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Princípio Ativo:Cloridrato de Tansulosina
Classe Terapêutica:Bph Antagonistas Alfa-Adrenérgicos Puros
Quatro estudos placebo-controlados e um com controle ativo incluíram 2296 pacientes (1003 receberam cloridrato de tansulosina em cápsulas de 0,4 mg ao dia, 491 receberam 0,8 mg de cloridrato de tansulosina ao dia e 802 pacientes em grupo controle) nos Estados Unidos e na Europa.
Nos dois estudos multicêntricos, duplo-cego realizados nos Estados Unidos por 13 semanas (US92-03a ) e o estudo (US93-01), incluíram-se 1486 homens com sinais e sintomas de HPB. Em ambos os estudos, os pacientes foram randomizados para o grupo que tomou 0,4 mg de cloridrato de tansulosina e para o outro grupo que usou 0,8 mg de cloridrato de tansulosina uma vez ao dia. Os parâmetros primários de eficácia incluíram a pontuação total de sintomas do questionário da Associação Americana de Urologia, que avaliou sintomas irritativos (frequência, urgência e noctúria) e obstrutivos (hesitação, esvaziamento vesical incompleto, intermitência, intensidade do jato urinário). Uma diminuição na pontuação total revela-se como uma melhora do estado clínico.
Outro parâmetro considerado foi o índice de pico de fluxo urinário, cuja melhora revela uma diminuição no fator obstrutivo.
Mudanças nas medias em relação aos níveis basais da pontuação da escala da Associação Americana de Urologia verificada na 13ª semana foram significativamente maiores nos grupos tratados com cápsulas de 0,4 e 0,8 mg de cloridrato de tansulosina uma vez ao dia do que no grupo placebo em ambos os estudos americanos. As mudanças nos índices de pico do fluxo urinário verificadas na 13ª semana em comparação com os valores basais foram significativamente melhores para os grupos que utilizaram o cloridrato de tansulosina. No geral, não se observaram diferenças significativas na pontuação total da escala da AAU e nos valores de pico de fluxo urinário entre as concentrações de 0,4 e 0,8 mg de cloridrato de tansulosina. No entanto, no estudo 1 observou-se uma melhor resposta do grupo que usou 0,8 mg de cloridrato de tansulosina em relação ao que usou 0,4 mg em relação a pontuação total de melhora na escala da AAU.
Tabela 1 – Variação média (± DP) em relação aos níveis basais na 13º semana na pontuação total da escala da AAU** e no índice de pico do fluxo urinário (mL/segundo) |
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- | Pontuação Total da escala AAU |
Taxa de Pico do fluxo urinário |
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- | Média Basal | Variação Média | Média Basal |
Média Basal |
Estudo 1 |
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Cloridrato de tansulosina cápsulas 0,8mg uma vez ao dia |
19,9±4,9 N=247 |
-9,6*±6,7 N=237 |
9,57±2,51 N=247 |
1,78*±3,35 |
Cloridrato de tansulosina cápsulas 0,4mg uma vez ao dia |
19,8±5,0 N=254 |
-8,3*±6,5 N=246 |
9,46±2,49 N=254 |
1,75*±3,57 |
Placebo |
19,6±4,9 N=254 |
-5,5*±6,6 N=246 |
9,75±2,54 N=254 |
0,52±3,39 |
Estudo 2 |
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Cloridrato de tansulosina cápsulas 0,8mg uma vez ao dia |
18,2±5,6 N=244 |
-5,8*±6,4 N=238 |
9,96±3,16 N=244 |
1,79*±3,36 |
Cloridrato de tansulosina cápsulas 0,4mg uma vez ao dia |
17,9±5,8 N=248 |
-5,1*±6,4 N=244 |
9,94±3,14 N=248 |
1,52±3,64 |
Placebo |
19,2±6,0 N=239 |
-3,6*±5,7 N=235 |
9,95±3,12 N=239 |
0,93*±3,28 |
*Diferença estatisticamente significativa em relação ao placebo (valor-p maior ou igual 0,050; Bonferroni-Holm teste de múltiplos procedimentos) |
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**Pontuação total da escala AAU variando de 0 a 35 pontos |
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Estudo 1 – Taxa de pico do fluxo urinário medindo de 4 a 8 horas após a dose diária na 13º semana |
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Estudo 2 – Taxa de pico do fluxo urinário medida da 24 a 27 horas após a dose diária na 13º semana: quatro pacientes não completaram a 13º semana |
A média total da escala de pontuação de sintomas da AAU para ambas as concentrações de cloridrato de tansulosina 0,4 e 0,8 mg uma vez ao dia mostraram um rápido início na diminuição da pontuação que se manteve ao longo das 13 semanas do estudo.
No estudo 1400 pacientes (53% do grupo randomizado originalmente) foram eleitos para continuar no estudo com extensão de 40 semanas, dos quais 138 pacientes foram randomizados no grupo cloridrato de tansulosina 0,4 mg; 135 pacientes no grupo cloridrato de tansulosina 0,8 mg e 127 no grupo placebo. Trezentos e trinta e três pacientes (43% do grupo original) completaram um ano.
Desses, 81% (97 pacientes) no grupo 0,4 mg; 74% (75 pacientes) no grupo 0,8 mg e 56% (57 pacientes) no grupo placebo tiveram uma resposta maior ou igual 25% sobre o nível basal na pontuação total de sintomas da escala AAU em um ano.
A tansulosina é um antagonista dos receptores alfa-1 adrenérgicos. Fixa-se seletiva e competitivamente aos receptores alfa-1 póssinápticos, em particular aos do subtipo alfa-1A e alfa-1D, promovendo o relaxamento da musculatura lisa da próstata e da uretra.
Cloridrato de Tansulosina melhora os sintomas urinários obstrutivos e aumenta o fluxo urinário máximo, pois diminui a obstrução ao fluxo urinário através do relaxamento da musculatura lisa na próstata e na uretra. Cloridrato de Tansulosina também melhora os sintomas irritativos, nos quais a instabilidade da bexiga têm um papel importante.
Estes efeitos sobre os sintomas obstrutivos e irritativos são mantidos durante a terapia a longo prazo. A necessidade de cirurgia ou cateterização é significativamente retardada.
Os antagonistas dos receptores alfa-1 adrenérgicos podem diminuir a pressão arterial pela redução da resistência vascular periférica.
Entretanto, durante estudos com tansulosina, não se observou redução clinicamente importante da pressão arterial.
A tansulosina é absorvida no intestino e sua biodisponibilidade é quase total. A ingestão recente de alimentos reduz a absorção de tansulosina.
Pode-se obter absorção uniforme se o paciente ingerir Cloridrato de Tansulosina habitualmente após o desjejum. A tansulosina tem uma cinética linear.
Após dose única de tansulosina no estado pós-prandial, as concentrações plasmáticas máximas de tansulosina são atingidas dentro de aproximadamente 6 horas. No estado de equilíbrio, que se instala no 5° dia de tratamento, a Cmáx nos pacientes é cerca de 2/3 vezes superior a que se obtém após uma dose única.
Embora esses dados tenham sido obtidos em pacientes idosos, espera-se que sejam os mesmos para pacientes jovens.
Há uma variação individual considerável nos níveis plasmáticos tanto após dose única como após múltiplas doses.
Em humanos, a tansulosina liga-se aproximadamente 99% às proteínas plasmáticas. O volume de distribuição é pequeno (aproximadamente 0,2L/kg).
A tansulosina é metabolizada lentamente, com baixo efeito de primeira passagem. A maior parte da tansulosina é encontrada no plasma sob forma inalterada. A metabolização ocorre no fígado.
Em ratos verificou-se que a tansulosina dificilmente causa indução das enzimas hepáticas microssomais.
Nenhum dos metabólitos é mais ativo que a substância original.
Resultados in vitro sugerem que CYP3A4 e CYP2D6 e, em menor contribuição outras enzimas CYP, estão envolvidas na biotransformação do cloridrato de tansulosina. A inibição das enzimas metabolizadoras CYP3A4 e CYP2D6 pode levar a aumento da exposição ao cloridrato de tansulosina.
A eliminação da tansulosina e de seus metabólitos ocorre principalmente pela urina. Estima-se que aproximadamente 9% da dose administrada seja excretada na forma inalterada.
A meia-vida de eliminação situa-se ao redor de 10 horas após uma dose única no estado pós-prandial e cerca de 13 horas no estado de equilíbrio.
Consulta também aBula do Cloridrato de Tansulosina
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF- PR 39421). Última atualização: 18 de Março de 2025.
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