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    Bula do Cambendazol + Mebendazol

    Princípio Ativo:Cambendazol + Mebendazol

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 19 de Outubro de 2020.

    Cambendazol + Mebendazol, para o que é indicado e para o que serve?

    Cambendazol + Mebendazol é indicado para o tratamento de várias parasitoses intestinais, como ancilostomíase, necatoríase, oxiuríase, tricuríase, ascaríase, teníase e estrongiloidíase incluindo as formas crônicas e disseminadas.

    Quais as contraindicações do Cambendazol + Mebendazol?

    Cambendazol + Mebendazol não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade ao cambendazol, mebendazol ou a qualquer componente da fórmula.

    Como usar o Cambendazol + Mebendazol?

      Cambendazol + Mebendazol
    Comprimido

    Cambendazol + Mebendazol
    Suspensão

    Crianças de 2 a 6 anos de idade

    _________

    5 mL duas vezes ao dia (a cada 12 horas)

    Crianças de 7 a 12 anos de idade

    1 comprimido ao dia

    7,5 mL duas vezes ao dia (a cada 12 horas)

    Adultos e crianças acima de 12 anos de idade

    1 comprimido duas vezes ao dia (a cada 12 horas)

    15 mL duas vezes ao dia (a cada 12 horas)

    Cambendazol + Mebendazol deve ser administrado durante três dias consecutivos.

    Cambendazol + Mebendazol deve ser ingerido antes das refeições.

    Deve-se agitar bem o frasco de Cambendazol + Mebendazol suspensão antes da administração.

    Na estrongiloidíase disseminada o regime da terapia depende da gravidade da parasitose e do quadro clínico do paciente.

    Após três semanas do término do tratamento, o paciente deve realizar exame laboratorial de fezes. Se houver resultado positivo, o tratamento com Cambendazol + Mebendazol deve ser repetido.

    Para a utilização posológica correta, as doses de Cambendazol + Mebendazol suspensão devem ser administradas utilizando-se o copo-medida contido na embalagem do medicamento.

    O copo-medida possui indicações visuais de doses, as quais devem ser seguidas conforme prescrição médica.

    Descrição do copo-medida:

    Cambendazol + Mebendazol Comprimido não deve ser partido, aberto ou mastigado.

    Não é recomendável o uso deste medicamento por via parenteral.

    Quais cuidados devo ter ao usar o Cambendazol + Mebendazol?

    Cambendazol + Mebendazol é contraindicado para crianças menores de 2 anos de idade.

    Gestantes - Risco C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

    Lactação:

    Este medicamento não deve ser utilizado por lactantes sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

    Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

    O paciente deve ser instruído sobre os métodos de profilaxia da parasitose, como condições básicas de higiene pessoal e ambiental.

    Atenção diabéticos: Cambendazol + Mebendazol contém sacarose.

    Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cambendazol + Mebendazol?

    Cambendazol + Mebendazol é um medicamento bem tolerado, e, nas doses usuais recomendadas, os efeitos adversos são mínimos. As reações adversas parecem ocorrer mais freqüentemente quando altas doses são administradas, por exemplo, aquelas utilizadas para o tratamento de infecção extra-intestinal como a hidatidose.

    As reações adversas foram classificadas por sistema orgânico e frequência, definidas como muito comuns (> 1/10); comuns (> 1/100, < 1/10); incomuns (> 1/1.000, < 1/100); raras (> 1/10.000, < 1/1.000); e muito raras (< 1/10.000).

    Afecções de Pele e Distúrbios Afins

    Raras:

    Alopecia, dermatite alérgica, urticária, angioedema, erupções cutâneas, prurido.

    Distúrbios do Sistema Gastrointestinal

    Comuns:

    Dor abdominal, dor epigástrica, náuseas, diarréia, vômitos, obstrução intestinal, flatulência, anorexia.

    Rara:

    Soluços.

    Distúrbios do Sistema Nervoso Central e Periférico

    Comuns:

    Tontura, cefaléia.

    Muito Rara:

    Convulsões.

    Distúrbios do Estado Geral

    Comum:

    Astenia.

    Rara:

    Febre.

    Distúrbios Psiquiátricos

    Comum:

    Sonolência.

    Rara:

    Letargia.

    Distúrbios das Células Brancas

    Raras:

    Neutropenia, agranulocitose.

    Distúrbios do Fígado e da Vesícula biliar

    Rara:

    Elevação das transaminases hepáticas (TGO e TGP), aumento da fosfatase alcalina, aumento da bilirrubina, hepatite.

    Distúrbio do Sistema Cardiovascular

    Rara:

    Hipotensão.

    Distúrbio do Sistema Urinário

    Rara:

    Cilindrúria.

    A frequência das reações adversas descritas foi determinada com base em estudos e literaturas científicas indexadas que faziam uso do mebendazol e/ou cambendazol.

    Dados de Farmacovigilância

    As seguintes reações adversas foram relatadas após a comercialização de Cambendazol + Mebendazol:

    Distúrbios do Sistema Nervoso Central e Periférico

    Muito Comum:

    Tontura.

    Afecções de Pele e Distúrbios Afins

    Muito Comum:

    Eritema.

    Comum:

    Prurido, nódulo cutâneo, urticária.

    Muito rara:

    Bolhas na pele.

    Distúrbios do Sistema Gastrointestinal

    Comum:

    Diarréia, náusea, vômitos, dor abdominal.

    Distúrbios do Sistema Respiratório

    Comum:

    Tosse.

    Distúrbios Psiquiátricos

    Comum:

    Sonolência.

    Distúrbios do Estado Geral

    Comuns:

    Dor de cabeça, febre, fraqueza.

    A classificação de frequências dos dados de farmacovigilância reflete as taxas relatadas de eventos adversos ao fármaco a partir de relatos espontâneos.

    Em caso de dúvidas entrar em contato no Serviço de Atendimento UCI-FARMA pelo 0800 191 291 ou pelo email farmacovigilancia@uci-farma.com.br .

    Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

    Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cambendazol + Mebendazol com outros remédios?

    Derivados xantínicos (aminofilina, teobromina, teofilina):

    O uso concomitante com o cambendazol pode aumentar os níveis séricos dos xantínicos e consequentemente a ação tóxica destas substâncias.

    Carbamazepina e hidantoínas:

    A administração concomitante pode diminuir a concentração plasmática do mebendazol.

    Insulina e hipoglicemiantes orais:

    O uso concomitante com mebendazol pode potencializar a ação destas substâncias.

    Antimaláricos:

    As 4-aminoquinolonas e 8-aminoquinolonas podem diminuir a concentração sérica dos anti-helmintícos.

    Cimetidina:

    A concentração plasmática do mebendazol aumenta quando a cimetidina é administrada concomitantemente.

    Interação Alimentícia: posso usar o Cambendazol + Mebendazol com alimentos?

    Álcool:

    Não é recomendado o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento, devido o risco de potencialização os efeitos ocasionados pelo álcool.

    Interação Alimentícia: posso usar o Cambendazol + Mebendazol com alimentos?

    Álcool:

    Não é recomendado o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento, devido o risco de potencialização os efeitos ocasionados pelo álcool.

    Qual a ação da substância do Cambendazol + Mebendazol?

    Resultados de Eficácia

    HUGGINS, 1978, tratou de 50 pacientes, adultos (Grupo1) e crianças (Grupo 2), de ambos os sexos, portadores de A. lumbricóides, T. trichiura, ancilostomídeos e S. strecoralis, com anti-helmínticos associados numa especialidade farmacêutica, nas doses de 3 mg/kg de cambendazol e 5 mg/kg de mebendazol, em três administrações diárias na forma de comprimidos (G1) e de 3 mg de cambendazol e 5 mg/kg mebendazol, na forma de suspensão (G2), em dose única. O pesquisador obteve excelentes taxas de cura para estrongiloidíase (G1=90% e G2=96%) e áscaris (G1=96% e G2=92%), entretanto, a associação não teve tanto êxito com T. trichura (G1=72 e G2=68%) e ancilostomídeos (G1=G2=60%). Os autores ressalvam que, possivelmente, maiores taxas de cura para essas duas últimas patologias seriam alcançadas caso a terapia fosse estendida por mais dois dias. Apenas quatro pacientes adultos e três crianças apresentaram efeitos colaterais como epigastralgia, náuseas, cefaléia e empachamento e portanto, a associação foi considerada segura.

    Com o objetivo de comprovar a eficácia de medicamento contendo a associação de cambendazol e mebendazol no tratamento de doenças parasitárias múltiplas, LOUZADA et al., 1979, trataram 40 pacientes ambulatoriais, apresentando várias parasitoses, com idades entre 3 e 32 anos, de ambos os sexos. As doses orais diárias, dividas em duas tomadas, foram de 1 comprimido ou 15 mL (equivalentes a 75 mg de cambendazol e 200 mg de mebendazol) nos pacientes com mais de 30 kg e a metade dessa dose para os com peso até 30 kg. O tratamento durou três dias. Exames de fezes pelos Métodos de Faust, Hoffmann, Kato modificado, Katz, Rugai-Matos-Brisola e de Willis, foram aplicados para os diagnósticos parasitológicos e na constatação da cura de ascaridíase (95%), tricuríase (87,5%), ancilostomíase (80%) e estrongiloidíase (95%).

    Segundo CHETHER e CABEÇA, RBM, a associação do tiabendazol ou cambendazol com o mebendazol em um único medicamento é alternativa válida para o tratamento da concomitância da estrongiloidíase com outras helmintíases.

    Características Farmacológicas

    Mecanismo de ação:

    O cambendazol é um pró-fármaco que, para produzir ação anti-helmíntica, é convertido em um benzimidazol ativo por meio dos processos metabólicos do animal hospedeiro (MARTIN, 1997).

    O mebendazol Inibe a formação dos microtúbulos citoplasmáticos do intestino do parasita causando a depleção de glicose e morte. (KOÈHLER, 2001, LACEY, 1990, LACEY e WATSON, 1995, SARWAL et al., 1992, IRELAND, 1979) PRICHARD, 1973, concluiu que o mecanismo de ação dos anti-helmínticos é devido à inibição da fosforilação oxidativa que é acoplada ao sistema fumarato redutase, como também da oxidação endógena de NADH, porém em menor extensão.

    McCRACKEN, STILLWELL, 1991, deduziram que a atividade anti-helmíntica dos benzimidazóis, em parte, é também devida a interrupções bioenergéticas resultantes de descarga protônica trans-membranal.

    Farmacocinética:

    RODRIGUES et al., 1977, referindo-se a um estudo de biodisponibilidade realizado por seu grupo em coelhos e em indivíduos humanos, clinicamente normais, informa que o cambendazol é parcialmente absorvido, podendo-se detectar, dependendo da dose, concentrações sanguíneas do fármaco inalterado a partir da 1ª até a 8ª hora após administração, bem como eliminação urinária de 8 a 16 horas após ingestão.

    VANDENHEUVEL et al., 1978, relatam que o metabolismo oral do cambendazol administrado a bovinos, suínos e ovinos resultou na excreção urinária de 20 a 40% da dose, como 14 produtos de biotransformação identificados por técnicas de espectrofotometia de massa. A maior rota de transformação estrutural é o ataque metabólico no anel tiazólico.

    A excreção do cambendazol é predominantemente urinária (LACEY, 1988).

    O mebendazol é fracamente absorvido a partir do trato gastrointestinal e sofre extenso metabolismo de primeira passagem pelo fígado; sendo metabolizado pelo fígado é eliminado na bile inalterado e como metabólitos. Cerca de 2% da dose é absorvida e a maior parte é eliminada pelas fezes, principalmente, na forma inalterada. A baixa solubilidade em água e solventes orgânicos é apontada como causa da sua baixa biodisponibilidade. Aproximadamente 50% da dose biodisponível é excretada na urina principalmente como metabólitos. No sangue, em torno de 95% encontra-se ligado às proteínas plasmáticas.

    Qual a ação da substância do Cambendazol + Mebendazol?

    Resultados de Eficácia

    HUGGINS, 1978, tratou de 50 pacientes, adultos (Grupo1) e crianças (Grupo 2), de ambos os sexos, portadores de A. lumbricóides, T. trichiura, ancilostomídeos e S. strecoralis, com anti-helmínticos associados numa especialidade farmacêutica, nas doses de 3 mg/kg de cambendazol e 5 mg/kg de mebendazol, em três administrações diárias na forma de comprimidos (G1) e de 3 mg de cambendazol e 5 mg/kg mebendazol, na forma de suspensão (G2), em dose única. O pesquisador obteve excelentes taxas de cura para estrongiloidíase (G1=90% e G2=96%) e áscaris (G1=96% e G2=92%), entretanto, a associação não teve tanto êxito com T. trichura (G1=72 e G2=68%) e ancilostomídeos (G1=G2=60%). Os autores ressalvam que, possivelmente, maiores taxas de cura para essas duas últimas patologias seriam alcançadas caso a terapia fosse estendida por mais dois dias. Apenas quatro pacientes adultos e três crianças apresentaram efeitos colaterais como epigastralgia, náuseas, cefaléia e empachamento e portanto, a associação foi considerada segura.

    Com o objetivo de comprovar a eficácia de medicamento contendo a associação de cambendazol e mebendazol no tratamento de doenças parasitárias múltiplas, LOUZADA et al., 1979, trataram 40 pacientes ambulatoriais, apresentando várias parasitoses, com idades entre 3 e 32 anos, de ambos os sexos. As doses orais diárias, dividas em duas tomadas, foram de 1 comprimido ou 15 mL (equivalentes a 75 mg de cambendazol e 200 mg de mebendazol) nos pacientes com mais de 30 kg e a metade dessa dose para os com peso até 30 kg. O tratamento durou três dias. Exames de fezes pelos Métodos de Faust, Hoffmann, Kato modificado, Katz, Rugai-Matos-Brisola e de Willis, foram aplicados para os diagnósticos parasitológicos e na constatação da cura de ascaridíase (95%), tricuríase (87,5%), ancilostomíase (80%) e estrongiloidíase (95%).

    Segundo CHETHER e CABEÇA, RBM, a associação do tiabendazol ou cambendazol com o mebendazol em um único medicamento é alternativa válida para o tratamento da concomitância da estrongiloidíase com outras helmintíases.

    Características Farmacológicas

    Mecanismo de ação:

    O cambendazol é um pró-fármaco que, para produzir ação anti-helmíntica, é convertido em um benzimidazol ativo por meio dos processos metabólicos do animal hospedeiro (MARTIN, 1997).

    O mebendazol Inibe a formação dos microtúbulos citoplasmáticos do intestino do parasita causando a depleção de glicose e morte. (KOÈHLER, 2001, LACEY, 1990, LACEY e WATSON, 1995, SARWAL et al., 1992, IRELAND, 1979) PRICHARD, 1973, concluiu que o mecanismo de ação dos anti-helmínticos é devido à inibição da fosforilação oxidativa que é acoplada ao sistema fumarato redutase, como também da oxidação endógena de NADH, porém em menor extensão.

    McCRACKEN, STILLWELL, 1991, deduziram que a atividade anti-helmíntica dos benzimidazóis, em parte, é também devida a interrupções bioenergéticas resultantes de descarga protônica trans-membranal.

    Farmacocinética:

    RODRIGUES et al., 1977, referindo-se a um estudo de biodisponibilidade realizado por seu grupo em coelhos e em indivíduos humanos, clinicamente normais, informa que o cambendazol é parcialmente absorvido, podendo-se detectar, dependendo da dose, concentrações sanguíneas do fármaco inalterado a partir da 1ª até a 8ª hora após administração, bem como eliminação urinária de 8 a 16 horas após ingestão.

    VANDENHEUVEL et al., 1978, relatam que o metabolismo oral do cambendazol administrado a bovinos, suínos e ovinos resultou na excreção urinária de 20 a 40% da dose, como 14 produtos de biotransformação identificados por técnicas de espectrofotometia de massa. A maior rota de transformação estrutural é o ataque metabólico no anel tiazólico.

    A excreção do cambendazol é predominantemente urinária (LACEY, 1988).

    O mebendazol é fracamente absorvido a partir do trato gastrointestinal e sofre extenso metabolismo de primeira passagem pelo fígado; sendo metabolizado pelo fígado é eliminado na bile inalterado e como metabólitos. Cerca de 2% da dose é absorvida e a maior parte é eliminada pelas fezes, principalmente, na forma inalterada. A baixa solubilidade em água e solventes orgânicos é apontada como causa da sua baixa biodisponibilidade. Aproximadamente 50% da dose biodisponível é excretada na urina principalmente como metabólitos. No sangue, em torno de 95% encontra-se ligado às proteínas plasmáticas.

    Karime Halmenschlager Sleiman
    Revisado clinicamente por: Karime Halmenschlager Sleiman.Atualizado em: 19 de Outubro de 2020.