento.
Com uma mão, segure o êmbolo no lugar para impedir que ele se mova.
Com a outra mão, desrosqueie o frasco -ampola da seringa dosadora. Depois de desrosqueado, é seguro soltar o êmbolo.
Você pode evitar esse movimento automático do êmbolo empurrando ar para dentro do frasco antes de encher a seringa dosadora com o medicamento. Consulte as etapas 16 a 23 (kit com 1 frasco-ampola) ou 17 a 28 (kit com dois frascos-ampola) para obter instruções detalhadas.
Se os itens do seu kit estiverem danificados ou comprometidos, não o use. Ligue para o seu médico ou farmacêutico.
Não use o medicamento se você fez movimentos circulares no frasco do medicamento por cerca de 2 minutos e deixou-o repousar por mais 3 minutos, mas o frasco do medicamento permanece turvo ou apresenta grumos, pó ou partículas estranhas. Ligue para o seu médico ou farmacêutico.
Verifique se o adaptador do frasco está firmemente conectado ao frasco. Caso contrário, segure o frasco e pressione firmemente o adaptador do frasco para garantir que o adaptador do frasco perfure a tampa de borracha do frasco.
Não use se algum item estiver danificado. Se não tiver certeza, ligue para seu médico ou farmacêutico.
Se o kit de injeção não utilizado estiver fora da geladeira por um longo período de tempo, entre em contato com seu médico ou farmacêutico antes de continuar.
Recomendamos que você injete o medicamento logo após a mistura, mas não mais de 4 horas depois de misturado. Se passarem mais de 4 horas, descarte o medicamento. Se você tiver dúvidas ou não tiver certeza sobre o processo, entre em contato com seu médico ou farmacêutico.
Se você tiver dúvidas sobre como administrar Sotatercepte da maneira correta ou precisar de mais informações, ligue para seu médico ou farmacêutico.
Para qualquer outra informação sobre este medicamento, contate o seu médico ou farmacêutico ou o serviço de atendimento do consumidor da empresa através do número 0800-0122232.
Sotatercepte é administrado uma vez a cada 3 semanas por injeção subcutânea (SC) de acordo com o peso do paciente. A dose inicial de Sotatercepte é de 0,3 mg/kg (veja Tabela 3).
Obtenha a hemoglobina (Hb) e a contagem de plaquetas antes da primeira dose de Sotatercepte. Foram observados aumentos rápidos de Hb superiores a 2 g/dL após o início do tratamento. Não é recomendado iniciar o tratamento se a contagem de plaquetas for < 50.000/mm3 (< 50,0 x 109/L).
Tabela 3: Volume de injeção para dose de 0,3 mg/kg
Faixa de peso do paciente (kg) | Volume de injeção (mL) | Tipo de Kit |
30,0 – 40,8 | 0,2 | Kit de 45 mg (contendo 1 frasco-ampola de 45 mg) |
40,9 – 57,4 | 0,3 | |
57,5 – 74,1 | 0,4 | |
74,2 – 90,8 | 0,5 | |
90,9 – 107,4 | 0,6 | |
107,5 – 124,1 | 0,7 | |
124,2 – 140,8 | 0,8 | |
140,9 – 157,4 | 0,9 | |
157,5 – 174,1 | 1,0 | Kit de 60 mg (contendo 1 frasco-ampola de 60 mg) |
174,2 – 180,0 | 1,1 |
A dose alvo de Sotatercepte é de 0,7 mg/kg (veja Tabela 4) administrada a cada 3 semanas.
Obtenha e analise a hemoglobina (Hb) e a contagem de plaquetas antes de aumentar para a dose alvo de 0.7 mg/kg. Continuar o tratamento a 0,7 mg/kg a cada 3 semanas, a menos que sejam necessários ajustes posológicos.
Tabela 4: Volume de injeção para dose de 0,7 mg/kg
Faixa de peso do paciente (kg) | Volume de injeção (mL) | Tipo de Kit |
30,0 – 31,7 | 0,4 | Kit de 45 mg (contendo 1 frasco-ampola de 45 mg) |
31,8 – 38,9 | 0,5 | |
39,0 – 46,0 | 0,6 | |
46,1 – 53,2 | 0,7 | |
53,3 – 60,3 | 0,8 | |
60,4 – 67,4 | 0,9 | |
67,5 – 74,6 | 1,0 | Kit de 60 mg (contendo 1 frasco-ampola de 60 mg) |
74,7 – 81,7 | 1,1 | |
81,8 – 88,9 | 1,2 | |
89,0 – 96,0 | 1,3 | Kit de 90 mg (contendo 2 frascos- ampolas 45 mg) |
96,1 – 103,2 | 1,4 | |
103,3 – 110,3 | 1,5 | |
110,4 – 117,4 | 1,6 | |
117,5 – 124,6 | 1,7 | |
124,7 – 131,7 | 1,8 | |
131,8 – 138,9 | 1,9 | Kit de 120 mg (contendo 2 frascos-ampolas de 60 mg) |
139,0 – 146,0 | 2,0 | |
146,1 – 153,2 | 2,1 | |
153,3 – 160,3 | 2,2 | |
160,4 – 167,4 | 2,3 | |
167,5 e acima | 2,4 |
Se uma dose de Sotatercepte for esquecida, administrar o mais rápido possível. Se a dose esquecida de Sotatercepte não for aplicada dentro de 3 dias da data programada, ajuste o cronograma para manter intervalos de dosagem de 3 semanas. Em caso de superdose ou subdose, considere retreinar o paciente ou o cuidador sobre a administração adequada, conforme apropriado. Em caso de superdose, monitorar a eritrocitose.
Foram observados aumentos na Hb para níveis superiores a 2 g/dL acima do limite superior da normalidade (LSN) e reduções na contagem de plaquetas < 50.000/mm3 (< 50,0 x 109/L). Verifique a contagem de Hb e plaquetas antes de cada dose para as primeiras 5 doses, ou por mais tempo se os valores estiverem instáveis. Depois disso, monitore a Hb e a contagem de plaquetas periodicamente. Considere a avaliação do risco-benefício individualizada para o paciente para determinar se a modificação da dose é adequada.
Para atrasos de tratamento com duração > 9 semanas, reiniciar o tratamento a 0,3 mg/kg e aumentar para 0,7 mg/kg após verificar níveis aceitáveis de Hb e contagem de plaquetas.
A segurança e eficácia do Sotatercepte não foram estabelecidas em pacientes com menos de 18 anos de idade.
Não é necessário ajuste de dose de Sotatercepte com base na idade.
Não é necessário ajuste posológico de Sotatercepte com base na insuficiência renal leve ou moderada. O sotatercepte não foi estudado em pacientes com HAP com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73 m2).
A utilização de Sotatercepte não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática (Classificação de Child-Pugh A a C). Não se espera que a insuficiência hepática influencie o metabolismo do sotatercepte, uma vez que o sotatercepte é metabolizado através do catabolismo celular.
Como os ensaios clínicos são conduzidos em condições muito variadas, as taxas de reações adversas observadas nos ensaios clínicos de um medicamento não podem ser diretamente comparadas com as taxas nos ensaios clínicos de outro medicamento e podem não refletir as taxas observadas na prática.
Os dados a seguir refletem a exposição a Sotatercepte no estudo clínico pivotal STELLAR. Os pacientes (n=323) foram randomizados em uma proporção de 1:1 para receber Sotatercepte ou placebo em combinação com terapias padrão de tratamento (SOC). Os pacientes receberam uma dose inicial de 0,3 mg/kg por injeção SC e a dose foi aumentada para a dose alvo de 0,7 mg/kg uma vez a cada 3 semanas durante 24 semanas. Após completar a fase de tratamento primário de 24 semanas, os pacientes continuaram em um período de tratamento duplo-cego de longo prazo (LTDB), mantendo sua terapia atual, até que todos os pacientes completassem o período de tratamento primário. As medianas das durações do tratamento foram semelhantes entre os grupos placebo e Sotatercepte (229,5 dias vs 252,0 dias, respetivamente).
As reações adversas que ocorreram no estudo STELLAR quando todos os pacientes completaram o período primário de 24 semanas do estudo estão resumidas na Tabela 5.
Tabela 5: Reações adversas em pacientes que receberam Sotatercepte (DBPC + LTDB)*
Reação adversa | Placebo N=160 | Sotatercepte N=163 |
Reação muito comum (>1/10) | ||
Cefaleia | 17,5% | 24,5% |
Epistaxe | 1,9% | 22,1% |
Telangiectasia | 3,8% | 16,6% |
Diarreia | 10,0% | 15,3% |
Tontura | 4,4% | 14,7% |
Erupção cutânea† | 4,4% | 12,3% |
Trombocitopenia‡ | 3,1% | 10,4% |
Reação comum (>1/100 e <1/10) | ||
Aumento da hemoglobina‡ | 0,6% | 8,6% |
Aumento da pressão arterial‡ | 0,6% | 4,3% |
Eritema† | 0,6% | 3,1% |
* Período duplo-cego controlado por placebo + Período duplo-cego de longo prazo do estudo STELLAR.
† MedDRA HLT.
‡ Compostos de termos preferenciais (PT) ou Pesquisas MedDRA Padronizadas (SMQ). Aumento da hemoglobina: Hemoglobina aumentada; Hematócrito aumentado; Policitemia. Trombocitopenia: SMQ Trombocitopenia hematopoiética (estreita). Aumento da pressão arterial: SMQ Hipertensão (ampla).
A maioria dos eventos de aumento de Hb (aumento de Hb, policitemia) foram não graves, leves e reversíveis, e não foram associados à descontinuação da terapia. Elevações moderadas na Hb (>2 g/dL acima do LSN) ocorreram em 12,3% dos pacientes em uso de Sotatercepte. Não foram observadas elevações graves (≥ 4 g/dL acima do LSN). Os aumentos na Hb foram controláveis por atrasos de dose, reduções de dose ou ambos.
A maioria dos eventos de trombocitopenia (trombocitopenia e diminuição de contagem de plaquetas) foram não graves, leves, reversíveis e não foram associados à descontinuação da terapia. Redução acentuada na contagem de plaquetas < 50.000/mm3 (< 50,0 x 109/L) ocorreu em 1,8% dos pacientes em uso de Sotatercepte.
Os eventos de telangiectasias não foram graves e não progrediram em gravidade ao longo do tempo. Em todos os pacientes expostos à Sotatercepte, a mediana do tempo até o início foi de 47,1 semanas. As descontinuações da terapia devido a telangiectasias foram de 1% no grupo Sotatercepte vs 0% no grupo placebo. Nenhum episódio de sangramento grave foi associado a telangiectasias.
Os eventos de aumento da pressão arterial (hipertensão, pressão arterial diastólica aumentada, pressão arterial aumentada) não foram graves e nenhum evento grave foi relatado. Em pacientes recebendo Sotatercepte, a pressão arterial sistólica média aumentou 2,2 mmHg em relação ao valor basal e a pressão arterial diastólica aumentou 4,9 mmHg em 24 semanas. Nos pacientes que receberam placebo, a alteração em relação ao valor basal da pressão arterial sistólica média foi de -1,6 mmHg e a alteração de -0,6 mmHg na pressão arterial diastólica.
A incidência global de descontinuação do tratamento devido a uma reação adversa foi de 4% no grupo Sotatercepte e de 7% no grupo placebo. Não houve reações adversas específicas que causassem descontinuação do tratamento que ocorreram com frequência superior a 1% e mais frequentemente no grupo Sotatercepte.
Dados de segurança de longo prazo estão disponíveis a partir de um estudo clínico de Fase 2 (PULSAR) que compreendeu um período de tratamento de 24 semanas, duplo-cego, controlado por placebo, seguido por um período de extensão aberto de 30 meses (n=104). A maioria desses pacientes continuou em um estudo de acompanhamento de longo prazo.
O tempo médio de exposição a Sotatercepte no PULSAR e no estudo de acompanhamento a longo prazo foi de 151 semanas, com exposição máxima de 218 semanas. O perfil de segurança foi geralmente semelhante ao observado no estudo STELLAR. No entanto, não foram observadas telangiectasias durante o período de tratamento duplo-cego controlado por placebo no PULSAR. A telangiectasia foi relatada pela primeira vez na extensão aberta, ocorrendo em 27% dos pacientes no final do estudo, com um tempo mediano para o início de 106 semanas.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Em voluntários sadios, Sotatercepte na dose de 1 mg/kg resultou em aumentos na Hb associada à hipertensão; ambos melhoraram com flebotomia. Em caso de superdose, monitore atentamente os aumentos da Hb e da pressão arterial e forneça cuidados de suporte conforme adequado. Sotatercepte não é dialisável durante a hemodiálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Nenhuma interação medicamentosa foi identificada com base nos dados disponíveis.
Foram observados aumentos de hemoglobina (Hb) em pacientes durante o tratamento com Sotatercepte. A eritrocitose grave pode aumentar o risco de eventos tromboembólicos ou síndrome de hiperviscosidade. Monitorar a Hb antes de cada nas primeiras 5 doses, ou por mais tempo caso os valores estiverem instáveis e, posteriormente, periodicamente, para determinar se são necessários ajustes posológicos.
Foi observada diminuição da contagem de plaquetas em alguns pacientes usando Sotatercepte e foi observada trombocitopenia grave (contagem de plaquetas < 50.000/mm3 (< 50,0 x 109/L)). A trombocitopenia ocorreu com maior frequência em pacientes que também estavam recebendo infusão de prostaciclina.
Não inicie o tratamento se a contagem de plaquetas for <50.000/mm3 (<50 x 109/L).
Monitorar a contagem de plaquetas antes de cada dose nas primeiras 5 doses, ou por mais tempo se os valores estiverem instáveis, e, posteriormente, periodicamente, para determinar se são necessários ajustes posológicos.
Em estudos clínicos, foram relatados casos graves de hemorragia (por exemplo, hemorragia gastrointestinal, intracraniana) em 4% dos pacientes em terapia com Sotatercepte e em 1% daqueles que receberam placebo. Os pacientes com eventos hemorrágicos graves tinham maior probabilidade de estar em terapia com prostaciclina e/ou agentes antitrombóticos, ou apresentar contagens baixas de plaquetas. Aconselhe os pacientes sobre sinais e sintomas de perda de sangue. Avalie e trate o sangramento adequadamente. Não administre Sotatercepte se o paciente estiver apresentando um evento hemorrágico grave.
Com base em achados em estudos de reprodução animal, Sotatercepte pode causar danos fetais quando administrado a uma gestante. Aconselhar as gestantes sobre o risco potencial para o feto. Aconselhar mulheres com potencial reprodutivo a utilizar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento com Sotatercepte e por, pelo menos, 4 meses após a dose final.
Com base em achados em animais, Sotatercepte pode prejudicar a fertilidade feminina e masculina. Aconselhar os pacientes sobre os potenciais efeitos na fertilidade.
Este medicamento pode causar doping.
Não há dados disponíveis sobre o uso de Sotatercepte em gestantes para informar um risco associado ao medicamento de defeitos congênitos graves e aborto espontâneo. No entanto, com base em estudos de toxicidade embriofetal animal, Sotatercepte pode causar perda pós-implantação ou danos fetais quando administrado a uma gestante. Aconselhar gestantes o risco potencial para o feto.
O risco de antecedentes de defeitos congênitos graves e aborto espontâneo para a população indicada não é conhecido. Os desfechos adversos na gravidez ocorrem independentemente da saúde da mãe ou do uso de medicamentos. Na população geral dos EUA, o risco basal estimado de defeitos congênitos graves e aborto espontâneo em gestações clinicamente reconhecidas é de 2% a 4% e 15% a 20%, respectivamente.
Gestantes com HAP apresentam risco de insuficiência cardíaca, parto prematuro e morte materna e fetal.
Em ratas e coelhas prenhes, as exposições ao sotatercepte ≥ 4 vezes e ≥ 0,6 vezes a DHMR, respectivamente, resultaram em diminuições no peso fetal, atrasos na ossificação e aumentos nas reabsorções e perda pós-implantação. Com 15 vezes a DHMR, os fetos de ratas tiveram uma incidência aumentada de variações esqueléticas (aumento do número de costelas supranumerárias e alterações no número de vértebras torácicas ou lombares). Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal, filhotes de ratos de mães lactantes expostos a níveis de sotatercepte ≥ 2 vezes a DHMR tiveram pesos corporais reduzidos que se correlacionaram com atrasos na maturação sexual.
Não existem dados sobre a presença de sotatercepte no leite humano, os efeitos no lactente ou os efeitos na produção de leite. Uma vez que não se sabe se o sotatercepte é excretado no leite materno, evite o uso de sotatercepte em lactantes.
Uso criterioso no aleitamento ou na doação de leite humano: O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação e acompanhamento do seu médico ou cirurgião-dentista.
O teste de gravidez é recomendado para mulheres com potencial reprodutivo antes de iniciar o tratamento.
As mulheres com potencial reprodutivo devem utilizar contracepção eficaz durante o tratamento com Sotatercepte e durante pelo menos 4 meses após a última dose, se o tratamento for descontinuado.
Categoria: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Com base nos achados em animais, o sotatercepte pode prejudicar a fertilidade feminina e masculina. Os efeitos adversos sobre a fertilidade em ratos machos foram reversíveis após um período de 13 semanas.
A segurança e eficácia de Sotatercepte não foram estabelecidas em pacientes com menos de 18 anos de idade.
Nenhum ajuste de dose de Sotatercepte é necessário com base na idade. Um total de 81 pacientes com idade ≥ 65 anos participaram de estudos clínicos para HAP, dos quais 52 (16%) foram tratados com Sotatercepte.
Não foram observadas diferenças globais na eficácia de Sotatercepte entre os subgrupos com idade de < 65 anos e ≥ 65 anos.
Com exceção dos eventos hemorrágicos (um grupo coletivo de eventos adversos de interesse clínico), não houve diferenças na segurança entre os subgrupos com idade de < 65 anos e ≥ 65 anos. Os eventos hemorrágicos ocorreram mais comumente no subgrupo Sotatercepte mais velho; no entanto, não houve desequilíbrio notável entre os subgrupos etários para qualquer evento hemorrágico específico.
No estudo STELLAR, 10 de um total de 323 pacientes (3%) tinham 75 anos ou mais.
Não é necessário ajuste posológico de Sotatercepte com base na insuficiência renal leve ou moderada. O sotatercepte não foi estudado em pacientes com HAP com insuficiência renal grave (TFGe <30 mL/min/1,73 m2).
A utilização de Sotatercepte não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática (Classificação de Child-Pugh A a C). Não é esperado que a insuficiência hepática influencie o metabolismo do sotatercepte, uma vez que o sotatercepte é metabolizado através do catabolismo celular.
A eficácia de Sotatercepte foi avaliada em pacientes adultos com HAP no estudo STELLAR. O STELLAR foi um estudo clínico global, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, de grupos paralelos, no qual 323 pacientes com HAP (Grupo 1 CF II ou III da OMS) foram randomizados 1:1 para receber Sotatercepte (dose alvo de 0,7 mg/kg) (n=163) ou placebo (n=160) administrado por via subcutânea uma vez a cada 3 semanas.
As características demográficas e clínicas iniciais foram geralmente comparáveis entre os grupos Sotatercepte e placebo. Os participantes deste estudo eram adultos com idade mediana de 48,0 anos (intervalo: de 18 a 82 anos); peso médio 68 kg (intervalo: de 38,0 a 141,3 kg); 89,2% dos participantes eram brancos e 79,3% não eram hispânicos ou latinos; e 79,3% eram do sexo feminino. As etiologias mais comuns de HAP foram HAP idiopática (58,5%), HAP hereditária (18,3%) e HAP associada a doenças do tecido conjuntivo (DTC) (14,9%). O tempo médio entre o diagnóstico de HAP e a seleção foi de 8,76 anos. A maioria dos participantes estava recebendo terapia de base tripla (61,3%) ou dupla (34,7%) para HAP, e mais de um terço (39,9%) estava recebendo infusões de prostaciclina. Todos os pacientes estavam recebendo terapia de base estável para HAP há pelo menos 90 dias e continuaram assim durante todo o estudo. As proporções de participantes em CF II da OMS (48,6%) e em CF III da OMS (51,4%) foram semelhantes em ambos os grupos.
O estudo STELLAR excluiu pacientes com diagnóstico de hipertensão pulmonar (HP) dos Grupos 2, 3, 4 ou 5 da OMS; HAP associada ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), HAP associada à hipertensão portal, HAP associada à esquistossomose e doença veno-oclusiva pulmonar. Outros critérios de exclusão incluíram, mas não se limitaram a: nível de hemoglobina acima do limite superior de normalidade específico por gênero na triagem, conforme teste laboratorial local; contagem basal de plaquetas <50.000/mm3 (<50,0 × 109/L) na triagem; hipertensão sistêmica não controlada, evidenciada por pressão arterial (PA) sistólica sentada >160 mmHg ou PA diastólica sentada >100 mmHg durante a visita após um período de repouso; PA sistólica basal <90 mmHg na triagem.
O desfecho primário de eficácia foi a mudança em relação ao valor basal na Semana 24 na distância no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). No grupo de tratamento Sotatercepte, a mediana da mudança ajustada por placebo no TC6M em relação ao valor basal na Semana 24, foi de 40,8 metros (IC 95%: 27,5; 54,1; p < 0,001). A mediana das mudanças ajustadas por placebo no TC6M na Semana 24, também foi avaliada em subgrupos (veja Figura 1).
Figura 1: Mudança na distância do teste de caminhada de 6 minutos (metros) basal na Semana 24 em subgrupos
A mudança em relação à linha de base no TC6M na Semana 24 para os indivíduos que morreram recebeu um valor de -2000 metros para receber a pior classificação. A mudança em relação à linha de base no TC6M na Semana 24 para indivíduos que faltaram dados devido a um evento de piora clínica não fatal foi imputada a -1000 metros para receber a próxima pior classificação.
A melhora clínica foi um desfecho pré-definido medido pela proporção de pacientes que atingiram todos os três seguintes critérios na Semana 24 em relação ao valor basal: melhora no TC6M (aumento ≥ 30 m), melhora no peptídeo natriurético pró-tipo B N-terminal (NT-proBNP) (diminuição no NT-proBNP ≥ 30% ou manutenção/obtenção do nível de NT-proBNP < 300 ng/L) e melhora da CF OMS ou manutenção da CF II da OMS. A progressão da doença foi medida pelo tempo até o óbito ou primeira ocorrência de um evento de piora clínica. Os eventos de piora clínica incluíram inclusão na lista para transplante pulmonar e/ou cardíaco, necessidade de iniciar terapia de resgate com uma terapia de HAP de base aprovada ou a necessidade de aumentar a dose de prostaciclina infusional em ≥ 10%, necessidade de septostomia atrial, hospitalização por piora da HAP (≥ 24 horas), ou deterioração da HAP (piora da CF da OMS e redução da distância do TC6M ≥ 15%, com ambos os eventos ocorrendo ao mesmo tempo ou em momentos diferentes). Os eventos de piora clínica e óbito foram registrados até que o último paciente completasse a visita da Semana 24 (dados até a linha de corte dos dados; duração mediana da exposição de 33,6 semanas).
Os pacientes tratados com Sotatercepte apresentaram melhora clínica estatisticamente significativa, melhora na CF da OMS e atraso na progressão da doença, incluindo redução do risco de morte e hospitalização em comparação aos pacientes tratados com placebo (veja Tabela 1, Tabela 2 e Figura 2).
Tabela 1: Resultados secundários de eficácia do estudo STELLAR
Desfecho | Placebo (N=160) | Sotatercepte (N=163) | IC 95% | Valor de p |
Proporção de pacientes que obtiveram melhora multicomponente* (MMC) a partir da linha de base na Semana 24, n (%) | 16 (10,1) | 63 (38,9)† | N/A | < ,001‡ |
Alteração da RVP basal na Semana 24 (ASE) (dinas*seg/cm^5) | N/A | -234,6 (27,5)§ | (-288,4; -180,8) | < ,001¶ |
Alteração dos níveis basais de NT-proBNP na Semana 24 (ASE) (pg/mL) | N/A | -441,6 (67,3)# | (-573,5; -309,6) | < ,001¶ |
Proporção de pacientes que melhoram a CF desde o início na Semana 24, n (%) | 22 (13,8) | 48 (29,4)† | N/A | < ,001‡ |
Tempo até o óbito ou a primeira ocorrência de um evento de piora clínicaÞ, n (%) | 42 (26,3) | 9 (5,5) | 0,163 (0,076; 0,347)ß | < ,001à |
Proporção de pacientes que mantiveram ou alcançaram um escoreè de baixo risco na Semana 24 versus linha de base, n (%) | 29 (18,2) | 64 (39,5) | N/A | < ,001‡ |
Mudança da linha de base na pontuação do domínio de impactos físicos da HAP SYMPACT®ð na Semana 24 (ASE) | N/A | -0,26 (0,115)ø | -(0,490; -0,040) | < ,010¶ |
Mudança da linha de base no escore do domínio de sintomas cardiopulmonares da HAP SYMPACT®ð na Semana 24 (ASE) | N/A | -0,13 (0,062)ø | (-0,256; -0,014) | 0,028¶ |
Mudança em relação à linha de base no escore do domínio de impactos cognitivos/emocionais da HAP SYMPACT®ð na Semana 24 (ASE) | N/A | -0,16 (0,123)ø | (-0,399; 0,084) | 0,156¶ |
ASE = erro padrão assintótico.
Nota: Sempre que foram utilizados fatores de randomização estratificados, os fatores de randomização estratificados foram CF da OMS de base (Classe II ou III) e terapia de base para HAP (terapia mono/dupla ou tripla).
*Um paciente satisfaz o MMC se todos os sintomas seguintes ocorrerem na Semana 24 em relação ao valor basal: melhora no TC6M (aumento ≥ 30 m), melhora no NT-proBNP (redução ≥ 30% ou manutenção/obtenção de NT-proBNP < 300 pg/mL) e melhora da CF da OMS ou manutenção da CF II da OMS.
† Um resultado ausente na Semana 24, não devido à COVID-19, foi considerado um não respondedor. Os indivíduos que faltaram às avaliações devido à COVID-19 foram retirados do denominador.
‡ A comparação com placebo utiliza o método Cochran-Mantel-Haenszel (CMH) estratificado por fatores de randomização.
§ Estimativa de mudança de localização de Hodges-Lehmann em relação ao placebo (mediana de todas as diferenças pareadas). A mudança em relação ao valor inicial da RVP na Semana 24 para indivíduos que faleceram foi atribuída como 20.000 para receber a pior classificação. A mudança em relação ao valor inicial da RVP na Semana 24 para indivíduos que tinham dados faltantes devido a um evento de agravamento clínico não fatal foi imputada como 15.000 para receber a próxima pior classificação.
¶ O valor p de Wilcoxon refere-se ao valor p do teste de Wilcoxon estratificado por classificação alinhados com fatores de randomização como estratos.
# Estimativa de mudança de localização de Hodges-Lehmann em relação ao placebo (mediana de todas as diferenças pareadas). A mudança da linha de base no NT-proBNP na Semana 24 para indivíduos que morreram foi atribuída como 200.000 para receber a pior classificação. A mudança em relação à linha de base no NT-proBNP na Semana 24 para indivíduos que tinham dados faltantes devido a um evento de agravamento clínico não fatal foi imputada como 150.000 para receber a próxima pior classificação.
Þ Tempo até o óbito ou a primeira ocorrência de qualquer um dos seguintes eventos de piora clínica: a)piora relacionada à inclusão em lista para transplante de pulmão e/ou coração, b) necessidade de iniciar terapia de resgate com uma terapia HAP de base aprovada ou a necessidade de aumentar a dose de prostaciclina em 10% ou mais, c) necessidade de septostomia atrial, d) hospitalização por agravamento da HAP (≥ 24 horas), e) deterioração da HAP definida por ambos os seguintes eventos ocorridos a qualquer momento (mesmo que tenham começado em momentos diferentes) em comparação com seus valores basais: piora da CF da OMS e diminuição da distância no TC6M em ≥ 15%, confirmada por 2 exames com pelo menos 4 horas de intervalo, mas não mais de 1 semana.
ß A razão de risco (Sotatercepte/placebo) foi derivada de um modelo de risco proporcional de Cox com grupo de tratamento como covariável estratificada pelos fatores de randomização.
à Comparação do teste log-rank com placebo estratificado pelos fatores de randomização.
è Utilização de calculadora do escore de risco francesa.
ð Hipertensão Arterial Pulmonar – Sintomas e Impacto.
ø Mudança de localização de Hodges-Lehmann em relação à estimativa do placebo (mediana de todas as diferenças pareadas). A mudança em relação à linha de base nas pontuações do SYMPACT na Semana 24 para indivíduos que morreram foi assinalada como 200 para receber a pior classificação. A mudança em relação à linha de base nos escores do SYMPACT na Semana 24 para indivíduos que tinham dados faltantes devido a um evento de agravamento clínico não fatal foi imputada como 150 para receber a próxima pior classificação.
Tabela 2: Morte ou Eventos de Piora Clínica
- | Placebo (N=160) | Sotatercepte (N=163) |
Número total de indivíduos que sofreram óbito ou pelo menos um evento de piora clínica, n (%) | 42 (26,3) | 9 (5,5) |
Avaliação de óbito ou primeira ocorrência de piora clínica*, n (%) | ||
Morte | 6 (3,8) | 2 (1,2) |
Piora relacionada à inclusão em lista para transplante de pulmão e/ou coração | 1 (0,6) | 1 (0,6) |
Necessidade de iniciar terapia de resgate com terapia de HAP aprovada ou necessidade de aumentar a dose de prostaciclina por infusão em 10% ou mais | 17 (10,6) | 2 (1,2) |
Necessidade de septostomia atrial | 0 (0,0) | 0 (0,0) |
Hospitalização específica para HAP (≥ 24 horas) | 7 (4,4) | 0 (0,0) |
Deterioração da HAP† | 15 (9,4) | 4 (2,5) |
* Um indivíduo pode ter mais de uma avaliação registrada para seu primeiro evento de piora clínica. Houve 3 indivíduos que receberam placebo e 0 indivíduo que recebeu sotatercepte que tiveram mais de uma avaliação registrada para seu primeiro evento de piora clínica.
† A deterioração da terapia para HAP é definida por ambos os seguintes eventos ocorrendo a qualquer momento, mesmo que tenham começado em momentos diferentes, em comparação com seus valores basais: (a) Piora da classe funcional da OMS (II para III, III para IV, II para IV, etc.); e (b) Diminuição da distância no TC6M em ≥ 15% (confirmada por dois TC6M com pelo menos 4 horas de intervalo, mas não mais do que uma semana).
N = número de indivíduos da população FAS; n = número de indivíduos da categoria. As porcentagens são calculadas como (n/N)*100.
Figura 2: Tempo até a morte ou primeira ocorrência de eventos de piora clínica - Gráfico de Kaplan-Meier
Referências Bibliográficas
Hoeper MM, Badesch DB, Ghofrani HA, et al. Phase 3 Trial of Sotatercept for Treatment of Pulmonary Arterial Hypertension. The New England Journal of Medicine 2023.
Classe terapêutica: Sotatercepte (sotatercepte) é um inibidor de sinalização de activina.
O sotatercepte é um inibidor da sinalização de activina com alta seletividade para activina A, uma glicoproteína dimérica que pertence à superfamília de ligantes do fator de crescimento transformador β (TGF-β). A activina A se liga ao receptor de activina tipo IIA (ActRIIA) regulando a sinalização chave para inflamação, proliferação celular, apoptose e homeostase tecidual.
Os níveis de activina A estão aumentados em pacientes com HAP. A ligação da activina ao ActRIIA promove sinalização proliferativa enquanto há uma diminuição na sinalização do receptor morfogenético ósseo tipo II (BMPR-II) antiproliferativo. O desequilíbrio da sinalização ActRIIA-BMPRII subjacente à HAP resulta em hiperproliferação de células vasculares, causando remodelamento patológico da parede arterial pulmonar, estreitamento da luz arterial, aumento da resistência vascular pulmonar, aumento da pressão da artéria pulmonar e disfunção ventricular direita.
O sotatercepte consiste em uma proteína de fusão do receptor homodimérico de activina recombinante tipo IIA-Fc (ActRIIA-Fc) que atua como um captador do ligante que elimina o excesso de activina A e outros ligantes para ActRIIA para inibir a sinalização de activina. Como resultado, o sotatercepte reequilibra a sinalização pró-proliferativa (ActRIIA/Smad2/3-mediado) e antiproliferativa (BMPRII/Smad1/5/8 mediado) para modular a proliferação vascular. Em modelos de HAP em ratos, um análogo do sotatercepte reduziu a expressão de marcadores pró-inflamatórios na parede arterial pulmonar, reduziu o recrutamento leucocitário, inibiu a proliferação de células endoteliais e musculares lisas e promoveu apoptose na vasculatura doente. Essas alterações celulares foram associadas a paredes mais finas dos vasos, remodelamento arterial e ventricular direito reversos e melhora hemodinâmica. Em estudos clínicos de HAP, Sotatercepte diminuiu a resistência vascular pulmonar e reverteu o remodelamento do ventrículo direito.
Um estudo clínico de fase 2 avaliou a resistência vascular pulmonar (RVP) em pacientes com HAP após 24 semanas de tratamento com sotatercepte. A diminuição em relação ao valor basal na RVP foi significativamente maior nos grupos sotatercepte 0,7 mg/kg e 0,3 mg/kg em comparação com o grupo placebo. A diferença média dos mínimos quadrados (MQ) ajustados por placebo em relação ao valor basal foi de -269,4 dinas*seg/cm5 (IC 95%: -365,8; -173,0) para o grupo sotatercepte 0,7 mg/kg e -151,1 dinas*seg/cm5 (IC 95%: -249,6; -52,6) para o grupo sotatercepte 0,3 mg/kg. No STELLAR, a diminuição em relação ao valor basal da RVP foi também significativamente maior no grupo sotatercepte 0,7 mg/kg em comparação com o grupo placebo.
Em pacientes com HAP, a média geométrica (%CV) da área sob a curva (AUC) em estado estável e a concentração de pico em estado estável (Cmáx) na dose de 0,7 mg/kg a cada 3 semanas (Q3W) foram 171,3 mcg×d/mL (34,2%) e 9,7 mcg/mL (30%CV), respectivamente. A AUC e Cmáx do sotatercepte aumentam proporcionalmente com a dose. O estado de equilíbrio é alcançado após aproximadamente 15 semanas com a dosagem múltipla Q3W. A razão de acumulação da AUC do sotatercepte foi de aproximadamente 2,2.
A formulação SC tem uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 66%. A concentração máxima de sotatercepte é atingida em um tempo mediano até o pico da concentração do medicamento (Tmáx) de aproximadamente 7 dias (intervalo de 2 a 8 dias) após doses SC múltiplas (0,1 mg/kg a cada 4 semanas) em mulheres na pós-menopausa.
O volume central de distribuição (%CV) do sotatercepte é de aproximadamente 3,6 L (24,7%). O volume periférico de distribuição (%CV) é de aproximadamente 1,7 L (73,3%).
A depuração do sotatercepte é de aproximadamente 0,18 L/dia. A média geométrica da meia-vida terminal (%CV) é de aproximadamente 21 dias (33,8%).
O sotatercepte é catabolizado por processos gerais de degradação de proteínas.
Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na farmacocinética (PK) do sotatercepte com base na idade (18 a 81 anos de idade), sexo ou raça.
A depuração (CL) e o volume central de distribuição (Vc) do sotatercepte aumentaram com o aumento do peso corporal. O regime posológico baseado no peso recomendado resulta em exposições consistentes ao sotatercepte, independentemente do peso corporal.
A PK do sotatercepte foi comparável em pacientes com HAP com insuficiência renal leve a moderada (TFGe variando entre 30 e 89 mL/min/1,73m2) e naqueles com função renal normal (TFGe ≥ 90 mL/min/1,73 m2). Além disso, a PK do sotatercepte é comparável entre pacientes com doença renal terminal (DRCT) sem HAP e pacientes com função renal normal. Sotatercepte não é dialisável durante a hemodiálise. Não é recomendado qualquer ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal. O sotatercepte não foi estudado em pacientes com HAP com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73 m2).
Não é esperado que a insuficiência hepática (determinada pela Classificação de Child-Pugh) influencie o metabolismo do sotatercepte, uma vez que o sotatercepte é metabolizado através do catabolismo celular. O sotatercepte não foi estudado em pacientes com HAP com insuficiência hepática (Classificação de Child-Pugh A a C).
A incidência observada de anticorpos antidrogas é altamente dependente da sensibilidade e especificidade do ensaio. Diferenças nos métodos de ensaio impedem comparações significativas da incidência de anticorpos antidrogas no estudo descrito abaixo com a incidência de anticorpos antidrogas em outros estudos, incluindo os de Sotatercepte ou de outros produtos de sotatercepte.
Durante o período de tratamento de 24 semanas no estudo pivotal (STELLAR), 44/163 (27%) dos pacientes tratados com sotatercepte desenvolveram anticorpos anti-sotatercepte. Entre esses 44 pacientes, 12 (27%) testaram positivo para anticorpos neutralizantes contra o sotatercepte. Os anticorpos anti-sotatercepte geralmente tinham títulos baixos, com um título mediano de 30 (variação < 20 a 640).
Não foram identificados efeitos clínicos dos anticorpos anti-sotatercepte na farmacocinética, farmacodinâmica, segurança ou efetividade do sotatercepte durante o período de tratamento de 24 semanas.
Nenhuma toxicidade aguda foi observada em estudos de toxicidade SC de dose repetida em dosagens de até 30 mg/kg em ratos e 50 mg/kg em macacos (doses únicas proporcionaram exposições aproximadamente 15 vezes e 38 vezes, respetivamente, à exposição humana na dose humana máxima recomendada (DHMR) (com base na AUC estimada)).
Em ratos e macacos, os estudos de toxicidade SC de maior duração foram de 3 meses e 9 meses, respectivamente. Em ratos administrados com doses semanais de 0,3, 3 e 30 mg/kg durante 3 meses, os achados adversos incluíram degeneração do ducto eferente/testicular, congestão/necrose da glândula adrenal, glomerulonefrite membranoproliferativa e nefrite tubulointersticial nos rins que ocorreram com uma exposição 18 vezes maior que a DHMR (com base na AUC estimada). Tanto as alterações adrenais quanto as renais demonstraram reversibilidade após um período de recuperação de 1 mês. Em macacos administrados com 1, 2,6 e 10 mg/kg uma vez a cada 4 semanas e 10 mg/kg uma vez a cada 2 semanas, as alterações adversas foram limitadas à glomerulonefrite e nefrite tubulointersticial nos rins que ocorreram em exposições ≥ 6 vezes a DHMR (com base na ASC estimada). As alterações renais em macacos se resolveram parcialmente após um período de recuperação de 3 meses.
Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com o sotatercepte.
Não foram realizados estudos de mutagenicidade com o sotatercepte.
Em um estudo de fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial em ratas, o sotatercepte foi administrado SC uma vez por semana nas doses de 5, 15 e 50 mg/kg a partir de 2 semanas antes do acasalamento e até ao dia 7 de gestação. Em doses ≥ 15 mg/kg (≥ 9 vezes o DHMR, com base na AUC estimada), as taxas de gravidez foram reduzidas e houve aumentos na perda pré e pós-implantação e reduções no tamanho da ninhada viva. O aumento da duração do ciclo estral ocorreu apenas com 50 mg/kg (21 vezes o DHMR, com base na AUC estimada).
Em um estudo de fertilidade em ratos machos, o sotatercepte foi administrado SC uma vez por semana nas doses de 0,3, 3 e 30 mg/kg durante 13 semanas (começando 10 semanas antes do acasalamento). Um subgrupo de animais foi examinado após um período de recuperação de 13 semanas. Com ≥ 0,3 mg/kg (0,5 vezes o DHMR, com base na AUC estimada) houve alterações histológicas irreversíveis nos ductos eferentes, testículos e epidídimos. Ocorreram diminuições reversíveis na fertilidade a 30 mg/kg (20 vezes o DHMR, com base na AUC estimada).
Em estudos de toxicidade para o desenvolvimento embriofetal, animais gestantes foram dosados por via subcutânea com sotatercepte durante o período de organogênese. O sotatercepte foi administrado a ratas nos dias 6 e 13 de gestação nas doses de 5, 15 ou 50 mg/kg e a coelhos nos dias 7e 14 de gestação nas doses de 0,5, 1,5 ou 5 mg/kg. Os efeitos em ambas as espécies incluíram reduções no número de fetos vivos e no peso corporal fetal, atrasos na ossificação e aumentos nas reabsorções e perdas pós-implantação. Em ratos e coelhos, estes efeitos foram observados em exposições (com base na área sob a curva (AUC)) aproximadamente 4 vezes e 0,6 vezes a dose humana máxima recomendada (DHMR), respetivamente. Apenas em ratos, as variações esqueléticas (aumento do número de costelas supranumerárias e mudanças no número de vértebras torácicas ou lombares) ocorreram em uma exposição 15 vezes maior do que a exposição humana no DHMR.
Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o sotatercepte foi administrado por via subcutânea nas doses de 1,5 e 5 mg/kg nos dias 6 e 13 de gestação, ou nas doses de 1,5, 5 ou 10 mg/kg durante a lactação nos dias 1, 8 e 15. Não houve efeitos adversos em filhotes de primeira geração filial (F1) de mães dosadas durante a gestação em exposições estimadas até 2 vezes a DHMR. Em filhotes F1 de mães dosadas durante a lactação, as diminuições no peso dos filhotes correlacionaram-se com atrasos na maturação sexual em exposições estimadas (com base na AUC) ≥ 2 vezes o DHMR.
A eficácia de Sotatercepte foi avaliada em pacientes adultos com HAP no estudo STELLAR. O STELLAR foi um estudo clínico global, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, de grupos paralelos, no qual 323 pacientes com HAP (Grupo 1 CF II ou III da OMS) foram randomizados 1:1 para receber Sotatercepte (dose alvo de 0,7 mg/kg) (n=163) ou placebo (n=160) administrado por via subcutânea uma vez a cada 3 semanas.
As características demográficas e clínicas iniciais foram geralmente comparáveis entre os grupos Sotatercepte e placebo. Os participantes deste estudo eram adultos com idade mediana de 48,0 anos (intervalo: de 18 a 82 anos); peso médio 68 kg (intervalo: de 38,0 a 141,3 kg); 89,2% dos participantes eram brancos e 79,3% não eram hispânicos ou latinos; e 79,3% eram do sexo feminino. As etiologias mais comuns de HAP foram HAP idiopática (58,5%), HAP hereditária (18,3%) e HAP associada a doenças do tecido conjuntivo (DTC) (14,9%). O tempo médio entre o diagnóstico de HAP e a seleção foi de 8,76 anos. A maioria dos participantes estava recebendo terapia de base tripla (61,3%) ou dupla (34,7%) para HAP, e mais de um terço (39,9%) estava recebendo infusões de prostaciclina. Todos os pacientes estavam recebendo terapia de base estável para HAP há pelo menos 90 dias e continuaram assim durante todo o estudo. As proporções de participantes em CF II da OMS (48,6%) e em CF III da OMS (51,4%) foram semelhantes em ambos os grupos.
O estudo STELLAR excluiu pacientes com diagnóstico de hipertensão pulmonar (HP) dos Grupos 2, 3, 4 ou 5 da OMS; HAP associada ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), HAP associada à hipertensão portal, HAP associada à esquistossomose e doença veno-oclusiva pulmonar. Outros critérios de exclusão incluíram, mas não se limitaram a: nível de hemoglobina acima do limite superior de normalidade específico por gênero na triagem, conforme teste laboratorial local; contagem basal de plaquetas <50.000/mm3 (<50,0 × 109/L) na triagem; hipertensão sistêmica não controlada, evidenciada por pressão arterial (PA) sistólica sentada >160 mmHg ou PA diastólica sentada >100 mmHg durante a visita após um período de repouso; PA sistólica basal <90 mmHg na triagem.
O desfecho primário de eficácia foi a mudança em relação ao valor basal na Semana 24 na distância no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). No grupo de tratamento Sotatercepte, a mediana da mudança ajustada por placebo no TC6M em relação ao valor basal na Semana 24, foi de 40,8 metros (IC 95%: 27,5; 54,1; p < 0,001). A mediana das mudanças ajustadas por placebo no TC6M na Semana 24, também foi avaliada em subgrupos (veja Figura 1).
Figura 1: Mudança na distância do teste de caminhada de 6 minutos (metros) basal na Semana 24 em subgrupos
A mudança em relação à linha de base no TC6M na Semana 24 para os indivíduos que morreram recebeu um valor de -2000 metros para receber a pior classificação. A mudança em relação à linha de base no TC6M na Semana 24 para indivíduos que faltaram dados devido a um evento de piora clínica não fatal foi imputada a -1000 metros para receber a próxima pior classificação.
A melhora clínica foi um desfecho pré-definido medido pela proporção de pacientes que atingiram todos os três seguintes critérios na Semana 24 em relação ao valor basal: melhora no TC6M (aumento ≥ 30 m), melhora no peptídeo natriurético pró-tipo B N-terminal (NT-proBNP) (diminuição no NT-proBNP ≥ 30% ou manutenção/obtenção do nível de NT-proBNP < 300 ng/L) e melhora da CF OMS ou manutenção da CF II da OMS. A progressão da doença foi medida pelo tempo até o óbito ou primeira ocorrência de um evento de piora clínica. Os eventos de piora clínica incluíram inclusão na lista para transplante pulmonar e/ou cardíaco, necessidade de iniciar terapia de resgate com uma terapia de HAP de base aprovada ou a necessidade de aumentar a dose de prostaciclina infusional em ≥ 10%, necessidade de septostomia atrial, hospitalização por piora da HAP (≥ 24 horas), ou deterioração da HAP (piora da CF da OMS e redução da distância do TC6M ≥ 15%, com ambos os eventos ocorrendo ao mesmo tempo ou em momentos diferentes). Os eventos de piora clínica e óbito foram registrados até que o último paciente completasse a visita da Semana 24 (dados até a linha de corte dos dados; duração mediana da exposição de 33,6 semanas).
Os pacientes tratados com Sotatercepte apresentaram melhora clínica estatisticamente significativa, melhora na CF da OMS e atraso na progressão da doença, incluindo redução do risco de morte e hospitalização em comparação aos pacientes tratados com placebo (veja Tabela 1, Tabela 2 e Figura 2).
Tabela 1: Resultados secundários de eficácia do estudo STELLAR
Desfecho | Placebo (N=160) | Sotatercepte (N=163) | IC 95% | Valor de p |
Proporção de pacientes que obtiveram melhora multicomponente* (MMC) a partir da linha de base na Semana 24, n (%) | 16 (10,1) | 63 (38,9)† | N/A | < ,001‡ |
Alteração da RVP basal na Semana 24 (ASE) (dinas*seg/cm^5) | N/A | -234,6 (27,5)§ | (-288,4; -180,8) | < ,001¶ |
Alteração dos níveis basais de NT-proBNP na Semana 24 (ASE) (pg/mL) | N/A | -441,6 (67,3)# | (-573,5; -309,6) | < ,001¶ |
Proporção de pacientes que melhoram a CF desde o início na Semana 24, n (%) | 22 (13,8) | 48 (29,4)† | N/A | < ,001‡ |
Tempo até o óbito ou a primeira ocorrência de um evento de piora clínicaÞ, n (%) | 42 (26,3) | 9 (5,5) | 0,163 (0,076; 0,347)ß | < ,001à |
Proporção de pacientes que mantiveram ou alcançaram um escoreè de baixo risco na Semana 24 versus linha de base, n (%) | 29 (18,2) | 64 (39,5) | N/A | < ,001‡ |
Mudança da linha de base na pontuação do domínio de impactos físicos da HAP SYMPACT®ð na Semana 24 (ASE) | N/A | -0,26 (0,115)ø | -(0,490; -0,040) | < ,010¶ |
Mudança da linha de base no escore do domínio de sintomas cardiopulmonares da HAP SYMPACT®ð na Semana 24 (ASE) | N/A | -0,13 (0,062)ø | (-0,256; -0,014) | 0,028¶ |
Mudança em relação à linha de base no escore do domínio de impactos cognitivos/emocionais da HAP SYMPACT®ð na Semana 24 (ASE) | N/A | -0,16 (0,123)ø | (-0,399; 0,084) | 0,156¶ |
ASE = erro padrão assintótico.
Nota: Sempre que foram utilizados fatores de randomização estratificados, os fatores de randomização estratificados foram CF da OMS de base (Classe II ou III) e terapia de base para HAP (terapia mono/dupla ou tripla).
*Um paciente satisfaz o MMC se todos os sintomas seguintes ocorrerem na Semana 24 em relação ao valor basal: melhora no TC6M (aumento ≥ 30 m), melhora no NT-proBNP (redução ≥ 30% ou manutenção/obtenção de NT-proBNP < 300 pg/mL) e melhora da CF da OMS ou manutenção da CF II da OMS.
† Um resultado ausente na Semana 24, não devido à COVID-19, foi considerado um não respondedor. Os indivíduos que faltaram às avaliações devido à COVID-19 foram retirados do denominador.
‡ A comparação com placebo utiliza o método Cochran-Mantel-Haenszel (CMH) estratificado por fatores de randomização.
§ Estimativa de mudança de localização de Hodges-Lehmann em relação ao placebo (mediana de todas as diferenças pareadas). A mudança em relação ao valor inicial da RVP na Semana 24 para indivíduos que faleceram foi atribuída como 20.000 para receber a pior classificação. A mudança em relação ao valor inicial da RVP na Semana 24 para indivíduos que tinham dados faltantes devido a um evento de agravamento clínico não fatal foi imputada como 15.000 para receber a próxima pior classificação.
¶ O valor p de Wilcoxon refere-se ao valor p do teste de Wilcoxon estratificado por classificação alinhados com fatores de randomização como estratos.
# Estimativa de mudança de localização de Hodges-Lehmann em relação ao placebo (mediana de todas as diferenças pareadas). A mudança da linha de base no NT-proBNP na Semana 24 para indivíduos que morreram foi atribuída como 200.000 para receber a pior classificação. A mudança em relação à linha de base no NT-proBNP na Semana 24 para indivíduos que tinham dados faltantes devido a um evento de agravamento clínico não fatal foi imputada como 150.000 para receber a próxima pior classificação.
Þ Tempo até o óbito ou a primeira ocorrência de qualquer um dos seguintes eventos de piora clínica: a)piora relacionada à inclusão em lista para transplante de pulmão e/ou coração, b) necessidade de iniciar terapia de resgate com uma terapia HAP de base aprovada ou a necessidade de aumentar a dose de prostaciclina em 10% ou mais, c) necessidade de septostomia atrial, d) hospitalização por agravamento da HAP (≥ 24 horas), e) deterioração da HAP definida por ambos os seguintes eventos ocorridos a qualquer momento (mesmo que tenham começado em momentos diferentes) em comparação com seus valores basais: piora da CF da OMS e diminuição da distância no TC6M em ≥ 15%, confirmada por 2 exames com pelo menos 4 horas de intervalo, mas não mais de 1 semana.
ß A razão de risco (Sotatercepte/placebo) foi derivada de um modelo de risco proporcional de Cox com grupo de tratamento como covariável estratificada pelos fatores de randomização.
à Comparação do teste log-rank com placebo estratificado pelos fatores de randomização.
è Utilização de calculadora do escore de risco francesa.
ð Hipertensão Arterial Pulmonar – Sintomas e Impacto.
ø Mudança de localização de Hodges-Lehmann em relação à estimativa do placebo (mediana de todas as diferenças pareadas). A mudança em relação à linha de base nas pontuações do SYMPACT na Semana 24 para indivíduos que morreram foi assinalada como 200 para receber a pior classificação. A mudança em relação à linha de base nos escores do SYMPACT na Semana 24 para indivíduos que tinham dados faltantes devido a um evento de agravamento clínico não fatal foi imputada como 150 para receber a próxima pior classificação.
Tabela 2: Morte ou Eventos de Piora Clínica
- | Placebo (N=160) | Sotatercepte (N=163) |
Número total de indivíduos que sofreram óbito ou pelo menos um evento de piora clínica, n (%) | 42 (26,3) | 9 (5,5) |
Avaliação de óbito ou primeira ocorrência de piora clínica*, n (%) | ||
Morte | 6 (3,8) | 2 (1,2) |
Piora relacionada à inclusão em lista para transplante de pulmão e/ou coração | 1 (0,6) | 1 (0,6) |
Necessidade de iniciar terapia de resgate com terapia de HAP aprovada ou necessidade de aumentar a dose de prostaciclina por infusão em 10% ou mais | 17 (10,6) | 2 (1,2) |
Necessidade de septostomia atrial | 0 (0,0) | 0 (0,0) |
Hospitalização específica para HAP (≥ 24 horas) | 7 (4,4) | 0 (0,0) |
Deterioração da HAP† | 15 (9,4) | 4 (2,5) |
* Um indivíduo pode ter mais de uma avaliação registrada para seu primeiro evento de piora clínica. Houve 3 indivíduos que receberam placebo e 0 indivíduo que recebeu sotatercepte que tiveram mais de uma avaliação registrada para seu primeiro evento de piora clínica.
† A deterioração da terapia para HAP é definida por ambos os seguintes eventos ocorrendo a qualquer momento, mesmo que tenham começado em momentos diferentes, em comparação com seus valores basais: (a) Piora da classe funcional da OMS (II para III, III para IV, II para IV, etc.); e (b) Diminuição da distância no TC6M em ≥ 15% (confirmada por dois TC6M com pelo menos 4 horas de intervalo, mas não mais do que uma semana).
N = número de indivíduos da população FAS; n = número de indivíduos da categoria. As porcentagens são calculadas como (n/N)*100.
Figura 2: Tempo até a morte ou primeira ocorrência de eventos de piora clínica - Gráfico de Kaplan-Meier
Referências Bibliográficas
Hoeper MM, Badesch DB, Ghofrani HA, et al. Phase 3 Trial of Sotatercept for Treatment of Pulmonary Arterial Hypertension. The New England Journal of Medicine 2023.
Classe terapêutica: Sotatercepte (sotatercepte) é um inibidor de sinalização de activina.
O sotatercepte é um inibidor da sinalização de activina com alta seletividade para activina A, uma glicoproteína dimérica que pertence à superfamília de ligantes do fator de crescimento transformador β (TGF-β). A activina A se liga ao receptor de activina tipo IIA (ActRIIA) regulando a sinalização chave para inflamação, proliferação celular, apoptose e homeostase tecidual.
Os níveis de activina A estão aumentados em pacientes com HAP. A ligação da activina ao ActRIIA promove sinalização proliferativa enquanto há uma diminuição na sinalização do receptor morfogenético ósseo tipo II (BMPR-II) antiproliferativo. O desequilíbrio da sinalização ActRIIA-BMPRII subjacente à HAP resulta em hiperproliferação de células vasculares, causando remodelamento patológico da parede arterial pulmonar, estreitamento da luz arterial, aumento da resistência vascular pulmonar, aumento da pressão da artéria pulmonar e disfunção ventricular direita.
O sotatercepte consiste em uma proteína de fusão do receptor homodimérico de activina recombinante tipo IIA-Fc (ActRIIA-Fc) que atua como um captador do ligante que elimina o excesso de activina A e outros ligantes para ActRIIA para inibir a sinalização de activina. Como resultado, o sotatercepte reequilibra a sinalização pró-proliferativa (ActRIIA/Smad2/3-mediado) e antiproliferativa (BMPRII/Smad1/5/8 mediado) para modular a proliferação vascular. Em modelos de HAP em ratos, um análogo do sotatercepte reduziu a expressão de marcadores pró-inflamatórios na parede arterial pulmonar, reduziu o recrutamento leucocitário, inibiu a proliferação de células endoteliais e musculares lisas e promoveu apoptose na vasculatura doente. Essas alterações celulares foram associadas a paredes mais finas dos vasos, remodelamento arterial e ventricular direito reversos e melhora hemodinâmica. Em estudos clínicos de HAP, Sotatercepte diminuiu a resistência vascular pulmonar e reverteu o remodelamento do ventrículo direito.
Um estudo clínico de fase 2 avaliou a resistência vascular pulmonar (RVP) em pacientes com HAP após 24 semanas de tratamento com sotatercepte. A diminuição em relação ao valor basal na RVP foi significativamente maior nos grupos sotatercepte 0,7 mg/kg e 0,3 mg/kg em comparação com o grupo placebo. A diferença média dos mínimos quadrados (MQ) ajustados por placebo em relação ao valor basal foi de -269,4 dinas*seg/cm5 (IC 95%: -365,8; -173,0) para o grupo sotatercepte 0,7 mg/kg e -151,1 dinas*seg/cm5 (IC 95%: -249,6; -52,6) para o grupo sotatercepte 0,3 mg/kg. No STELLAR, a diminuição em relação ao valor basal da RVP foi também significativamente maior no grupo sotatercepte 0,7 mg/kg em comparação com o grupo placebo.
Em pacientes com HAP, a média geométrica (%CV) da área sob a curva (AUC) em estado estável e a concentração de pico em estado estável (Cmáx) na dose de 0,7 mg/kg a cada 3 semanas (Q3W) foram 171,3 mcg×d/mL (34,2%) e 9,7 mcg/mL (30%CV), respectivamente. A AUC e Cmáx do sotatercepte aumentam proporcionalmente com a dose. O estado de equilíbrio é alcançado após aproximadamente 15 semanas com a dosagem múltipla Q3W. A razão de acumulação da AUC do sotatercepte foi de aproximadamente 2,2.
A formulação SC tem uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 66%. A concentração máxima de sotatercepte é atingida em um tempo mediano até o pico da concentração do medicamento (Tmáx) de aproximadamente 7 dias (intervalo de 2 a 8 dias) após doses SC múltiplas (0,1 mg/kg a cada 4 semanas) em mulheres na pós-menopausa.
O volume central de distribuição (%CV) do sotatercepte é de aproximadamente 3,6 L (24,7%). O volume periférico de distribuição (%CV) é de aproximadamente 1,7 L (73,3%).
A depuração do sotatercepte é de aproximadamente 0,18 L/dia. A média geométrica da meia-vida terminal (%CV) é de aproximadamente 21 dias (33,8%).
O sotatercepte é catabolizado por processos gerais de degradação de proteínas.
Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na farmacocinética (PK) do sotatercepte com base na idade (18 a 81 anos de idade), sexo ou raça.
A depuração (CL) e o volume central de distribuição (Vc) do sotatercepte aumentaram com o aumento do peso corporal. O regime posológico baseado no peso recomendado resulta em exposições consistentes ao sotatercepte, independentemente do peso corporal.
A PK do sotatercepte foi comparável em pacientes com HAP com insuficiência renal leve a moderada (TFGe variando entre 30 e 89 mL/min/1,73m2) e naqueles com função renal normal (TFGe ≥ 90 mL/min/1,73 m2). Além disso, a PK do sotatercepte é comparável entre pacientes com doença renal terminal (DRCT) sem HAP e pacientes com função renal normal. Sotatercepte não é dialisável durante a hemodiálise. Não é recomendado qualquer ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal. O sotatercepte não foi estudado em pacientes com HAP com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73 m2).
Não é esperado que a insuficiência hepática (determinada pela Classificação de Child-Pugh) influencie o metabolismo do sotatercepte, uma vez que o sotatercepte é metabolizado através do catabolismo celular. O sotatercepte não foi estudado em pacientes com HAP com insuficiência hepática (Classificação de Child-Pugh A a C).
A incidência observada de anticorpos antidrogas é altamente dependente da sensibilidade e especificidade do ensaio. Diferenças nos métodos de ensaio impedem comparações significativas da incidência de anticorpos antidrogas no estudo descrito abaixo com a incidência de anticorpos antidrogas em outros estudos, incluindo os de Sotatercepte ou de outros produtos de sotatercepte.
Durante o período de tratamento de 24 semanas no estudo pivotal (STELLAR), 44/163 (27%) dos pacientes tratados com sotatercepte desenvolveram anticorpos anti-sotatercepte. Entre esses 44 pacientes, 12 (27%) testaram positivo para anticorpos neutralizantes contra o sotatercepte. Os anticorpos anti-sotatercepte geralmente tinham títulos baixos, com um título mediano de 30 (variação < 20 a 640).
Não foram identificados efeitos clínicos dos anticorpos anti-sotatercepte na farmacocinética, farmacodinâmica, segurança ou efetividade do sotatercepte durante o período de tratamento de 24 semanas.
Nenhuma toxicidade aguda foi observada em estudos de toxicidade SC de dose repetida em dosagens de até 30 mg/kg em ratos e 50 mg/kg em macacos (doses únicas proporcionaram exposições aproximadamente 15 vezes e 38 vezes, respetivamente, à exposição humana na dose humana máxima recomendada (DHMR) (com base na AUC estimada)).
Em ratos e macacos, os estudos de toxicidade SC de maior duração foram de 3 meses e 9 meses, respectivamente. Em ratos administrados com doses semanais de 0,3, 3 e 30 mg/kg durante 3 meses, os achados adversos incluíram degeneração do ducto eferente/testicular, congestão/necrose da glândula adrenal, glomerulonefrite membranoproliferativa e nefrite tubulointersticial nos rins que ocorreram com uma exposição 18 vezes maior que a DHMR (com base na AUC estimada). Tanto as alterações adrenais quanto as renais demonstraram reversibilidade após um período de recuperação de 1 mês. Em macacos administrados com 1, 2,6 e 10 mg/kg uma vez a cada 4 semanas e 10 mg/kg uma vez a cada 2 semanas, as alterações adversas foram limitadas à glomerulonefrite e nefrite tubulointersticial nos rins que ocorreram em exposições ≥ 6 vezes a DHMR (com base na ASC estimada). As alterações renais em macacos se resolveram parcialmente após um período de recuperação de 3 meses.
Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com o sotatercepte.
Não foram realizados estudos de mutagenicidade com o sotatercepte.
Em um estudo de fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial em ratas, o sotatercepte foi administrado SC uma vez por semana nas doses de 5, 15 e 50 mg/kg a partir de 2 semanas antes do acasalamento e até ao dia 7 de gestação. Em doses ≥ 15 mg/kg (≥ 9 vezes o DHMR, com base na AUC estimada), as taxas de gravidez foram reduzidas e houve aumentos na perda pré e pós-implantação e reduções no tamanho da ninhada viva. O aumento da duração do ciclo estral ocorreu apenas com 50 mg/kg (21 vezes o DHMR, com base na AUC estimada).
Em um estudo de fertilidade em ratos machos, o sotatercepte foi administrado SC uma vez por semana nas doses de 0,3, 3 e 30 mg/kg durante 13 semanas (começando 10 semanas antes do acasalamento). Um subgrupo de animais foi examinado após um período de recuperação de 13 semanas. Com ≥ 0,3 mg/kg (0,5 vezes o DHMR, com base na AUC estimada) houve alterações histológicas irreversíveis nos ductos eferentes, testículos e epidídimos. Ocorreram diminuições reversíveis na fertilidade a 30 mg/kg (20 vezes o DHMR, com base na AUC estimada).
Em estudos de toxicidade para o desenvolvimento embriofetal, animais gestantes foram dosados por via subcutânea com sotatercepte durante o período de organogênese. O sotatercepte foi administrado a ratas nos dias 6 e 13 de gestação nas doses de 5, 15 ou 50 mg/kg e a coelhos nos dias 7e 14 de gestação nas doses de 0,5, 1,5 ou 5 mg/kg. Os efeitos em ambas as espécies incluíram reduções no número de fetos vivos e no peso corporal fetal, atrasos na ossificação e aumentos nas reabsorções e perdas pós-implantação. Em ratos e coelhos, estes efeitos foram observados em exposições (com base na área sob a curva (AUC)) aproximadamente 4 vezes e 0,6 vezes a dose humana máxima recomendada (DHMR), respetivamente. Apenas em ratos, as variações esqueléticas (aumento do número de costelas supranumerárias e mudanças no número de vértebras torácicas ou lombares) ocorreram em uma exposição 15 vezes maior do que a exposição humana no DHMR.
Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o sotatercepte foi administrado por via subcutânea nas doses de 1,5 e 5 mg/kg nos dias 6 e 13 de gestação, ou nas doses de 1,5, 5 ou 10 mg/kg durante a lactação nos dias 1, 8 e 15. Não houve efeitos adversos em filhotes de primeira geração filial (F1) de mães dosadas durante a gestação em exposições estimadas até 2 vezes a DHMR. Em filhotes F1 de mães dosadas durante a lactação, as diminuições no peso dos filhotes correlacionaram-se com atrasos na maturação sexual em exposições estimadas (com base na AUC) ≥ 2 vezes o DHMR.
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