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    Bula do Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes

    Princípio Ativo:Cloridrato de Metoclopramida

    Classe Terapêutica:Gastroprocinéticos

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 06 de Setembro de 2023.

    Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes, para o que é indicado e para o que serve?

    Este medicamento é destinado ao tratamento de:

    Náuseas e vômitos de origem central e periférica (cirurgias, doenças metabólicas e infecciosas, secundárias a medicamentos).

    Informações além da bula: Cloridrato de Metoclopramida

    Quais as contraindicações do Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes?

    Cloridrato de Metoclopramida é contraindicado nos seguintes casos:

    • Em pacientes com antecedentes de hipersensibilidade ao Cloridrato de Metoclopramida ou a qualquer componentes da fórmula;
    • Em que a estimulação da motilidade gastrintestinal seja perigosa, como por exemplo, na presença de hemorragia gastrintestinal, obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal;
    • Em pacientes com histórico de discinesia tardia induzida por neurolépticos ou Cloridrato de Metoclopramida;
    • Em pacientes com feocromocitoma suspeita ou confirmada, pois pode desencadear crise hipertensiva, devido à provável liberação de catecolaminas do tumor. Esta crise hipertensiva pode ser controlada com fentolamina;
    • Em combinação com levodopa ou agonistas dopaminérgicos devido a um antagonismo mútuo;
    • Doença de Parkinson;
    • Histórico conhecido de metemoglobinemia com Cloridrato de Metoclopramida ou deficiência de NADH citocromo-b5 redutase;
    • Em pacientes epilépticos ou que estejam recebendo outras drogas fármacos que possam causar reações extrapiramidais, uma vez que a frequência e intensidade destas reações podem ser aumentadas.

    Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 1 ano de idade, devido ao risco de aumento da ocorrência de desordens extrapiramidais nesta faixa etária.

    Como usar o Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes?

    O comprimido deve ser ingerido com líquido, por via oral.

    Uso em adultos

    Cloridrato de Metoclopramida 10 mg:

    1 comprimido, 3 vezes ao dia, via oral, 30 minutos antes das refeições.

    Não há estudos dos efeitos de Cloridrato de Metoclopramida administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

    A dose máxima diária recomendada é 30 mg.

    A duração máxima recomendada do tratamento são 5 dias.

    Populações especiais

    Pacientes diabéticos

    A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar o paciente a uma hipoglicemia.

    Tendo em vista que o Cloridrato de Metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e, consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de administração podem necessitar de ajustes nesses pacientes.

    Uso em pacientes com insuficiência renal

    Considerando-se que a excreção do Cloridrato de Metoclopramida é principalmente renal, em pacientes com "clearance" de creatinina inferior a 40 mL/min, o tratamento deve ser iniciado com aproximadamente metade da dose recomendada. Dependendo da eficácia clínica e condições de segurança do paciente, a dose pode ser ajustada a critério médico.

    Quais cuidados devo ter ao usar o Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes?

    Podem ocorrer sintomas extrapiramidais, particularmente em crianças e adultos jovens e/ou quando são administradas altas doses. Essas reações são completamente revertidas após a interrupção do tratamento. Um tratamento sintomático pode ser necessário (benzodiazepinas em crianças e/ou fármacos anticolinérgicos, antiparkinsonianos em adultos). Na maioria dos casos, consistem de sensação de inquietude; ocasionalmente podem ocorrer movimentos involuntários dos membros e da face; raramente se observa torcicolo, crises oculógiras, protrusão rítmica da língua, fala do tipo bulbar ou trismo.

    O tratamento com Cloridrato de Metoclopramida não deve exceder 3 meses devido ao risco de discinesia tardia, especialmente em idosos.

    Respeite o intervalo de tempo de ao menos 6 horas especificado no item “Posologia”, entre cada administração de Cloridrato de Metoclopramida, mesmo em casos de vômito e rejeição da dose, de forma a evitar superdose.

    O Cloridrato de Metoclopramida não é recomendada em pacientes epiléticos, visto que as benzamidas podem diminuir o limiar epiléptico.

    Em pacientes com deficiência hepática ou renal é recomendada diminuição da dose.

    Como com neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) caracterizada por hipertermia, distúrbios extrapiramidais, instabilidade nervosa autonômica e elevação de CPK. Portanto, deve-se ter cautela se ocorrer febre, um dos sintomas da Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), e a administração de Cloridrato de Metoclopramida deve ser interrompida se houver suspeita da Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM).

    Pacientes sob terapia prolongada devem ser reavaliados periodicamente.

    Pode ocorrer metemoglobinemia, relacionada a deficiência na NADH citocromo-b5 redutase. Nesses casos o Cloridrato de Metoclopramida deve ser imediatamente e permanentemente suspensa e adotadas medidas apropriadas.

    O Cloridrato de Metoclopramida pode induzir Torsade de Pointes, portanto, recomenda-se cautela em pacientes que apresentam fatores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT, isto é:

    • Desequilíbrio eletrolítico não corrigido (por exemplo, hipocalemia e hipomagnesemia),
    • Síndrome do intervalo QT longo,
    • Bradicardia.

    Uso concomitante de medicamentos que são conhecidos por prolongar o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos Classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos).

    Gravidez e lactação

    Gravidez

    Estudos em pacientes grávidas (>1000), não indicaram má formação fetal ou toxicidade neonatal durante o primeiro trimestre da gravidez. Uma quantidade limitada de informações em pacientes grávidas (> 300) indicou não haver toxicidade neonatal nos outros trimestres. Estudos em animais não indicaram toxicidade reprodutiva. Se necessário, o uso de Cloridrato de Metoclopramida pode ser considerado durante a gravidez.

    Devido às suas propriedades farmacológicas, assim como outras benzamidas, caso o Cloridrato de Metoclopramida seja administrada antes do parto, distúrbios extrapiramidais no recém-nascido não podem ser excluídos.

    Lactação

    O Cloridrato de Metoclopramida é excretada pelo leite materno e reações adversas no bebê não podem ser excluídas.

    Deve-se escolher entre interromper a amamentação ou abster-se do tratamento com Cloridrato de Metoclopramida durante a amamentação.

    Este medicamento não deve ser utilizado durante a lactação.

    Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

    Populações especiais

    Crianças e adultos jovens

    As reações extrapiramidais podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens, podendo ocorrer após uma única dose.

    O uso em crianças com menos de 1 ano de idade é contraindicado.

    Para combinações de Cloridrato de Metoclopramida

    O uso em crianças e adolescentes com idade entre 1 e 18 anos não é recomendado.

    Pacientes idosos

    A ocorrência de discinesia tardia tem sido relatada em pacientes idosos tratados por períodos prolongados. Deve-se considerar redução da dose em pacientes idosos com base na função renal ou hepática e fragilidade geral.

    Uso em pacientes com insuficiência hepática

    Em pacientes com insuficiência hepática severa, a dose deve ser reduzida em 50%.

    Uso em pacientes com insuficiência renal

    Em pacientes com insuficiência renal severa (“clearance” de creatinina ≤ 15 mL/min), a dose diária deve ser reduzida em 75%.

    Em pacientes com insuficiência renal moderada a severa (“clearance” de creatinina de 15 – 60 mL/min), a dose diária deve ser reduzida em 50%.

    Uso em pacientes diabéticos

    A estase gástrica pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns diabéticos. A insulina administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar o paciente a uma hipoglicemia. Tendo em vista que o Cloridrato de Metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e, consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de administração podem necessitar de ajustes nesses pacientes.

    Uso em pacientes com câncer de mama

    O Cloridrato de Metoclopramida pode aumentar os níveis de prolactina, o que deve ser considerado em pacientes com câncer de mama detectado previamente.

    Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

    Pode ocorrer sonolência após a administração de Cloridrato de Metoclopramida, potencializada por depressores do sistema nervoso central, álcool; a habilidade em dirigir veículos ou operar máquinas pode ficar prejudicada.

    Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes?

    A seguinte taxa de frequência CIOMS é utilizada, quando aplicável:

    • Reação muito comum (≥ 10%); 
    • Reação comum (≥ 1% e < 10%); 
    • Reação incomum (≥ 0,1% e < 1%); 
    • Reação rara (≥ 0,01% e < 0,1%); 
    • Reação muito rara (< 0,01%); 
    • Desconhecido: não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis.

    Sistema nervoso

    • Muito comum: sonolência.
    • Comuns: sintomas extrapiramidais, mesmo após administração de dose única do fármaco, particularmente em crianças e adultos jovens, síndrome parkinsoniana, acatisia.
    • Incomuns: distonia e discinesia agudas, diminuição do nível de consciência.
    • Raro: convulsões.
    • Desconhecidos: discinesia tardia, durante ou após tratamento prolongado, principalmente em pacientes idosos, Síndrome Neuroléptica Maligna.

    Distúrbios psiquiátricos

    • Comum: depressão.
    • Incomum: alucinação.
    • Raro: confusão.
    • Desconhecido: ideias suicidas.

    Distúrbio gastrintestinal

    Distúrbios no sistema linfático e sanguíneo

    • Desconhecidos: metemoglobinemia, a qual pode estar relacionada à deficiência do NADH citocromo-b5 redutase, principalmente em neonatos.
    • Sulfaemoglubinemia, principalmente com administração concomitante de altas doses de medicamentos libertadores de enxofre.

    Distúrbios endócrinos*

    • Incomuns: amenorreia, hiperprolactinemia.
    • Raro: galactorreia.
    • Desconhecido: ginecomastia.

    *Problemas endócrinos durante tratamento prolongado relacionados com hiperprolactinemia (amenorreia, galactorreia, ginecomastia).

    Distúrbios gerais ou no local da administração

    • Comum: astenia.
    • Incomum: hipersensibilidade.
    • Desconhecido: reações anafiláticas (incluindo choque anafilático particularmente com a formulação intravenosa).

    Distúrbios cardíacos

    • Incomum: bradicardia, particularmente com a formulação intravenosa.
    • Desconhecidos: prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes, bloqueio atrioventricular particularmente com a formulação intravenosa, parada cardíaca, ocorrendo logo após o uso da solução injetável a qual pode ser subsequente a bradicardia e aumento da pressão sanguínea em pacientes com ou sem feocromocitoma.

    Distúrbios vasculares

    • Comum: hipotensão especialmente com a formulação intravenosa.
    • Incomuns: choque, síncope após uso injetável.

    Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

    Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes com outros remédios?

    Combinação contraindicada

    Levodopa ou agonistas dopaminérgicos e Cloridrato de Metoclopramida possuem antagonismo mútuo.

    Combinações a serem evitadas

    Álcool potencializa o efeito sedativo do Cloridrato de Metoclopramida.

    Combinações a serem levadas em consideração

    • Anticolinérgicos e derivados da morfina: anticolinérgicos e derivados da morfina têm ambos antagonismo mútuo com a metoclopramida na motilidade do trato digestivo.
    • Depressores do sistema nervoso central (derivados da morfina, hipnóticos, ansiolíticos, antihistamínicos H1 sedativos, antidepressivos sedativos, barbituratos, clonidina e substâncias relacionadas): o efeito sedativo dos depressores do SNC e da metoclopramida são potencializados.
    • Neurolépticos: metoclopramida pode ter efeito aditivo com neurolépticos para a ocorrência de problemas extrapiramidais.
    • Medicamentos serotoninérgicos: o uso de metoclopramida com medicamentos serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos de receptação de serotonina (ISRSs) podem aumentar o risco ou síndrome serotoninérgica.
    • Devido aos efeitos pró-cinéticos da metoclopramida, a absorção de certos fármacos pode estar modificada.
    • Digoxina: metoclopramida diminui a biodisponibilidade da digoxina. É necessária cuidadosa monitoração da concentração plasmática da digoxina.
    • Ciclosporina: metoclopramida aumenta a biodisponibilidade da ciclosporina. São necessários cuidados com a monitorização da concentração plasmática da ciclosporina.
    • Inibidores potentes da CYP2D6, tal como a fluoxetina: os níveis de exposição de metoclopramida são aumentados quando coadministrado com inibidores potentes da CYP2D6 como, por exemplo, a fluoxetina.

    Exames de laboratórios

    Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Cloridrato de Metoclopramida em exames laboratoriais.

    Qual a ação da substância do Cloridrato de Metoclopramida Osório de Moraes?

    Resultados de Eficácia


    A eficácia e a segurança antiemética de Cloridrato de Metoclopramida podem ser comprovadas no estudo de Strum S.B. et al (1982) envolvendo 38 pacientes que potencialmente desenvolveriam náuseas e vômitos em tratamento quimioterápico.

    Grumberg et al. (1984) em seu estudo com 33 pacientes pré-usuários de quimioterapiacisplatina – randomizado duplo-cego cruzado também comprovou a eficácia antiemética de Cloridrato de Metoclopramida em doses maiores que as terapêuticas, nesses casos em que a presença de vômitos e náuseas é comum a todos. No estudo randomizado duplo-cego de Anthony L.B. et al. (1986) comparando a eficácia antiemética entre a administração medicamentosa oral e a intravenosa de Cloridrato de Metoclopramida, envolvendo 66 pacientes, comprovou-se que tanto a via oral como a via intravenosa são equivalentes.

    Referências Bibliográficas:

    (1) Strum S.B. et al.1982.
    (2) Grumberg et al. 1984.
    (3) AnthonyL.B. et al.1986.

    Características Farmacológicas


    Propriedades farmacodinâmicas

    Cloridrato de Metoclopramida é um produto de síntese original dotado de características químicas farmacológicas e terapêuticas peculiares; sua substância ativa Cloridrato de Metoclopramida é quimicamente o cloridrato de (N-dietilaminoetil)-2- metoxi-4-amino-5-cloro-benzamida.

    O Cloridrato de Metoclopramida, antagonista da dopamina, estimula a motilidade muscular lisa do trato gastrintestinal superior, sem estimular as secreções gástrica, biliar e pancreática. Seu mecanismo de ação é desconhecido, parecendo sensibilizar os tecidos para a atividade da acetilcolina. O efeito do Cloridrato de Metoclopramida na motilidade não é dependente da inervação vagal intacta, porém, pode ser abolido pelas drogas anticolinérgicas.

    O Cloridrato de Metoclopramida aumenta o tônus e amplitude das contrações gástricas (especialmente antral), relaxa o esfíncter pilórico, duodeno e jejuno, resultando no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal acelerados. Aumenta o tônus de repouso do esfíncter esofágico inferior.

    Propriedades farmacocinéticas

    O Cloridrato de Metoclopramida sofre metabolismo hepático insignificante, exceto para conjugação simples. Seu uso seguro tem sido descrito em pacientes com doença hepática avançada com função renal normal.

    Após a dose oral, o pico plasmático é alcançado em 30 a 60 minutos. A sua excreção é feita principalmente pela urina e sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 horas.

    Doenças relacionadas

    Quer saber mais?

    Consulta também aBula do Cloridrato de Metoclopramida

    O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF- PR 39421). Última atualização: 18 de Março de 2025.

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 06 de Setembro de 2023.
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