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    Bula do Idoxuridina

    Princípio Ativo:Idoxuridina

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 17 de Março de 2023.

    Idoxuridina, para o que é indicado e para o que serve?

    Idoxuridina está indicado para o tratamento local das lesões da pele e das mucosas, provocadas pelo vírus do herpes simples, tanto na fase inicial, quanto nas recidivas.

    Quais as contraindicações do Idoxuridina?

    Idoxuridina é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula e para aqueles sensíveis ao iodo.

    Crianças

    Não foram realizados estudos específicos com crianças, para o estabelecimento da segurança do uso da idoxuridina por este grupo. Portanto, Idoxuridina é contraindicado para crianças.

    Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.

    Como usar o Idoxuridina?

    Adicionar o comprimido, que se encontra dentro da embalagem, ao líquido do frasco. Agitar o frasco, até que haja completa dissolução. A seguir, com o auxílio do aplicador de plástico, aplicar a solução formada sobre as lesões, escarificando-as. O tratamento deve ser instituído o mais precocemente possível.

    A freqüência recomendada na administração Idoxuridina é de 3 a 4 aplicações, por dia.

    Recomenda-se continuar o tratamento por 3 a 5 dias, após o desaparecimento das lesões.

    Após a reconstituição, a solução possui um prazo de validade de 15 (quinze) dias, desde que sejam mantidos os cuidados gerais de higiene para com o produto e que este seja guardado em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

    Recomenda-se o uso desta solução para um único tratamento individual. 

    Quais cuidados devo ter ao usar o Idoxuridina?

    As infecções causadas pelo herpes vírus produzem lesões cutâneo-mucosas, que podem acometer as mucosas oral e genital, pele e, embora menos frequentemente, a córnea. As lesões são caracterizadas por vesículas confluentes e dolorosas, contendo líquido claro, as quais se rompem, produzindo úlceras rasas, recobertas por crostas. O líquido das vesículas e as ulcerações contêm grande quantidade de vírus, o que propicia a disseminação destes.

    O contágio se faz através do contato das lesões com pele e mucosas que apresentem solução de continuidade. Portanto, os pacientes devem ser orientados a:

    • Evitar o contato, direto ou através do compartilhamento de objetos pessoais, com outras pessoas;
    • Manter cuidados de higiene, principalmente a lavagem das mãos;
    • Atentar para a assepsia das lesões: lavar as mãos e as áreas acometidas com água e sabão e enxugar as lesões preferencialmente com lenços descartáveis, antes de aplicar a medicação, repetindo a lavagem das mãos, após, evitando, assim, não só o contágio, como a superinfecção;
    • Evitar condições e situações que promovam recidivas, como: o cansaço excessivo, gripes e resfriados, sol (usando constantemente protetor solar no rosto e nos lábios) e frio;
    • Nos casos de herpes genital, os cuidados são os mesmos que aqueles necessários para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis: limitar o número de parceiros sexuais; usar preservativos e se abster de contato sexual com parceiros que apresentam lesões herpéticas;
    • Nas gestantes a termo com lesões herpéticas genitais, o parto cesáreo deve ser considerado.

    Gerais

    Não há advertências ou recomendações especiais para o uso de Idoxuridina na posologia preconizada. Entretanto, se necessários, corticosteróides devem ser administrados com cautela, pois podem promover exacerbação da infecção viral.

    Uso durante a gravidez e lactação

    Embora seja citado na literatura o uso da idoxuridina por gestantes, não foram realizados estudos específicos para o estabelecimento da segurança do uso deste produto por gestantes e lactantes e não há informações sobre sua excreção no leite materno. Portanto, Idoxuridina só deve ser administrado a gestantes e lactantes em situações nas quais os benefícios superem os riscos e sob supervisão médica.

    Categoria de Risco na Gravidez: C.

    Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

    Idosos

    Não há advertências ou recomendações especiais, sobre o uso do produto por pacientes idosos.

    Renais Crônicos

    Não foram realizados estudos específicos para o estabelecimento da segurança do uso deste produto por pacientes portadores de insuficiência renal crônica. Portanto, Idoxuridina deve ser administrado com cautela e consideração do risco/benefício, a estes pacientes.

    Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

    Idoxuridina não afeta a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

    Este medicamento contém lactose.

    Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Idoxuridina?

    De modo geral, Idoxuridina é bem tolerado e as reações adversas observadas com o uso da idoxuridina apresentaram remissão com a descontinuação do tratamento.

    • Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): reações de sensibilidade local (ardor, irritação).
    • Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): reações cutâneas de hipersensibilidade (eritema / urticária, prurido).

    Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA –, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

    Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Idoxuridina maior do que a recomendada?

    Até o momento, não existem relatos de casos de superdosagem com o uso de Idoxuridina.

    Entretanto, é provável que os sintomas incluam exacerbação das reações de sensibilidade local e reações de hipersensibilidade. Possivelmente, cuidados locais e, conforme o caso, o uso de anti-histamínicos sejam benéficos.

    Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

    Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Idoxuridina com outros remédios?

    Não foram observadas interações entre Idoxuridina e outros medicamentos.

    Não foram observadas alterações nos resultados de exames laboratoriais com a utilização tópica da idoxuridina.

    Qual a ação da substância do Idoxuridina?

    Resultados de Eficácia


    Em estudo aberto, pacientes apresentando infecção cutânea recidivante pelo vírus do herpes simples foram tratados com solução aquosa tópica de idoxuridina a 0,1% (n = 11) ou unguento a 0,5% (n = 2). Em todos os casos foram observadas redução dos sintomas e marcada resolução das erupções, em 24 a 72 horas, contrastando com as recidivas anteriores ao tratamento, nas quais as lesões persistiram por 7 a 21 dias.1

    Em outro estudo aberto, foi utilizada solução tópica de idoxuridina a 0,5%, em pacientes (n = 50) portadores de herpes simples (herpes labial n = 11; herpes labial e genital n = 2 e herpes genital n = 37). Pacientes que apresentavam, em média, 10.5 dias de persistência das lesões, apresentaram resolução das mesmas em 3,9 dias, em média. Durante o tratamento, não foram observadas reações adversas relacionadas ao medicamento e, nos 12 meses subsequentes ao tratamento, somente 3 pacientes apresentaram recidiva.2

    O produto Idoxuridina foi utilizado em estudo aberto com pacientes portadoras de herpes genital (n = 45), tanto primário (n = 5), como recidivante (n = 40). Dentre as últimas, 15 estavam grávidas. O autor concluiu que o produto, aplicado topicamente, reduziu sensivelmente a sintomatologia e o período da doença; que a aplicação do produto foi indolor e não promoveu nenhum efeito adverso; que, como algumas das gestantes já haviam dado à luz, não houve nenhum dano para o concepto ou para a gestação e que para a avaliação da redução/remissão das recidivas seria necessário um estudo prospectivo.3

    Referências Bibliográficas:

    1) Hall-Smith, S.P., Corrigan, M.J. e Gilkes, M.B. – Treatment of herpes simplex with 5-Iodo-2’- deoxyuridine. British Medical Journal, 8: 1515-1516, 1962.
    2) Schofiel, C.B.S. – The treatment of herpes progenitalis with 5 iodo-2’-Deoxyuridine. British J. Derm., 76: 465-470,1964.
    3) Barros, M. – Tratamento tópico de herpes simples com o uso do idoxuridine. Rev. Bras. Clin. Terap., X(10): 774-776,1981.

    Características Farmacológicas


    Idoxuridina contém em sua fórmula a idoxuridina (5-iodo-2-deoxiuridina), um nucleotídio pirimidínico que apresenta estrutura química semelhante à da timidina.

    Farmacodinâmica

    A timidina é incorporada à cadeia de nucleotídios, para a formação do DNA viral. Entretanto, em presença da idoxuridina, há uma disponibilidade competitiva entre esta e a timidina e substituição da timidina pela idoxuridina, no DNA viral. A idoxuridina também inibe a DNA-polimerase viral, comprometendo, ainda, outros segmentos da síntese do DNA. Desta forma, esta molécula anômala não só interfere na expressão viral, como impede a replicação do vírus, limitando a infecção.

    Qual a ação da substância do Idoxuridina?

    Resultados de Eficácia


    Em estudo aberto, pacientes apresentando infecção cutânea recidivante pelo vírus do herpes simples foram tratados com solução aquosa tópica de idoxuridina a 0,1% (n = 11) ou unguento a 0,5% (n = 2). Em todos os casos foram observadas redução dos sintomas e marcada resolução das erupções, em 24 a 72 horas, contrastando com as recidivas anteriores ao tratamento, nas quais as lesões persistiram por 7 a 21 dias.1

    Em outro estudo aberto, foi utilizada solução tópica de idoxuridina a 0,5%, em pacientes (n = 50) portadores de herpes simples (herpes labial n = 11; herpes labial e genital n = 2 e herpes genital n = 37). Pacientes que apresentavam, em média, 10.5 dias de persistência das lesões, apresentaram resolução das mesmas em 3,9 dias, em média. Durante o tratamento, não foram observadas reações adversas relacionadas ao medicamento e, nos 12 meses subsequentes ao tratamento, somente 3 pacientes apresentaram recidiva.2

    O produto Idoxuridina foi utilizado em estudo aberto com pacientes portadoras de herpes genital (n = 45), tanto primário (n = 5), como recidivante (n = 40). Dentre as últimas, 15 estavam grávidas. O autor concluiu que o produto, aplicado topicamente, reduziu sensivelmente a sintomatologia e o período da doença; que a aplicação do produto foi indolor e não promoveu nenhum efeito adverso; que, como algumas das gestantes já haviam dado à luz, não houve nenhum dano para o concepto ou para a gestação e que para a avaliação da redução/remissão das recidivas seria necessário um estudo prospectivo.3

    Referências Bibliográficas:

    1) Hall-Smith, S.P., Corrigan, M.J. e Gilkes, M.B. – Treatment of herpes simplex with 5-Iodo-2’- deoxyuridine. British Medical Journal, 8: 1515-1516, 1962.
    2) Schofiel, C.B.S. – The treatment of herpes progenitalis with 5 iodo-2’-Deoxyuridine. British J. Derm., 76: 465-470,1964.
    3) Barros, M. – Tratamento tópico de herpes simples com o uso do idoxuridine. Rev. Bras. Clin. Terap., X(10): 774-776,1981.

    Características Farmacológicas


    Idoxuridina contém em sua fórmula a idoxuridina (5-iodo-2-deoxiuridina), um nucleotídio pirimidínico que apresenta estrutura química semelhante à da timidina.

    Farmacodinâmica

    A timidina é incorporada à cadeia de nucleotídios, para a formação do DNA viral. Entretanto, em presença da idoxuridina, há uma disponibilidade competitiva entre esta e a timidina e substituição da timidina pela idoxuridina, no DNA viral. A idoxuridina também inibe a DNA-polimerase viral, comprometendo, ainda, outros segmentos da síntese do DNA. Desta forma, esta molécula anômala não só interfere na expressão viral, como impede a replicação do vírus, limitando a infecção.

    Fontes consultadas

    • Bula do Profissional do Medicamento Herpesine®.
    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 17 de Março de 2023.