Defina sua localização
Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.
A hepatite B é uma doença viral que pode ser transmitida de diversas formas, incluindo relações sexuais desprotegidas, via parenteral e da mãe para o bebe. É causada pelo vírus B da hepatite (HBV), que pertence à família Hepadnaviridae .
O HBV é um vírus que tem seu material genético envelopado na forma de DNA e utiliza a enzima transcriptase reversa para produzir seu material genético.
A enzima transcriptase reversa é encontrada no vírus da hepatite B e no HIV. Ela é fundamental para a replicação dos retrovírus, desempenhando papéis na conversão do RNA viral em DNA e na produção de proteínas virais essenciais para a formação de sua reprodução.
Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maioria dos casos, ela se resolve espontaneamente em até seis meses após o surgimento dos primeiros sintomas, caracterizando-a como uma infecção de curta duração. Esse processo de resolução é indicado pela presença de anticorpos conhecidos como anti-HBS.
O sistema imunológico tem dificuldade em reconhecer e eliminar a hepatite B (HBV) efetivamente, já que o vírus é conhecido por desenvolver mecanismos de evasão imunológica. Esses mecanismos permitem que o vírus evite a resposta do sistema imunológico do hospedeiro e persista no organismo por longos períodos de tempo.
Os sintomas mais associados são: tontura, enjoo, febre, vômitos, dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados). Em grande parte dos casos, a hepatite B não causa sintomas perceptíveis e, frequentemente, o diagnóstico ocorre décadas após a infecção.
A vacinação é a principal forma de prevenção contra essa infecção.
O vírus da hepatite B é altamente resistente, sendo capaz de sobreviver longos períodos fora do corpo. Pode ser transmitido através do contato com o sangue, fluidos corporais e secreções de uma pessoa infectada. As principais formas de transmissão incluem:
Os sintomas da hepatite B são muito parecidos com outras infecções e doenças crônicas do fígado, sendo eles:
Sobretudo, é muito comum a pessoa infectada não apresentar os primeiros sintomas da doença, dificultando que seja feito o diagnóstico antes que chegue na fase crônica.
O período de incubação da infecção inicial e o surgimento dos sintomas pode variar de 1 a 6 meses, mudando de pessoa para pessoa e de acordo com sua resposta imunológica. Mesmo não apresentando sinais, o portador do vírus é capaz de transmitir para outras pessoas.
É essencial buscar atendimento médico se suspeitar de infecção por hepatite B, mesmo que os sintomas sejam leves, para receber um diagnóstico preciso e o tratamento apropriado.
Quando a doença não é tratada inicialmente, as manifestações ficam subitamente mais graves e afetam principalmente o fígado, podendo causar também:
A hepatite B pode levar a complicações graves, apresentando uma fase aguda e seguindo para uma crônica, se não curada anteriormente. É fundamental buscar assistência médica adequada para diagnóstico e tratamento, especialmente se ocorrerem sintomas graves.
Hepatite aguda está relacionada à fase inicial da doença que, normalmente, se resolve espontaneamente em até seis meses após a exposição ao vírus. Essa resolução é causada pela presença de anticorpos chamados anti-Hbs.
Ao persistir por mais de seis meses, a hepatite B se torna crônica e pode durar por toda a vida, levando a complicações graves, como cirrose hepática, insuficiência hepática, câncer de fígado e doença hepática avançada.
Apenas os vírus B, C e D têm potencial para desenvolver fases crônicas. Um dos fatores principais para o agravamento é a idade da pessoa infectada.
A hepatite B congênita é caracterizada quando o vírus é transmitido da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, parto ou amamentação. Contaminações como essa são chamadas de transmissão vertical.
A gravidade da infecção varia de caso para caso. Alguns bebês podem desenvolver uma infecção aguda que se resolve espontaneamente, enquanto em outros, a doença evolui para uma infecção crônica, que persiste por mais de seis meses.
Por essa razão, é extremamente importante realizar a testagem de gestantes durante o pré-natal e, caso necessário, fazer a profilaxia para a prevenção da transmissão vertical. A vacinação e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) ao recém-nascido logo após o nascimento são medidas importantes para prevenir a transmissão vertical.
O teste de triagem para Hepatite B é realizado através da pesquisa do antígeno do HBV (HBsAg), que pode ser feita por meio de exame laboratorial ou teste rápido.
Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico deve ser confirmado com a realização de exames complementares para pesquisa de outros marcadores, que compreende a detecção direta da carga viral.
A presença de vírus pode ser detectada por testes sorológicos que estão disponíveis no SUS. O acompanhamento da infecção e tratamento antiviral também podem ser realizados na rede pública de saúde.
A Hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e seus riscos, especificamente cirrose, câncer hepático e morte. Usualmente o médico poderá prescrever o uso de antivirais específicos para tratar a doença.
O tratamento da hepatite B crônica também envolve a supressão da replicação viral e a redução da inflamação no fígado para prevenir ou retardar a progressão da doença. Geralmente, também são administrados medicamentos antivirais específicos para hepatite B.
É importante ter um acompanhamento médico regular para monitorar a função hepática, avaliar a necessidade de tratamento e realizar exames de rastreamento para detectar complicações precocemente.
A hepatite pode ser prevenida através do uso de preservativo e da vacinação. A vacina contra o HBV, que é distribuída pelo Ministério da Saúde, é segura e efetiva.
É recomendado que todas as pessoas recebam a vacina, especialmente aquelas que estão em maior risco de exposição ao vírus, como profissionais de saúde, pessoas com múltiplos parceiros sexuais, usuários de drogas injetáveis e recém-nascidos de mães portadoras do vírus.
Os bebês nascidos de mães portadoras do HBV devem receber, além da vacina, a imunoglobulina específica imediatamente após o parto, com o objetivo de reduzir o risco de transmissão vertical.
Uma pessoa que adquiriu a hepatite B pode ter diferentes cenários, dependendo da fase da doença e da resposta do sistema imunológico. A gravidade da doença pode ser influenciada pela idade da pessoa, o estado geral de saúde e a presença de outras doenças hepáticas preexistentes.
A cirrose hepática é uma das complicações mais frequentemente da fase crônica. Ela ocorre quando o fígado sofre danos extensos e cicatrizes se formam no tecido do órgão. É capaz de levar à falência hepática, comprometendo as funções normais do fígado, como a síntese de proteínas, o metabolismo de substâncias tóxicas e a produção de bile.
Existe ainda a potencial formação de câncer hepático, que é um tipo de câncer que se desenvolve no fígado. Seus sintomas podem variar, especialmente nas fases iniciais da doença. No entanto, em alguns casos, o câncer hepático pode não apresentar sintomas até estar em estágios avançados.
Na maioria dos casos de hepatite B aguda, o sistema imunológico é capaz de combater o vírus e eliminar a infecção dentro de alguns meses.
No entanto, quando a infecção se torna crônica, a cura completa não é garantida, mas existem tratamentos disponíveis para controlar a replicação viral, reduzir a inflamação hepática e prevenir a progressão da doença.
Os medicamentos antivirais são frequentemente prescritos para tratar a hepatite B. O tratamento deve ser acompanhado por um médico regularmente e, em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário ao longo da vida toda.
A transmissão da hepatite B pode ser a partir da via parenteral, como: indivíduos que compartilham lâminas de barbear ou outros aparelhos, instrumentos médicos ou de beleza não esterilizados, tatuagens ou piercings realizados em condições não seguras, ou transfusões de sangue contaminado.
Além disso, a transmissão pode ser por via sexual, com o sexo feito sem camisinha com parceiros infectados, incluindo relação vaginal, anal ou oral.
Por fim, há a transmissão vertical, quando uma mãe infectada pelo HBV transmite o vírus para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. A vacinação e administração de imunoglobulina logo após o nascimento podem ajudar a prevenir a transmissão.
É importante destacar que a hepatite B não é transmitida pelo contato casual, como abraços, beijos, apertos de mão, compartilhamento de alimentos ou bebidas, ou contato social rotineiro com uma pessoa infectada.
Entre todas as hepatites virais, a hepatite C é considerada o tipo mais perigoso por ter índices altíssimos de complicações crônicas e progressões graves, muitas vezes sem apresentar sintomas claros.
Em muitos casos, persiste no organismo por longos períodos, podendo levar ao desenvolvimento de cirrose hepática, carcinoma hepatocelular (câncer de fígado) e insuficiência hepática.
A presença do vírus da hepatite B (HBV) no bebê pode levar a uma série de consequências, incluindo infecção aguda e crônica, o que vai depender do momento da infecção e do estado de saúde do bebê. O risco principal está relacionado à inflamação do fígado e suas disfunções.