Defina sua localização
Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.
A doença do refluxo gastroesofágico, ou DRGE, (CID 10: K21) é uma condição muito comum, tanto na população adulta, quanto em bebês e crianças. Nesta patologia, o suco gástrico presente no estômago sobe em direção ao esôfago.
Isso é causado por conta de uma falha do esfíncter, que é um músculo presente na entrada do estômago que se abre e fecha para a passagem dos alimentos, e em condições normais, se mantém fechado para que ele não retorne ao esôfago.
Essa estrutura se mantém melhor fechada quando o corpo está em pé ou sentado, sendo auxiliada pela gravidade. Ao se deitar, é comum que a condição piore, já que nessa posição, a abertura do esfíncter ocorre com mais facilidade.
Alguns fatores de risco podem influenciar no surgimento do refluxo e na manifestação da doença, como:
O principal sintoma do refluxo gastroesofágico é a azia, condição em que há uma sensação de queimação na altura do esôfago. Essa queimação pode gerar dor intensa na região. Junto dela, pode acontecer de o conteúdo gástrico chegar até a boca.
A depender do quanto a doença já avançou, os sintomas também podem incluir rouquidão, tosse, engasgos, sensação de nó na garganta, chiado no peito, falta de ar e dificuldade para engolir os alimentos.
A partir do relato dos sintomas, um(a) médico(a) gastroenterologista já pode prever o diagnóstico. Um exame de radiografia com contraste é capaz de comprovar a presença do refluxo.
Também pode ser realizada uma endoscopia para analisar a mucosa do esôfago e a válvula esofágica, assim como os pontos de inflamação.
O diagnóstico por ser completado por meio de um exame chamado pHmetria esofágica, que mede o pH, ou seja, a acidez do esôfago.
O tratamento da doença inclui o uso de medicamentos, mas também medidas que visam a redução dos episódios do refluxo. O profissional que acompanha o paciente é quem deve orientar quanto a elas, e podem incluir:
O tratamento medicamentoso do refluxo gastroesofágico tem como um dos principais objetivos o controle do pH gástrico. Algumas abordagens terapêuticas podem ser empregadas com esse propósito.
Os Inibidores da Bomba de Prótons (IBP), como o Pantoprazol, Omeprazol e Esomeprazol, são os medicamentos mais comumente prescritos para a condição.
Eles agem inibindo a enzima responsável pela produção de ácido no estômago, conhecida como a bomba de prótons, ajudando assim a reduzir a acidez gástrica e aliviar os sintomas associados à condições digestivas.
Além disso, em alguns casos, os Bloqueadores H2, como a Ranitidina, Cimetidina e Famotidina, também podem ser prescritos. Esses medicamentos atuam bloqueando os receptores H2 nas células parietais do estômago, o que reduz a produção de ácido clorídrico e contribui para o controle do pH gástrico e o alívio dos sintomas.
O médico irá indicar o medicamento mais adequado, considerando os sintomas e o histórico do paciente.
Uma das principais complicações do refluxo gastroesofágico é o surgimento de esofagite de refluxo. Essa é uma doença causada pela presença do ácido gástrico na mucosa do esôfago.
Esse contato e a inflamação que ocorre a partir dele geram feridas, que podem ser superficiais ou profundas, desencadeando assim a esofagite.
Além disso, o processo inflamatório constante pode provocar um estreitamento neste canal, que é por onde o alimento passa após ser ingerido.
Outra complicação é o chamado Esôfago de Barrett, uma doença crônica que aumenta as chances de câncer na região, se o tratamento não for feito adequadamente.
Ao suspeitar da doença, é fundamental buscar ajuda médica para que um diagnóstico seja dado. Então, o profissional de saúde irá indicar a melhor forma de tratamento, que envolve o uso de medicamentos que reduzem a acidez estomacal ou controlam o pH da região.
Também pode-se adotar medidas como a redução de alimentos que provocam o aumento dos sintomas e mudança de hábitos, como ter uma dieta fracionada e evitar se deitar após as refeições.
A condição pode ser considerada grave quando apresenta sintomas intensos ou evolui para outras condições, como a esofagite, em que surgem úlceras na mucosa do esôfago. É importante buscar ajuda médica assim que as manifestações começam a aparecer, para iniciar o tratamento e evitar que a doença evolua.