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A asma é uma doença crônica que atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Ela consiste na inflamação e estreitamento dos brônquios, e durante uma crise a respiração é comprometida.
Os brônquios fazem parte do sistema respiratório e têm como função encaminhar o ar aos pulmões. Eles também produzem muco, ajudando a eliminar substâncias nocivas.
Durante uma crise asmática, os brônquios inflamam e passam a expelir mais muco do que o necessário. Eles se estreitam e dificultam a passagem do ar, provocando os problemas respiratórios.
É comum haver confusão quando falamos de asma e bronquite, já que ambas têm sintomas parecidos, como falta de ar e tosses. O termo bronquite se refere à uma inflamação nos brônquios. Essa inflamação também acontece com quem tem asma.
Mas a doença bronquite tem algumas particularidades, e é separada em dois tipos. Ela pode ser aguda, quando é um caso isolado causado por vírus ou bactérias, ou crônica, provocada por agentes alérgicos. Quando aguda, dura poucos dias. Mas quando é crônica, os sintomas podem permanecer por muito tempo. Em casos mais graves, e se não houver tratamento adequado, a bronquite crônica pode se transformar em uma doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC.
A asma tem mais similaridades com o segundo tipo de bronquite, tanto nos sintomas quanto nas causas. O diagnóstico é feito apenas por um profissional de saúde, que fará uma análise detalhada de cada caso.
Pesquisas apontam que fatores genéticos podem originar a doença, já que é comum que filhos de pessoas asmáticas desenvolvam a patologia. A exposição constante a agressores externos também pode ser suficiente para provocar a doença. Mas não se sabe com certeza a causa da asma.
Mais da metade dos asmáticos apresentam os sintomas da doença ainda na infância. Nos primeiros meses já é possível que o bebê dê sinais que levem a um diagnóstico. Porém a doença pode se manifestar em qualquer momento da vida.
Na terceira idade a asma pode ser mais perigosa, pois nessa fase há uma tendência maior de outras doenças surgirem em paralelo, agravando os sintomas e os riscos.
Levando em conta a possibilidade de herança genética, uma pessoa pode ter asma durante toda a vida sem nunca sentir os sintomas antes da idade adulta.
Para a maioria das pessoas que possuem a doença, as crises vêm em decorrência do contato com poeira, ácaros, pólen, fumaça, pelos de animais, mofo, cheiros e outros agentes alérgicos.
Outras doenças respiratórias, tais como gripes e resfriados, o ar frio, mudanças bruscas de temperatura, fatores emocionais e ocupacionais também podem desencadear o processo inflamatório das vias aéreas e provocar uma crise asmática.
Os sintomas mais comuns apresentados por pessoas asmáticas são:
A asma não provoca os mesmos sintomas em todos os indivíduos que possuem a doença, assim como em uma mesma pessoa há variações, com crises que podem mudar de frequência e intensidade.
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde, já que alguns dos sintomas se repetem em outras doenças. É preciso tomar o cuidado de não minimizá-los acreditando ser uma doença passageira. Por isso a necessidade de diagnóstico médico, seja qual for o quadro do paciente.
A combinação de alguns fatores pode levar com que os sintomas apareçam durante a noite e com maior intensidade.
Uma das explicações é que, durante o sono, as atividades metabólicas reduzem, há um menor estímulo para que a respiração aconteça e o fluxo respiratório diminui. Isso torna o corpo mais suscetível ao surgimento dos sintomas.
À noite também há uma queda na produção de cortisol, que é um hormônio que age no sistema respiratório, aumentando as chances de crises.
Nesse momento do dia a pessoa geralmente se encontra em um ambiente fechado e próxima a agentes alérgicos presentes no quarto. E a reação pode acontecer horas depois. Então, se houve contato com um alérgeno ao longo do dia, a resposta do corpo pode vir de forma tardia, ou durante a noite.
Essa é uma doença crônica que não tem cura. O tratamento para asma consiste na combinação de medidas medicamentosas e não medicamentosas. O objetivo é evitar e controlar os sintomas. Dessa forma, a pessoa asmática pode ter qualidade de vida e não corre riscos de entrar em um estado de saúde grave em consequência da doença.
O tratamento medicamentoso se resume principalmente no uso contínuo de remédios para asma com ação anti-inflamatória. Há também os que são inalatórios com efeito broncodilatador, que promovem um alívio mais instantâneo. As conhecidas bombinhas se enquadram nessa categoria.
Em alguns casos pode haver a necessidade de ajuste no tratamento até que se encontre a combinação ideal. Cada pessoa pode apresentar um quadro diferente, por isso é imprescindível o acompanhamento médico.
Já a forma não medicamentosa do tratamento se refere à redução da exposição do paciente aos fatores que podem desencadear os sintomas, como substâncias alérgenas. Cabe ao médico auxiliar na compreensão desses fatores e orientar a pessoa a identificar os sinais de alerta e sintomas precoces.
O profissional de saúde também deve ensinar o paciente a monitorar a função pulmonar e a realizar as técnicas inalatórias quando necessário.
A asma é considerada controlada quando:
Se todas essas situações são observadas, a doença está sob controle, mas o tratamento deve continuar de forma ininterrupta.
O controle da doença deve ser constante, sempre seguindo as ordens médicas. Muitos pacientes não tratam corretamente e deixam de se cuidar conforme se sentem melhor. Mas a asma não tem cura, e por mais que os sintomas não se manifestem, a doença ainda está presente no corpo e pode voltar a dar sinais a qualquer momento.
Bombinha é o nome popular dado a um instrumento chamado nebulímetro. Ele é um spray que contém medicamentos usados no tratamento da inflamação dos brônquios, como os broncodilatadores e corticoides, e que são aplicados durante uma crise.
O spray aumenta a concentração do medicamento nos pulmões, diminuindo a chances de efeitos colaterais em outros órgãos.
A ação é direta e rápida, e é importante que as pessoas que vivem com a doença tenham uma bombinha sempre à mão e saibam usá-la adequadamente, garantindo sua eficácia na hora da necessidade. Um médico irá fazer a melhor indicação como parte do tratamento e ensinará o paciente a usar este instrumento de forma correta.
O mais importante é não subestimar a doença e não negligenciar os cuidados. E além disso, manter o acompanhamento médico em dia.
Se controlada, a asma não deve atrapalhar a vida da pessoa doente. É permitido, e até recomendado, colocar exercícios físicos na rotina.
Quem convive com a asma também precisa conhecer os gatilhos que provocam as crises e evitar o contato com eles. Se uma pessoa asmática sabe que sofre uma reação após o contato com a poeira, por exemplo, o ideal é manter tudo sempre limpo ao seu redor.
Pessoas asmáticas que apresentam sintomas muito intensos têm sua vida em risco se o tratamento não for realizado adequadamente. As mortes em decorrência da doença ocorrem, em sua maioria, por asfixia.
A asma pode ser leve, moderada ou grave. Nos dois primeiros casos é mais fácil manter as medidas preventivas e controlar os sintomas. Os casos graves necessitam de medicamentos com dosagem mais forte e acompanhamento constante. Crises sérias a ponto de levar os pacientes a óbito geralmente podem ser controladas com o tratamento adequado.
A doença é uma das principais causas de internação pelo SUS no Brasil, de acordo com o DATASUS, banco de dados do próprio Sistema Único de Saúde. Entretanto, esse número vem caindo. Isso certamente é reflexo de um maior entendimento acerca da seriedade da doença, o que leva as pessoas a aumentarem os cuidados.
Mesmo assim, ainda é grande a parcela da população que não é tratada como deveria, seja pela falta de acesso aos medicamentos ou por não fazer sua parte com os cuidados diários.
O tratamento é contínuo, ou seja, os medicamentos indicados pelo profissional de saúde nunca devem ser deixados de lado. Se o tratamento estiver correto, as chances de um asmático ter complicações durante uma crise são baixas.
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